Agua Sagrada




  • Quando morrem os seres humanos
  •  os lagos continuam,
  • quando morrerem os lagos
  • os seres humanos desaparecerão para sempre.





Paciência & Prodígio

O Homem  perguntou ao Trabalho:
- Qual o elemento mais resistente que encontraste, observando a natureza ?
- A pedra, respondeu o Trabalho.

A água que corria brandamente em derredor, escutou o que se dizia e, em silêncio, descobriu um meio de pingar sobre a pedra e, com algum tempo, abriu-lhe grande brecha, através da qual a água passava de um lado para outro.

O homem anotou o acontecido e indagou da água sobre o instrumento que ela usara para realizar aquele prodígio.

A água humilde respondeu simplesmente:
-         - Foi a paciência!





Água nossa de cada dia

Água fonte de vida
Água esperança
Água que mata a sede
Água que molha a planta.

Água que brota da terra
Água que sai do chão
Água que molha o trigo
Trigo que faz o pão.

Água que sangra das pedras
Água que vem da natureza
Água que nos dá alegria
Água que revigora a beleza.

Água que rola da serra
Água que jorra do chão
Água que enche rios
Água que transborda ribeirões.

Água que enche lagos
Água que enche lagoas
Água que corre para o mar
Água que corre á toa.

Água que move moinhos
Água que faz girar
Água que não descansa
Água que faz navegar.

Água nossa de cada dia
Água que nos dá energia
Água que nos dá calor
Água que nos procria.

Água de cada dia
Água da nascente
Água que cria a gente
Água que nos faz respirar

Água que sai da terra
Água que sai do ventre das matas
Que cai das cascatas.

Água fonte de vida
Água que brota dos córregos
Água que jamais voltará
Água nossa de cada dia.


de Maria da Conceição do Amparo




Na composição da água entram dois gases: 

duas partes de hidrogênio (símbolo: H) e uma parte de oxigênio (símbolo: O). Sua fórmula química é H2O.
Três quartos da superfície da Terra são recobertos por água. Trata-se de quase 1,5 bilhão de km3 de água em todo o planeta, contando oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos e geleiras. Parece inacreditável  que o mundo está prestes a enfrentar uma crise de abastecimento de água. Mas é exatamente isso o que está para acontecer, pois apenas uma pequeníssima parte de toda a água do planeta Terra serve para abastecer a população.


                                                                         

Vinte e nove países já têm problemas com a falta d'água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez - vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. É uma crise sem precedentes na história da humanidade. Em escala mundial, nunca houve problema semelhante.                                             
Tanto que, até 30 anos atrás, quando os primeiros alertas foram feitos por um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), ninguém dava importância para a improvável ameaça.



A água e o corpo humano

Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No ser humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. Uma pessoa de 65 kg, por exemplo, tem 45 kg de água em seu corpo. Daí sua importância no funcionamento dos organismos vivos. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. Mesmo a regulagem da temperatura do corpo depende da água - é pelo suor que "expulsamos" parte do calor interno.

Ciclo da Água

A água, na natureza, está sempre mudando de estado físico. Sob a ação do calor do Sol, a água da superfície terrestre se evapora e se transforma em vapor d'água. Este vapor sobe para a atmosfera e vai se acumulando. Quando encontra camadas frias, se condensa, formando gotinhas de água que juntam-se a outras gotinhas e formam as nuvens.
As nuvens formadas, quando ficam muito pesadas por causa da quantidade de água nelas contida, voltam à superfície terrestre em forma de chuva. Uma parte da água das chuvas penetra no solo e forma lençóis de água subterrâneos. Outra parte corre para os rios, mares, lagos, oceanos etc. Com o calor do Sol, a água volta a evaporar.

Riqueza brasileira

Quando o assunto é recursos hídricos, o Brasil é um país privilegiado. O território brasileiro detém 20% de toda a água doce superficial da Terra. A maior parte desse volume, cerca de 80%, localiza-se na Amazônia.
É naquela região desabitada que está a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, com 6 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo, além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A segunda maior bacia hidrográfica do mundo, a Platina, também está parcialmente em território brasileiro.
Mas a nossa riqueza hídrica não se restringe às áreas superficiais: o aqüífero Botucatu/Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro. O restante do potencial hídrico distribui-se de forma desigual pelo país. Apesar de tanta riqueza, as maiores concentrações urbanas encontram-se distantes dos grandes rios, como o São Francisco, o Paraná e o Amazonas.
Assim, dispor de grandes reservas hídricas não garante o abastecimento de água para toda a população.

Nanny

Motivo para guerras
A humanidade poderá presenciar no terceiro milênio uma nova modalidade de guerra: a batalha pela água. Um relatório do Banco Mundial de 1995 já anunciava que as guerras do próximo século serão motivadas pela disputa de água, diferentemente dos conflitos do século XX, marcados por questões políticas ou pela disputa do petróleo. Uma prévia do que pode ocorrer num futuro próximo aconteceu em 1967, quando o controle da água desencadeou uma guerra no Oriente Médio.
Naquele ano, os árabes fizeram obras para desviar o curso do rio Jordão e de seus afluentes. Ele é considerado o principal rio da região, nasce ao sul do Líbano e banha Israel e Jordânia. Com a nova rota, Israel perderia boa parte de sua capacidade hídrica. O governo israelense ordenou o bombardeamento da obra, acirrando ainda mais a rivalidade com os países vizinhos.

