A Canção Bhagavad Gita




BHAGAVAD GITA- A CANÇÃO DIVINA DE DEUS.

A Canção de Deus


A Bhagavad-Gita é uma obra teosófica de origem hindu, escrita originalmente em Sânscrito, há 5000 anos, de conteúdo puramente espiritual.

A expressão sânscrita Bhagavad-Gita significa Canção Divina, ou melhor, a Voz de Deus. Ao longo de seus 700 versos, é transcrito um diálogo entre Deus e o homem, como se Ele estivesse pessoalmente nos ensinando o passo-a-passo para nos reintegramos a nossa Origem Divina.

Apesar de seu conteúdo transcendental, a Bhagavad-Gita não se vincula diretamente a religião alguma e é plenamente aplicável a nossa vida cotidiana.


BHAGAVAD GITA- A CANÇÃO DIVINA DE DEUS.
as vidas diária...








O Bhagavad-Gita.

Também referido como Sublime Canção, Canção do Senhor ou a Mensagem do Mestre é um dos pilares da literatura sagrada mundial. Neste Livro, Krishna, que viveu na Índia antiga há mais de 5.000 anos, apresenta uma mensagem de amor, fé e esperança. Reverenciado por budistas, hindus e brâmanes, é também, por excelência, o livro autoritativo da religião hindu. Sua filosofia é um episódio da antiga epopéia hindu, chamada Mahâbhârata (Maha = grande, Bhârata = Índia), que compreende 250 mil versículos, descrevendo a grande guerra entre os Kurus e os Pândavas. A batalha tem início quando Brishma, comandante dos Kurus, deu o sinal, tocando a sua corneta ou concha e logo respondido pelos Pandâvas. Arjuna pede então a Krishna no princípio da batalha que deixasse parar o carro no meio do espaço entre os dois exércitos e eis que vê de perto seus parentes e amigos, em ambos os lados, ficando horrorizado por constatar que tratava-se de uma guerra fraticida, dizendo a Krishna que preferia morrer inerme e sem se defender, do que matar seus parentes. A resposta de Krishna é um comovente discurso filosófico, que forma a maior parte do Bhagavad Gita. Escrito na melhor tradição dos livros sagrados, a luta aqui relatada não é outra que a luta travada no espírito humano do Bem contra o Mal. A supremacia do espírito sobre o egoísmo, paixões e prazeres mundanos. Sua leitura nos leva a diversos níveis de compreensão de verdades místicas e esotéricas.
Diz-nos Krishna:
Eu sou a Origem de tudo. O universo inteiro de Mim emana.
Os sábios, que são Minha imagem e semelhança, conhecendo esta verdade, dirigem-se a Mim com adoração.
O Homem real, o Espírito, não pode ser ferido por armas, nem queimado pelo fogo; a água não o molha, o vento não o seca nem move.
Quem conhece a verdade de que o Homem real é eterno, indestrutível, superior ao tempo, à mudança e aos acidentes, não pode cometer a estultice de pensar que pode matar ou ser morto. Sabei que o Ser Absoluto, de que todo o Universo tem o seu princípio, está em tudo, e é indestrutível. Ninguém pode causar a destruição desse Imperecível. Todo o ser e toda coisa são o produto de uma infinitésima porção do Meu poder e da Minha glória. Quem tudo faz em Meu nome; quem Me reconhece como o alvo de todos os seus mais nobres esforços; quem Me adora, livre de apegos e sem odiar a ninguém, esse chegará a Mim. É também uma canção apaixonada do Criador por Sua criação, abrindo-lhe imensas veredas para seu progresso no mundo do espírito. Milhões de seres humanos continuam se deleitando com a profundidade deste Canto e nele, seguem encontrando as energias interiores que podem revitalizar sua vida e aperfeiçoar seu caráter.

Por que te preocupas sem motivo?
A quem temes, sem razão?
Quem poderia te matar?
A alma não nasce, nem morre.

Qualquer coisa que aconteça,
Acontecerá para seu bem;
O que está acontecendo,
Está acontecendo para o seu bem;
O que vai acontecer,
Também acontecerá para o bem.

Não deves lamentar pelo passado.
Não deves te preocupar com o futuro.
O presente está acontecendo ...
Que perda te faz chorar?

Que trouxestes contigo,
E que achas que perdeste?
O que produzistes,
O que achas que foi destruído?

Não destes nada,
Não trouxestes nada contigo,
qualquer coisa que possuas, recebestes aqui.

Qualquer coisa que tomastes, foi tomada de Deus.
Tudo o que seja que tenham te dado, Ele te deu
Chegastes de mãos vazias,
E voltaras de mãos vazias.

Tudo que tens hoje,
pertencia a outra pessoa ontem, e pertencerá a outra no dia de amanhã.
Erradamente desfrutastes da idéia
que isso te pertence.

É esta falsa felicidade
a causa de seus sofrimentos.

A mudança é a lei do universo.
O que tu consideras como morte,
É, na realidade, a vida.

Em qualquer momento tu podes
ser um milionário
e, no seguinte, podes
cair em pobreza.

Teus e meus, grandes e pequenos
Apagues essas idéias de tua mente.
Então, tudo te pertencerá e
todos serão donos.
Esse corpo te pertence,
Também tu não és desse corpo.

O corpo é feito de fogo, água, ar, terra e éter,
E retornará pára esses elementos.
Mas a alma é permanente - então quem és tu?
Dediques teu ser a Deus.
Ele é o único em quem se deve confiar.
Aqueles que conhecem esta verdade são para sempre
livres do medo, preocupação e dor.

