Simplicidade, Humildade e Compaixão.

Com Florais de Bach o Resgate das Virtudes

Simplicidade, Humildade e Compaixão.


Dr.Bach deixou inscritas estas três palavras na porta de sua casa em Mount Vernon. O mesmo homem que antes de morrer queimou a maioria de seus escritos numa fogueira, no próprio jardim da casa, deixando somente dois textos: “Os Remédios Florais do Dr. Bach” e “Cura-te a Ti Mesmo”. Estas três palavras inscritas na porta de sua casa para quem lá entrasse certamente não foram obra do acaso ou do esquecimento. No livro “Vivendo os Passos do Dr. Bach”, Lúcia de Bartollo afirma que elas são as molas mestras de toda a terapia floral. Se concordarmos com a idéia de que os remédios florais do Dr. Bach são apenas uma entre as diversas alternativas que podem ajudar o Homem a curar seus vícios e suas falhas, então, talvez, estas três palavras possam ser aceitas como princípios comuns a todo aquele segue o caminho do curador. Simplicidade, humildade e compaixão.
Vou me permitir citar um documentário sem poder mencionar a referência. Ele passou na televisão e eu só assisti o fim, onde um senhor italiano explica o que é o seu ofício. A idéia é mais ou menos a que segue. A terra que toca nossos pés hoje, quando andamos descalços no mato ou na praia, não é a mesma terra que tocava os pés de nossos ancestrais. É um processo geológico. O reino vegetalvai depositando na superfície camadas de folhas, galhos, frutos que vão se decompondo juntamente com os dejetos do reino animal e renovando o solo, sempre de cima para baixo. As camadas mais profundas do solo são as mais antigas. Uma parreira, quanto mais antiga for, tanto mais profundas serão suas raízes. Podendo se alimentar, portanto, da memória de uma terra que foi pisada por nossos ancestrais décadas, ou mesmo, séculos atrás. Produzir um vinho é entrar em contato com essa memória da terra, essa memória antropológica. Nesse sentido não existe vinho bom ou vinho ruim, pois todo vinho é um retrato do homem que viveu antes de nós, e do qual somos fruto. Qualquer terra de qualquer região do mundo pode produzir seu vinho, desde que produza uvas, e esse vinho terá muito a revelar ao homem sobre suas falhas e virtudes enterradas sobre nossos pés. Produzir um vinho é, portanto, um exercício de descoberta e de autoconhecimento.
É necessário antes de continuar fazer uma advertência. As palavras que seguem abaixo saem das mãos de um aprendiz na arte da cura. Portando podem carregar o candor natural nos neófitos e soar talvez prematuras e pretensiosas. Peço que leiam, antes como reflexões íntimas nascidas deste breve período de contato com a obra e o pensamento do Dr. Bach, do que como propostas ou respostas assertivas. Conto também com a compreensão e paciênca dos mestres e sábios nesta arte, pois no afã de criança descobrindo o ,mundo, corro o risco de mergulhar neste oceano e engolir alguns caldos, por sorte dentro de relativa segurança. Enfim, são reflexões prematuras de um aprendiz, que certamente precisarão de um bom tempo de revisão e amadurecimento.
Feitas as ressalvas, vamos ao mergulho. Data de 1928 a descoberta dos primeiros florais do Dr. Bach. Precisamente no final do mês de setembro, ele encontrou suas duas primeiras flores em uma viagem ao País de Gales: Impatiens e Mimulus. Entre março e agosto de 1935 ele descobriu as últimas dezenove do total de 38 flores. Sabemos pelos escritos de Nora Weeks que a sua busca teve início muito antes de 1928 e que seu trabalho não pode ser reduzido à descoberta destas flores, mas uma conta simples de somar revela que o período de pesquisas e descobertas das flores nos campos e florestas da Grã-Bretanha durou sete anos. Não pretendo aqui reduzir o trabalho de toda uma vida do Dr. Bach a estes, por si só, impressionantes sete anos. Sabemos pelos relatos de Nora Weeks que este período foi apenas o momento do encontro depois de uma longa procura. Os ensinamentos que ele nos deixou é uma forma de compreender e aceitar a doença como parte integrante da caminhada. A doença não mais como um alvo a ser combatido, mas como um aviso, um alerta que nossa alma envia ao nosso corpo de que algo não anda bem e precisa ser transformado. A doença como caminho de crescimento espiritual. Além desta compreensão sobre a natureza das doenças, ele encontrou e selecionou as 38 flores, que ele mesmo classificou de superiores, por conterem o conjunto de energias necessárias para curar todas as falhas que dão origem às doenças e outras formas de sofrimento do homem. Desenvolveu ainda um método para extrair destas flores suas freqüências de energia curadora, e outro de diagnóstico, cuja prática é de tamanha beleza e simplicidade que o torna acessível a praticamente todo aquele que traga o amor pelo bem estar do próximo em seu coração. Mesmo conscientes do fato de que sua obra é resultado do trabalho de toda uma vida, salta aos olhos mais atentos um fato. Nestes sete anos de busca de remédios preparados pela natureza, o Dr. Bach encontrou suas flores sem jamais sair da ilha da Grã Bretanha. Mesmo assim, dentre estas 38 flores, encontramos três que não são naturais da Inglaterra: Cerato, flor da intuição, descoberta em 1930 e originária do Tibet; Olive, flor do renascimento, descoberta em 1934 e originária da região do Mediterrâneo e Vine, flor da compaixão, descoberta em 1934 e originária da Suíça. A primeira pergunta que brota é a seguinte: Além destas 38 flores superiores que o Dr. Bach encontrou na sua terra natal, que outras flores poderia ter encontrado caso tivesse a oportunidade de estender sua pesquisa a outras regiões do mundo?