Aconteça o que acontecer,
Faças como uma oferta a Deus.
Isso te levará
A experimentar da
alegria, da liberdade e da vida para sempre.

(Tradução Wilmar)


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Imagem pesquisada na web, havendo direitos autorais, favor nos avisar para darmos os devidos créditos.



O Bhagavad-gita




Quando o guerreiro Arjuna está quase se empenhando em batalha final contra seus inimigos, os Kauravas, é tomado pelo mêdo à possibilidade de ter de derramar sangue. Consulta então seu companheiro no carro de guerra, que é Krishna e êste lhe retira a hesitação - Arjuna deve Cumprir seu dever como guerreiro. Além disso, diz-lhe Krishna, a vida e a morte são de pouco valor quando comparadas aos valôres eternos. É assim que começa o poema famoso, A Canção Celestial.
Revelando-se gradualmente a Arjuna como sendo o Ser Supremo, Krishna ensina a ação sem desejo, que leva o ser huma-no à Libertação.



Talvez êsse poema estivesse ligado ao Épico, o Maha-Bha-rata, sendo de data indefinida, talvez contemporâneo ao início da era cristã. O Bhagavad-gita foi corretamente chamado o




Evangelho do Krishnaísmo.





I. O Sábio Diante da Morte


Krishna Censura e Exorta à Bravura

Disse o recitador:
A Arjuna, dominado pela piedade, cujos olhos estavam cheios de
lágrimas e se mostrava perturbado e muito deprimido, Krishna falou.
O Senhor Bendito disse:
De onde te veio esse abatimento de espírito nesta hora de crise?
Ele é desconhecido dos homens de mente nobre, não leva ao céu, e
sôbre a terra causa desgraça, Ó Arjuna.
Não cedas a essa fraqueza, Ó Arjuna, pois ela não condiz contigo.
Lança fora essa debilidade do coração e desperta, Ó Opressor dos
inimigos.



As Dúvidas de Arjuna o Atormentam

Disse Arjuna:
Como poderei abater Bhisma e Drona que merecem adoração, Ó
Krishna, com minhas setas na batalha, Ó Chacinador de inimigos?
É melhor viver neste mundo pedindo esmolas do que matar esses
mestres meritórios. Embora eles cuidem de seus ganhos, são meus
mestres, e matando-os eu apenas desfrutaria neste mundo prazeres sal-
picados de sangue.
Nem tampouco sabemos o que é melhor para nós, vencê-los ou
sermos vencidos por eles. Os filhos de Dhritarastra, que se matarmos
não teremos prazer em viver, estão diante de nós em formação de
batalha.
O meu próprio ser está tomado pela fraqueza da piedade. Com

meu espírito confuso sobre o meu dever, peço-te que me digas o que

é melhor. Sou teu discípulo; ensina a mim, que busco refúgio em ti.
Não vejo o que expulsará esta tristeza que resseca meus sentidos,
mesmo que venha a conseguir um reinado rico e sem rival sobre a
terra ou mesmo a soberania dos deuses.
Disse o recitador:
Tendo se dirigido assim à Krishna, o poderoso Arjuna lhe disse
ainda: "Não lutarei” e silenciou.
Àquele que se achava deprimido assim em meio a dois exércitos,
Ó Bharata, Krishna falou sorrindo.

Não Nos Devemos Lamentar Pelo Imperecível.

O Senhor Bendito disse:
Tu lamentas aqueles que não deverias lamentar, e no entanto
dizes palavras sobre a sabedoria. Os homens sábios não se lamentam
pelos mortos ou pelos vivos.
Nunca houve uma época em que eu não existisse, ou tu, ou esses
senhores dos homens, nem tampouco virá uma época no futuro em que
deixaremos de existir.
Assim como a alma vem ter a este corpo através da infância, mo-
cidade e madureza, do mesmo modo ela toma outro corpo. O sábio
não fica perplexo com isso.
Os contatos com seus objetos, Ó filho de Kunti, dão origem ao
calor e frio, prazer e dor.
Eles vêm e vão e não duram para sempre, aprendem a resistir,
Ó Arjuna.
Ó homem que não se perturba com isso, Ó Chefe de homens, que
continua o mesmo na dor e no prazer e é sábio, torna se capacitado
para a vida eterna.
Do não-existente não há vir-a-ser; do existente não há deixar de ser.
A conclusão para os dois casos já foi percebida pelos que buscam
a verdade.

Sabes tu que aquilo pelo qual tudo se acha impregnado é indes-
trutível. Desse ser imutável ninguém pode causar a destruição.
Diz-se que esses corpos da alma eterna que é indestrutível e in-
compreensível chegam a um fim. Por isso, luta, Ó Arjuna.
Aquele que pensa que isto mata, e aquilo é morto, deixa de
perceber a verdade, pois nem se mata nem se é morto.
Ele nunca nasce, nem tampouco morre em qualquer ocasião, nem
ainda tendo passado a ser uma vez, cessa de ser. Ele não nasce, é
eterno, permanente e primevo. Ele não é morto quando o corpo é
abatido.
Quem sabe ser ele indestrutível e eterno, incriado e imutável, como
poderá abater alguém, Ó Arjuna, ou fazer alguém abater outrem?
Assim como uma pessoa deita fora roupas usadas e põe outras
novas, a alma deita fora corpos usados e toma outros que são novos.
As armas não ferem esse eu, o fogo não o queima, as águas não
o molham, nem o vento o faz secar.
Ele é indivisível, Ele não pode ser queimado, nem tampouco mo-
lhado ou secado. Ele é eterno, presente em tudo, imutável e imóvel.
Ele é o mesmo para sempre.
Diz-se que é imanifesto, inimaginável e imutável. Portanto, ca-
nhecendo-o como tal, tu não deves lamentar.

Não Nos Devemos Lamentar Pelo Perecível

Mesmo que tu penses que o eu nasce e morre perpetuamente, ain-
da assim, Ó Poderoso, não deves lamentar.

Pois para quem nasce, a morte é certa e certo é o nascimento para
quem morreu. Pelo que é inevitável, portanto, não te deves lamentar.
Os seres são imanifestos em seus inícios, manifestos no meio e
novamente imanifestos em seus fins. Ó Arjuna, que existe nisto para
lamentar?
Há quem O veja como uma maravilha, outro fala d'Ele como uma
maravilha, outro ouve falar d'Ele como uma maravilha, e mesmo de-
pois de ouvir, ninguém O conheceu.
O morador no corpo de todos, Ó Arjuna, é eterno e jamais pode
ser morto; portanto, não te deves lamentar por criatura alguma.

As Características do Sábio Perfeito

Disse Arjuna:
Qual é a descrição do homem que possui essa sabedoria firme-
mente fundada, cujo ser é firme em espírito, Ó Krishna? Como fala
o homem de inteligência estabelecida, como se senta, como anda?
O Senhor Bendito disse:
Quando um homem põe de lado todos os desejos de sua mente, Ó
Arjuna, e quando seu espírito está contente em si próprio, então se chama
estável em inteligência.
Aquele cuja mente não se perturba em meio às tristezas e está
livre do desejo ansioso entre prazeres, aquele de quem a paixão, medo
e raiva se afastaram, a êste se chama um sábio de inteligência es-
tabelecida.
Aquele que não tem afeição em qualquer lado, que não se reju-
bila ou detesta ao ter o bem ou o mal, tem uma inteligência firme-
mente estabelecida na sabedoria.
Aquele que retira os sentidos dos objetos do sentido em todos os
lados, assim como uma tartaruga recolhe seus membros ao casco, tem
uma inteligência firmemente estabelecida na sabedoria.
Os objetos do sentido se afastam da alma corporificada que se
abstém de alimentar-se dêles, mas o gosto por eles continua. Até
mesmo o gosto se afasta quando o Supremo é visto.
Embora um homem possa esforçar-se pela perfeição e mostrar-se
dono de discernimento, Ó Filho de Kunti, seus sentidos impetuosos ar-
rastarão sua mente à força.
Tendo posto todos os sentidos sob controle, ele deve permanecer
firme no intento Yoga em Mim, pois aquele cujos sentidos se acham
sob controle teia uma inteligência firmemente estabelecida.
Quando, em sua mente, um homem presta atenção aos objetos do
sentido, produz-se sua ligação aos mesmos.
Dessa ligação surge o desejo, e do desejo vem a raiva.
Da raiva nasce a confusão, e desta a perda de memória; dessa
perda de memória vem a destruição da inteligência e desta ele perece.
Um homem de mente disciplinada, no entanto, que se move entre
os objetos de sentido com os sentidos sob controle e livre de ligação
e aversão, atinge a pureza de espírito.
E nessa pureza de espírito produz-se para ele um fim de toda
tristeza; a inteligência de um homem de espírito puro assim logo se
estabelece na paz do eu.
Não existe inteligência para os incontrolados, nem tampouco para
os incontrolados existe o poder de concentração, enquanto para aquele
que não tem concentração não há paz, e como pode haver felicidade
para quem não tem paz?
Quando a mente persegue .os sentidos nômades, leva consigo a
compreensão, assim como o vento impele um navio sobre as águas.
Aquele cujos sentidos estejam retirados de seus objetos, portanto,
Ó Poderoso, tem sua inteligência firmemente estabelecida.

O que é noite para todos os seres é o momento de despertar para
a alma disciplinada, e o que é momento de despertar para todos os
seres é a noite para o sábio que vê.
Aquele em quem todos os desejos entram como águas no mar e
que, embora sendo sempre enchido, está sempre em movimento, atin-
ge a paz e não Aquele que se abraça a seus desejos.
Aquele que abandona todos os desejos e age livremente da sau-
dade ou desejo, sem qualquer sentido de propriedade egoísta ou egoís-
mo, atinge a paz.
Esse é o estado divino, Ó Arjuna, onde tendo chegado não há
mais confusão e fixo nesse estado, na hora da morte, pode-se alcan-
çar a ventura de Deus. (11)
(2 . 1-30, 54-72 )

2. Krishna Se Manifesta em Sua Glória

Com muitas bocas e olhos,
Muitos aspectos prodigiosos,
Muitos ornamentos maravilhosos,
Com armas maravilhosas e erguidas;

Trajando grinaldas e roupas maravilhosas,
Com perfumes e ungüentos maravilhosos,
Feito de todas as maravilhas, o deus,
Infinito, com faces em todas as direções.

De mil sóis no céu,
Se, repentinamente irrompesse
A luz, seria como
A luz daquele celebrado.

Arjuna disse:
Vejo os deuses em teu corpo, ó Deus,
Todos, e as hostes de diversos tipos de seres também,
O Senhor Brama sentado no assento de lótus,
E os videntes todos, e as serpentes divinas.

Com muitos braços, barrigas, bocas e olhos,
Vejo-Te, infinito em forma de todos os lados;
Nenhum fim, ou meio, ou mesmo início de Ti
Eu posso ver, Ó Todo-Deus, Todo-formado!
Com diadema, bastão e disco,
Massa de radiação, brilhando em todos os lados,
Eu Te vejo, com dificuldade, em todos os lados
Com a glória do fogo e sol brilhante, imenso.