Sei que esta é uma pergunta sem resposta possível, mas pode levantar reflexões saudáveis. A obra do Dr. Bach restabelece em nossos olhos o encantamento diante da natureza, quando contemplamos a variedade de formas e espécies existentes no reino vegetal. Resgata o elo que sempre ligou o homem a toda forma de vida e, principalmente às plantas. Neste sentido, parece claro, cada homem restabelece esse contato com a riqueza vegetal específica de sua região. Depois de entrar em contato com esses ensinamentos, não pude deixar de observar um pé de maria-sem-vergonha, sem perguntar que espécie de virtude esta flor poderia resgatar. Pesquisar, portanto, novas essências florais nas regiões onde nascemos e vivemos seria também uma forma de dar continuidade à sua obra? Se existe alguma razão desconhecida para nascermos onde nascemos, vivermos onde vivemos, uma energia, misteriosa por natureza, que nos liga à terra em que pisamos pela primeira vez, ou onde pisamos toda manhã ao acordar, a nossa terra mãe, haverá então uma ligação misteriosa que nos une a toda forma de vida natural desta região. Inclusive todas as flores. Neste sentido, estudar as flores que nascem na mesma terra sobre a qual nós nascemos seria uma forma legítima de seguir os passos do Dr. Bach sem perder de vista as suas molas mestras: simplicidade, humildade e compaixão.
Mas ainda cabem algumas outras considerações. Em uma pesquisa rápida pela internet, encontrei mais de 30 sistemas florais. Apenas no Brasil encontramos: florais do Agreste, da Amazônia, do Araêtama, florais brasileiros, do Cerrado, da floresta, essências de Gabriel, de Minas, de Saint Germain, do Nordeste, do Sistema Agnes e do Sul. Em outros países encontramos: florais do Alaska,do Havaí, da Anaflora (Califórnia) , do Deserto, Franceses, Californianos, Healing Herbs (Inglaterra), do Himalaya, Living Light Energies, Fidhorn (Escócia), Master Flower (Nevada USA), Pacific Essences (Costa Oeste do Canadá), Orquídeas do Amazonas, da África do Sul e ainda dois pesquisadores distintos buscando florais da Holanda e outros dois florais Australianos. Certamente o número deve ser bem maior que isso, estes exemplos são apenas o registro de uma tendência que deve crescer rapidamente em quantidade. De maneira geral, até onde pude perceber, a maioria destes sistemas florais parte da mesma filosofia deixada pelo Dr. Bach, o que muda são apenas as flores. Alguns destes sistemas florais reúnem mais de 126 essências cada um deles e, somados, devem ultrapassar fácil a casa de 1500 essências forais. Não há como não se fascinar diante da exuberância da natureza. Por outro lado, e aqui é preciso ter delicadeza ao pisar neste terreno, podem tornar este aprendizado uma tarefa consideravelmente mais complexa e demorada. O sistema floral do Dr. Bach é tão simples que qualquer um pode aprender em um período de tempo relativamente curto. São dois livros e trinta e oito flores que, segundo seus ensinamentos, trazem as energias necessárias para a cura de todos os males do homem. Perto da sutileza deste material, cogitar a possibilidade de dominar tantos sistemas florais e uma gama de flores do tamanho do mundo deixa de ser um empreitada simples e acessível. Como dar continuidade à sua busca por flores e remédios da natureza sem comprometer essa simplicidade?
Esta também é uma pergunta para a qual não encontrei resposta minimamente satisfatória. Acredito que seja importante um estudo contínuo da natureza e de suas propriedades curativas. Tal e qual sempre fizeram nossos pajés, como o fazem hoje diversos seguidores de rituais sagrados que fazem uso do ayahuaska, chá feito de uma folha e de um cipó, cujos resultados na recuperação de diversos vícios e no despertar espiritual tem sido muito positivos, e tantos outros caboclos, homens que cresceram, viveram e morreram na mata, e trazem na sua memória, além de ensinamentos que foram passados de geração para geração, uma intuição viva capaz de olhar a natureza com olhos de ver. Ao ler sua obra e os relatos daqueles que com ele conviveram, tudo ali traz as marcas das mãos de um Mestre. Um homem iluminado. Precisamos seguir este caminho, quanto a isso não há dúvidas.
Por um aprendiz
Almaflora Lucia Bartolo
A Dra. Lucia minha mestra querida,responsavel por insights de luz,
minha gratidão.

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