Tu és o Imperecível, o supremo Objeto de Conhecimento;
Tu és o lugar final de descanso deste universo;
Tu és o guardião imortal do direito eterno,
Tu és o Espírito sempiterno, eu afirmo.

Sem início, meio ou fim, de poder infinito,
De braços infinitos, olhos que são a lua e o sol,
Eu Te vejo, com face que é fogo radiante,
Queimando todo este universo com Tua radiação.

Pois esta região entre céu e terra
Esta impregnada por Ti apenas, em todas as direções;
Vendo esta Tua forma prodigiosa e terrível,
Treme o mundo triplo, Ó celebrado!

Homenagem a Ti vinda da frente e de trás,
Homenagem a Ti vinda de todos os lados, Tu que és Tudo!
Ó Tu de poder infinito, Tua bravura não se mede;
Tu atinges tudo, portanto és Tudo!

Tu és o pai do mundo de coisas que se movem e não se movem,
E Tu és seu Guru reverenciado e mais venerável;
Não há outro como Tu - como haveria então um maior? -
Mesmo nos três mundos, Ó Tu de grandeza sem par!

Inclinando-me e prostrando meu corpo, portanto,
Peço-Te graça, o Senhor a ser reverenciado:
Como um pai a seu filho, um amigo e seu amigo,
Um amante a seu amado, mostra misericórdia, Ó Deus!

Tendo visto o que nunca'antes foi visto, estou emocionado,
E ao mesmo tempo meu coração treme de medo;
Mostra"me, Ó Deus, aquela mesma forma Tua de antes!
Sé misericordioso, senhor dos Deuses, Morada do Mundo!

Usando o diadema, empunhando o bastão e com o disco na mão,
É assim que Te desejo ver como antes;
Naquela mesma forma de quatro braços
Apresenta-te, Ó dono de mil braços, de forma universal!
O Abençoado disse:

Esta forma bem difícil de ver,
E que viste de Mim,
Até mesmo os deuses
Desejam ver constantemente.

Nem pelos Vedas, ou pela austeridade,
Nem por presentes ou atos de adoração
Posso ser visto em tal apresentação,
Como aquela em que me viste.

Mas pela devoção completa posso
Eu, em tal apresentação, Arjuna,
Ser conhecido e visto na verdade,
E penetrado, arrasador do inimigo.

Executando Meu trabalho, atento a Mim,
Devotado a Mim, livre de ligações,
Livre da inimizade a todos os seres,
Quem assim estiver, virá a Mim, filho de Pandu.(12)
(11,10-12, 15-20, 40, 43-46, 52-55)

3. O Iogue Perfeito

Quando o pensamento, controlado,
Se estabelece no Eu apenas,
O homem livre de todos os desejos
Chama-se então disciplinado.

Como lâmpada colocada em lugar sem vento
Não tremula, esta imagem se grava
Do homem disciplinado controlado em pensamento,
Praticando a disciplina do Eu. .

Quando o pensamento entra em descanso,
Detido pela prática da disciplina,
E quando Eu pelo eu
Contemplando, ele encontra satisfação no Eu;

Aquela ventura superna que
Deve ser apreendida pela consciência e se acha além dos
sentidos,
Quando ele conhece isto, e de modo algum
Se desvia da verdade, morando sempre nela;
E que tendo ganho, outro ganho
Ele não tem como maior do que ela;
Em que estabelecido, por miséria alguma,
Por mais lamentável, ele é tocado:

Esse estado, que ele saiba, - da conjunção com a miséria
A disjunção, - é conhecido como disciplina;
Com determinação deve ser praticada
Esta disciplina, com coração sem desânimo.

Os desejos surgidos dos propósitos
Abandonando, tudo sem deixar traços,
Com o órgão do pensamento apenas a pulsação dos sentidos
Restringindo de todo,

Pouco a pouco que entre em descanso
Através da consciência, mantida firmemente;
Mantendo o órgão do pensamento fixo no Eu,
Em mais nada ele deve pensar.

Sempre que qualquer coisa desvie
O órgão do pensamento, inconstante e instável,
De qualquer coisa assim que o impeça,
Ele a trará para o controle no Eu apenas.

Para quem o órgão do pensamento estiver tranqüilo,
Ao disciplinado, ventura suprema
Se achega, sua paixão acalmada,
Se identificam a Brahman, sem jaça.

Disciplinando-se assim sempre,
O homem disciplinado, livre de jaça,
Para entrar facilmente em contato com Brahman
E atingir a ventura suprema, se esforça.

A si próprio como em todos os seres,
E todos os seres em si próprio,
Vê Aquele cujo Eu é disciplinado na disciplina,
Que vê o mesmo em todas as coisas.

Quem vê a Mim em tudo,
E vê tudo em Mim,
Para esse não estou perdido,
E não está perdido para Mim.
A Mim como estando em todos os seres que
Reverencia, adotando a crença na unidade,
A morada em qualquer condição possível,
Esse homem disciplinado mora em Mim.

Por comparação consigo próprio, em todos os seres
Que vê o mesmo, Arjuna,
Seja prazer ou seja dor,
Esse é considerado o homem disciplinado supremo. (12)
(Ibid., 6. 18-32 )

4. Esforça-te Pela Sabedoria

Falta de medo, unidade de alma, a vontade
Sempre de lutar pela sabedoria; mão aberta
E apetites controlados; e piedade
E amor pelo estudo solitário; humildade,
Correção, cuidado em ferir nada que vive,
Veracidade, lentidão na raiva, uma mente
Que deixa ir facilmente o que outros prezam;
E equanimidade, e caridade
Que não busca a falta de homem algum; e ternura
Para quem sofre; um coração contente,
Oscilando por desejo algum; mente tolerante,
Modesto e sério, masculinidade nobremente misturada
À paciência, fortaleza e pureza;
Um espírito sem vingança, jamais inclinado
A se situar alto demais; - sejam estes os sinais,
Ó Príncipe Indiano, daquele cujos pés estão firmes
Naquela trilha que leva ao nascimento celestial!

A falsidade e arrogância, o orgulho,
Facilidade no enraivecer, fala bruta e má,
E ignorância, cega à sua própria treva, -
Sejam estes os sinais, Meu Príncipe, daquele cujo nascimento
Está fadado às regiões do desprezível. (13)


Miniatura


O Indivisível.

"Assim como a chuva cai sobre os justos e injustos, 
deixa teu coração livre de julgamentos e faz chover 
teu Amor sobre todos, igualmente." 
(Buda)

 
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"Compreender isso será um benefício para vocês.
Quem não é capaz de conhecer Deus dentro do seu próprio eu, nunca será capaz de o conhecer de modo algum. Quem não conhecer ainda a Deus em seu próprio eu não o conhecerá nos outros tampouco.
O seu eu é a porta mais próxima para o divino.

Mas recordem que, o indivíduo que entra de repente em seu eu, encontra de repente a entrada para o Todo. A porta que conduz ao próprio eu é a porta que conduz a tudo. Assim que uma pessoa entra em seu ser, descobre que entrou em tudo, embora sejam diferentes externamente, internamente não o somos.

Externamente todas as folhas são diferentes entre si. Mas se uma pessoa for capaz de penetrar em apenas uma folha, chegaria a fonte da árvore, onde todas as folhas estão em harmonia. Cada folha vista por separado, é diferente mas quando tiverem chegado à fonte da qual emanam todas as folhas terá chegado a mesma fonte em que se dissolvem todas as folhas. Quem entra em seu eu entra simultaneamente em tudo.

A diferença entre "você" e "eu" só se mantém enquanto não tenhamos entrado em nosso próprio ser. O dia em que entremos em nosso ser, desaparece o eu e também o você. O que fica é o Todo.

Em realidade o Todo, não significa a soma do você e do eu. O Todo é onde nós nos dissolvemos, você e eu, e o que fica é o Tudo. Se o eu não se dissolver ainda podemos somar "eus" e "vocês", mas o Todo não será igual a verdade. Embora somemos todas as folhas, não aparece a árvore. A árvore é maior que a soma de todas as folhas. Quando somamos uma folha a outra, estamos achando que cada folha é independente. Mas uma árvore não está composta de folhas independentes, absolutamente.

Assim como quando entramos no nosso eu, ele simplesmente deixa de existir. O primeiro que desaparece quando entramos no nosso interior é a sensação de ser uma entidade separada, independente. E quando desaparece essa "eu-dade" também desaparecem a "você-dade" e a outro-dade". O que fica é o Todo.

Nem sequer é correto chamá-lo de Todo, tem também a conotação do velho "eu". Por isso os que sabem não querem chamá-lo de "o Todo". "Eles diriam: do que é a soma desse Todo?" O que é que estamos somando? (...)
Eles diriam apenas "Não ficam dois". Advaita significa isso, não exitem dois.
Assim, quando dizem Não dois, deduz-se que tampouco há três; dá-se  a entender que não há um, nem muitos, nem todos. Em realidade, esta diferenciação não é mais que uma visão apoiada na existência do eu. Assim, com a cessação da ilusória idéia de eu, fica o que é inteiro, o Indivisível.(...)

Um dia acontece que a idéia do indivíduo separado desaparece, e em consequência não vê nada mais que Deus. Portanto a gente não sente que Deus está na pedra. Onde está a pedra? Existe Deus.
Compreendem? A gente não sente que Deus existe na planta, nem existe na pedra. Em tudo que nos rodeia, em tudo o que vemos, apenas Deus existe. Assim ver Deus não depende de um exercício mental, mas de uma dissolução do eu, de uma experiência pessoal.(...)

Não lhes peço que comecem a ver Deus em tudo, lhes peço apenas que olhem para dentro e vejam o que há ali. A primeira coisa que desaparecerá será vós mesmos, esse eu que teima em existir quando olham para fora. Dentro ele desaparece, desvanece. Vocês descobrirão pela primeira vez que esse eu era uma ilusão. Em realidade, a sensação de que "eu sou separado de você", só persiste até que olhamos dentro de nós. (...)

Se eu não estiver ali, quem estará? A experiência que fica depois do desaparecimento do eu, é a experiência de Deus.

A experiência se volta expansiva imediatamente ao deixar cair o eu, também cai o você, cai o ele e só fica um oceano de conhecimento.
Neste estado verá que só Deus é."

Osho é que é Deus?

Deus não é uma pessoa. Isto é provavelmente o mais longo mal entendido da história. Sempre que uma mentira é repetida por séculos ela parece verdade, mas não é.

Deus é presença, não uma pessoa. É por isso que toda adoração é sem sentido. O espírito de oração é necessário, a oração não. Não existe ninguém para rezar, não existe possibilidade de diálogo entre você e Deus. Diálogo é possível apenas entre duas pessoas, e Deus não é uma pessoa mas uma presença - como a beleza, a alegria... o amor..

Deus simplesmente significa piedade.
Por causa  da existência de Deus. Enfatizar que Deus é uma qualidade, uma experiência - como o amor. Você não pode falar sobre o amor, você precisa vivê-lo. Você não precisa criar templos ao amor, você não precisa criar estátuas ao amor, e se prostrar aos pés dessas estátuas, isso é um contra-senso. (...)

O homem tem vivido sob a pressão de um Deus enquanto pessoa, e duas calamidades tem surgido em função disso: Uma é o chamado homem religioso, que acredita que Deus está em algum lugar no céu e você precisa rezar para ele, para persuadi-lo a realizar seus desejos e a saciar suas ambições , para lhe dar prosperidade neste mundo e no outro mundo também. E isso é puro desperdício.

E no pólo, oposto pessoas que vêem a estupidez de tudo isso e se tornam ateístas; negam a existência de Deus. Eles tem um fundo de razão, mas ainda assim estão equivocados. Eles começaram negando não só a personalidade de Deus, mas também a experiência de Deus.

Os teístas estão errados e os ateus estão errados; o homem precisa de uma visão nova, logo ele precisa sair dessas duas prisões.

Deus é a experiência definitiva do silencio, da graça, uma dimensão de celebração profunda incondicionada. Uma vez que você experimente Deus, acontece uma mudança radical em seu Ser. Então oração não é mais válida, a meditação se torna importante.

Martin Buber dizia que orar é um diálogo entre você e Deus.
Ainda existe uma relação entre eu - você, a dualidade persiste.

BudaBuda está mais perto da verdade; você simplesmente salta para fora da mente, escorrega para fora da mente como uma cobra troca de pele. Você se torna profundamente silente. Não existe nenhum diálogo, nenhuma pergunta, nem monólogo tão pouco. Palavras desaparecem da sua consciência. Não existem desejos a serem cumpridos.
A unicidade é aqui e agora. Nessa tranquilidade, nessa calma total, você se torna consciente da qualidade luminosa da existência.

Então, as árvores, as montanhas, os rios, as pessoas, tudo subitamente resplandece com uma aura luminosa. Tudo é radiante, e tudo é a vida única se expressando sob infinitas formas.
O florescimento da existência em um milhão de formas, em um milhão de flores.

Esta experiência é Deus!
E todo mundo faz parte, porque você pode saber disso ou não, você ainda assim faz parte disso. A única possibilidade que existe é reconhecer isso ou não.

A diferença entre uma pessoa iluminada e outra que não é iluminada, não é uma qualidade, ambas são absolutamente iguais. Existe apenas uma pequena diferença: a pessoa iluminada é ciente, e reconhece o final que permeia a totalidade, reconhece a essência sempre presente permeando tudo, vibrando, pulsando. Ela reconhece a batida do coração do universo. Ela reconhece que o universo não está morto, o universo é VIVO! Essa Vida é Deus!

A pessoa que ainda não alcançou a iluminação ainda dorme, vive nos seus sonhos. É claro, quando você não está desperto para sua própria realidade, como você pode despertar para a realidade dos outros? A primeira experiência precisa ser sua própria. Uma vez que você descubra a luz em você mesmo, você está apto a ver a luz em toda parte.

Deus precisa ser desembaraçado de todos os conceitos de personalidade. Personalidade é uma prisão. Deus precisa ser desembaraçado de qualquer forma particular; só assim pode assumir qualquer forma. Ele precisa ser desembaraçado de qualquer nome particular, só então pode assumir todos os nomes.

Então, a pessoa vive em perfeita oração. (...) No entanto tudo o que ela diz é oração, tudo o que ela faz é oração e nessa oração ela cria seu templo. Ela está sempre se movendo nessa oração viva. Onde ela se senta se torna um lugar sagrado, tudo o que toca se transforma em puro ouro.
Se permanece em silencio, seu silencio é ouro, se fala então seu som é ouro. Se está só, sua solitude é divina, se está com outras pessoas suas relações são divinas.

O básico, o mais importante é estar desperto para seu Ser mais profundo, porque este é o segredo de toda a existência.

Meditação possui duas partes, o início e o fim.
O início é chamado Dhyana, e o fim é chamado Samadhi.
Dhyana é a semente, samadhi é a flor.
Dhyana significa se tornar consciente de todos os trabalhos da mente, e todos os truques da mente - memórias, desejos, pensamentos, sonhos - estar consciente de tudo o que se passa dentro de você.

Dhyana é se tornar consciente, e samadhi é quando o consciente se torna tão profundo, tão total que é como o fogo que consome a mente e todas as funções. Consome pensamentos, desejos, ambições, esperanças, sonhos. Consome todo o complexo que preenche a mente.

Samadhi é a dimensão onde a consciência está presente, mas nada mais resta dentro de você. A luz está presente mas não há mais objetos a serem iluminados.

Comece com Dhyana, com a meditação e o final será Samadhi, o êxtase, e você saberá o que é Deus!
Não é uma hipótese, é uma experiência.
Você precisa VIVER!
É o único modo de conhecê-Lo."
Osho em I am That - Talks on the Isha Upanishad

"Há muitos caminhos errados até Deus, mas apenas um certo.
Um dos errados é procurar Deus por medo. A pessoa só pensa que está indo para algum lugar, mas não está. Por isso, é um caminho errado.

Como você pode chegar a Deus se está caminhando com medo? A tendência natural quando você tem medo é fugir. Você se afasta, se distancia de Deus, em vez de se aproximar dele.
As pessoas religiosas são definidas como tementes a Deus. Uma pessoa religiosa nunca tem medo de Deus, ela o ama.

O homem também pode se aproximar de Deus por meio da ganância. É o caminho errado de novo, pois a ganância significa que você quer explorar, significa que você tem certos desejos que quer realizar por intermédio de Deus - Deus não é a sua meta. Você quer dinheiro, quer poder, quer o paraíso, quer todos os prazeres do paraíso. E, como tudo isso só pode ser obtido por meio de Deus, por compulsão você se entrega a ele. Mas Deus é o meio, não o fim, e reduzi-lo a um meio é feio. Deus é o fim supremo, não há nada além dele.

E assim por diante... Esse são os caminhos errados. Eles se parecem com caminhos, mas não são: eles são muros. O único caminho certo é o amor.

Ame mais, ame profundamente, ame pelo próprio amor e você se surpreenderá, porque, lentamente, lentamente, algo novo começará a acontecer em torno de si: a presença de Deus será percebida.

Um coração cheio de amor, lealdade, confiança, é exatamente a definição de uma consciência religiosa. Essas qualidades são necessárias. Sem elas, o indivíduo nunca pode ter consciência de Deus, do amor, da beleza, do tremendo esplendor da existência.
A existência se torna conhecida por meio do coração, não da cabeça, e o coração se aproxima da existência com profundo amor e confiança. Não há outro modo de comungar com o todo.

Essas qualidades lentamente transformam você. Elas o levam da confusão e da dúvida para uma certeza absoluta de saber. Elas o tiram do caos da cabeça e o levam à harmonia do coração. Lembre-se delas.

Orar não significa dizer algo a Deus, pedir alguma coisa; orar significa escutar Deus. Se você tem algo a dizer, só pode ser um "obrigado". Um simples "sim" basta. (...)
Você tem que aprender a verdadeira oração. Ela consiste no silêncio, consiste em escutar com profunda atenção. Deus quer transmitir algo a você - ele o está procurando, mas nunca o encontra, porque você sempre está ocupado demais.

Fique em silêncio, cada vez mais desocupado, cada vez mais disponível, e logo você começará a ouvir a pequena voz silenciosa no interior.
Deus não fala de fora, e sim a partir da sua essência mais íntima - ele já está lá. E conectar-se com sua essência mais íntima é a verdadeira oração. No momento em que você se conecta com a sua essência...é um momento de tanta glória, é tão estático que você pode se curvar em reverência, em profunda gratidão."
Osho em Meditações para a Noite

A Voz Silenciosa.

O segredo da Luz



Walter Russell 


A grande pergunta sem resposta do homem tem uma resposta simples. 
A Voz Silenciosa 

dentro de cada homem está constantemente sussurrando essa resposta para a sua consciência desperta. Todo desejo escrito no coração do homem é levado para a fonte, e sua resposta está fadada a vir, mas poucos são os que pedem de forma abrangente e menos ainda são os que ouvem
São muitas eras de preparação para que nos tornemos dignos de ouvi-la, pois a consciência do homem está isolada de sua Fonte pelas sensações de seu corpo eletricamente condicionado as quais ele erroneamente pensa ser a sua Mente e seu Ser pessoal.
O que ele chama de sua mente humana objetiva é apenas a sede das sensações elétricas de seu corpo. O que ele confunde com sendo pensamento não é senão uma consciência elétrica de coisas sentidas e registradas dentro das células de seu cérebro para o uso repetitivo através do que é chamado de "memórias". As memórias não têm mais relação com o conhecimento da Mente Universal que está no homem do que os gravações de uma Vitrola estão relacionadas com a fonte de suas gravações.
O que ele pensa como sendo seu corpo vivo é apenas uma máquina eletricamente motivada que simula a vida através do movimento estendido a ela a partir de sua Alma-Ser centralizadora que é de fato quem vive e faz o corpo se mover.
O que ele chama de sua mente subjetiva é a sua consciência, seu armazém espiritual de todo conhecimento, todo o poder e toda presença. Essa consciência é o seu Ser, seu Eu eterno através do qual sua onisciência, onipresença e onipotência são expressos conforme ele lentamente se torna ciente dessa presença dentro de si mesmo.
Os fios-nervosos elétricamente oscilantes que operam o seu mecanismo corporal agem quase que inteiramente através de reflexos automáticos e controle instintivo, e em muito pequena medida através de decisões mentais. Cada célula e órgão do seu corpo tem uma consciência elétrica de sua finalidade e cada um cumpre esse objetivo, sem nenhuma ação mental por parte da Inteligência que ocupa esse corpo. O batimento cardíaco, por exemplo, é puramente automático. Os glóbulos brancos do sangue correm para reparar uma lesão no corpo de maneira tão automaticamente quanto uma campanhia que soa quando um botão é pressionado.
Neste corpo e em seu gravador elétrico (seu cérebro), o homem acha que ele mesmo pensa e vive, ama e morre. Ele acha-se consciente enquanto acordado e inconsciente durante o sono; sem saber que em toda a Natureza não existe tal condição como a inconsciência quando a sensação cessa durante o sono.
O homem não diz que seu dente está inconsciente quando ele é posto para dormir por um curto-circuito na corrente elétrica no fio nervoso que dá consciência elétrica sensorial para seu dente. Ele sabe que seu dente não pode ser consciente, mas ao mesmo tempo ele não percebe que seu corpo não pode ser consciente.
Ele também não sabe ainda que a consciência nunca dorme, nunca muda, pois a consciência no homem é a sua imortalidade. É a luz que ele está inconscientemente buscando, mas assume que a sensação de seu cérebro é o seu pensamento.
O homem ainda é novo. Ele acabou de sair da escuridão de sua selva. Por um milhão ou mais anos de sua manifestação, ele tem se apoiado na sensação para suas ações e nas evidências de seus sentidos para o seu conhecimento.

Ele tem se dado conta do espírito nele mesmo apenas há alguns poucos milhares de anos. Neste início de sua nova consciência ele está confuso, não sabendo o que é a Mente nele, o que é a consciência nele e o que é a sensação.
Ele ainda não aprendeu que os corpos são apenas mecanismos auto-criados, que manifestam seu Ser centralizador, e que esse Ser manifesta Deus como sendo um com ele mesmo. Da mesma forma que ele ainda não aprendeu que os corpos nem vivem nem morrem, mas se repetem continuamente e para sempre assim como toda a ideia de Mente da mesma forma se repete. 
A roda, por exemplo, é um mecanismo que consiste num eixo, raios e um aro. Uma pequena parte da roda toca e sente o chão, em seguida, sai da roda para desaparecer do alcance das sensações que ligam aro, raios e solo.
Mas, então, reaparece. Quando isso acontece ao homem, dizemos: "Ele nasceu, viveu e morreu." Quando isso acontece com uma maçã, uma chama, ou uma árvore, nós dizemos: "A maçã foi comida, a chama se apagou e a árvore apodreceu."
Dizemos isso porque apenas uma pequena parte do ciclo de qualquer idéia chega dentro do alcance dos nossos sentidos. A maior parte do ciclo está fora do nosso campo de percepção, assim como a maior parte da roda está além da percepção do sentido do solo.

Nós ainda não sabemos que a parte invisível dos ciclos de toda a ideia é tão contínua como a roda é contínua. O ciclo da maçã é a luz que chega do sol e terra para aquela metade positiva do ciclo da maçã que temos em nossas mãos. A metade negativa do ciclo é luz que retorna ao sol e a terra para a repetição como uma outra manifestação da idéia eterna da maçã.
O mesmo é verdade para a chama, a árvore ou qualquer outra parte de toda a Ideia Una da criação.
A chama pode "extinguir" à nossa detecção. Mas ela ainda É. Da mesma forma da a árvore, a floresta, a montanha, o planeta e a nebulosa dos céus mais distantes aparecem, desaparecem e com certeza reaparecem.
Da mesma forma o homem aparece para desaparecer e reaparecer de novo e de novo em inúmeros ciclos para expressar a vida eterna do espírito em repetições eternas daquela parte do ciclo do homem que o corpo do homem pode sentir.
O homem nunca morre. Ele é tão contínuo quanto a eternidade é contínua. Jesus disse corretamente que o homem não verá a morte, pois não existe morte  para ver ou conhecer.
Da mesma forma o corpo do homem não vive, e por nunca ter vivido não pode morrer. Somente o espírito vive. O corpo apenas manifesta o espírito. Aquilo que nós pensamos como sendo a vida no espírito do homem manifesta-se ao arbitrar o corpo a agir.
As ações assim produzida pelo organismo, sob o comando da sua Alma centralizadora não têm poder ou inteligência motivadora em si mesmas; elas são apenas máquinas motivadas por uma inteligência onisciente e onipotente estendida a elas.
Essas coisas ainda não sabemos, pois o homem está em sua infância. Ele está apenas começando a conhecer a Luz.

SEJAS TRANSFORMADOS PARA SEMPRE
sejais transformados para sempreO homem está sempre buscando a Luz para guiá-lo nessa estrada longa tortuosa que conduz da selva de seu corpo para o topo da montanha de sua alma desperta.
O homem está eternamente encontrando a Luz, e está eternamente sendo transformado cada vez que ele a encontra. E conforme a encontra ele gradualmente encontra o ser dele, que É a luz.
E conforme torna-se mais e mais transformado pelo Luz-Deus do Ser desperto dentro dele, ele deixa a selva mais longe abaixo dele no escuro.
Há aqueles que buscam a Luz que estão desanimados porque eles aparentemente não podem encontra-la, totalmente inconscientes que eles têm encontrado a Luz eternamente. Os desavisados esperam encontra-la toda de uma vez em algum ofuscante clarão de todo-poder, todo conhecimento e todo-presença.
Isso não vem dessa maneira até que a pessoa esteja chegando perto do seu topo da montanha. O homem não pode suportar muito da Luz de uma vez, enquanto seu corpo ainda é novo e muito perto de sua selva. Todos os que estão bem fora da selva já encontraram o suficiente da Luz para iluminar seu caminho para fora de suas profundezas escuras.
Aquele que está longe da selva e ainda procura a Luz nos céus mais elevados está para sempre encontrando-na, e está para sempre sendo transformado conforme a encontra.
Não se pode nem por um momento tirar os olhos de seu céu elevado, pois sempre um leve vislumbre abaixo na escuridão traz-lhe de volta aos medos do escuro, que tentá-lo a mergulhar de volta para eles.
Olhai, pois, sempre para cima, para os céus mais elevados  de inspiração, onde a glória aguarda os destemido e oniscientes buscadores da Beleza na pureza da Luz universal.

To him whose eyes are in the High-heavens, the Light will forever come, and he will be forever transformed as he finds it.
The dark road from his jungle to his mountain top of glory becomes ever more illumined during the ascent from body to spirit.
It is a hard but glorious road to climb All must make the climb.
Para aquele cujos olhos estão nos céus mais elevados, a Luz para sempre virá, e ele será transformado para sempre conforme a encontrar.
A estrada escura que vai de sua selva para o seu topo da montanha de glória torna-se cada vez mais iluminada durante a subida do corpo para o espírito.
É uma estrada difícil mas gloriosa para se trilhar. Todos devem trilhar a subida