  • Seca no Nordeste 
  •  
  • Quão abençoada
  •  
  •  por todos é a chuva que cai,
  •  
  • sem raios e trovão
  •  
  • Que limpa e renova
  •  
  • faz brotar e crescer a plantação
  •  
  •  alimento para o corpo e
  •  
  •  oxigênio para o pulmão. 
  • Nadja Feitosa
Este é um problema que tem solução. Desviar parte da água do rio São Francisco para a região semi-árida é uma idéia antiga. Na prática, seria construída uma rede de canais para abastecer açudes dos Estados atingidos pela falta d'água, como Pernambuco, Ceará e Paraíba. Especialistas calculam que um projeto desse seria capaz de levar água a 200 municípios e 6,8 milhões de brasileiros.

Os Direitos da Água

A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, você vai ler os seus principais tópicos:
  1. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
  2. A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
  3. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
  4. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
  5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
  6. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
  7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
  8. A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
  9. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
  10. A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.


Nós árvores
Marcia Theophilo

Nós árvores vivemos de chuva
de orvalhos eternos e das neblinas
dos rios e dos oceanos
de vapores matutinos
e delicadas névoas.
Durante o dia o calor
dos raios do sol
dilata os nossos corpos sublunares
que absorvem assim, no profundo
delicadissimo orvalho no turno.




Dia Mundial da Água

A Organização das Nações Unidas instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de março. O objetivo da data é refletir, discutir e buscar soluções para a poluição, desperdício e escassez de água no mundo todo. Mas há muitos outros desafios: saber usá-la de forma racional, conhecer os cuidados que devem ser tomados para garantir o consumo de uma água com qualidade e buscar condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.

Ciclo da Água

Motivo para guerras

Nanny amor e paz
A humanidade poderá presenciar no terceiro milênio uma nova modalidade de guerra: a batalha pela água. Um relatório do Banco Mundial de 1995 já anunciava que as guerras do próximo século serão motivadas pela disputa de água, diferentemente dos conflitos do século XX, marcados por questões políticas ou pela disputa do petróleo. Uma prévia do que pode ocorrer num futuro próximo aconteceu em 1967, quando o controle da água desencadeou uma guerra no Oriente Médio.
Naquele ano, os árabes fizeram obras para desviar o curso do rio Jordão e de seus afluentes. Ele é considerado o principal rio da região, nasce ao sul do Líbano e banha Israel e Jordânia. Com a nova rota, Israel perderia boa parte de sua capacidade hídrica. O governo israelense ordenou o bombardeamento da obra, acirrando ainda mais a rivalidade com os países vizinhos.


bacia amazônica é um dos locais mais chuvosos do planeta, com índices pluviométricos anuais de mais de 2.000 mm por ano, podendo atingir 10.000 mm em algumas regiões. Durante os meses de chuva, a partir de dezembro, as águas sobem em média 10 metros, podendo atingir 18 metros em algumas áreas. Isso significa que durante metade do tempo, grande parte da planície amazônica fica submersa, caracterizando a maior área de floresta inundada do planeta, cobrindo uma área de 700.000 Km2.



Rio Amazonas

Em 1541, o espanhol Francisco de Orellana e seus homens navegavam no rio Napo (que desemboca em outro rio maior), a leste dos Andes. Passaram-se meses, e era incontável o número de afluentes que engrossavam as águas do imenso rio. A certa altura, a embarcação é atacada por um grupo de indígenas, que disparam flechas envenenadas. Orellana dá ordem para seus homens desviarem o barco, afastando-o do alcance dos índios. Após safar-se do perigo, Orellana, impressionado com o aspecto dos indígenas, que acredita serem mulheres, lembra-se das Amazonas - as guerreiras da mitologia grega - e batiza o rio que passa a se chamar rio das Amazonas.
O rio Amazonas começa no Peru, na confluência dos rios Ucayali e Maranõn. Entra no Brasil com o nome de Solimões e passa a chamar-se Amazonas quando recebe as águas do rio Negro, no interior do Estado do Amazonas.
No período das chuvas, os rio chega a crescer 16 metros acima de seu nível normal e inunda vastas extensões da planície, arrastando consigo terras e trechos da floresta. Sua largura média é de 12 quilômetros, atingindo freqüentemente mais de 60 quilômetros durante a época de cheia. As áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos países da Europa juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.
O rio Amazonas conta com mais de 1.000 afluentes e é o maior e mais largo rio do mundo e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Amazônica. O volume de suas águas representa 20% de toda a água presente nos rios do planeta. Têm extensão de 6.400 quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a do rio Nilo). Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A profundidade média é de 30 a 40 metros.
O rio Amazonas disputa com o Nilo o título de maior rio do mundo, mas é imbatível em volume d'água. Recebe cerca de 200.00 Km2 água por segundo e, em alguns pontos, o rio é tão largo que não dá para ver a outra margem.


Encontro Pororoca


Pororoca
Na foz do rio Amazonas, quando a maré sobe, ocorrem choques de águas, elevando vagalhões que podem ocasionar naufrágios e são ouvidos a quilômetros de distância, é a pororoca.
O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros rios, consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m e avança rio adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar árvores e modificar o leito do rio.

No dialeto indígena do baixo Amazonas o fenômeno da pororoca tem o seu significado exato, poroc-poroc, que significa destruidor.
Embora a pororoca aconteça todos os dias, o período de maior intensidade no Brasil acontece entre janeiro e maio e não é um fenômeno exclusivo do Amazonas. Acontece nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico e no rio Araguari, no litoral do Estado do Amapá, e também nos rios Sena e Ganges.

O ritmo da água
Marcia Theophilo
No interior, em feliz morada
cantam pequenos pássaros no verão
Não pedem, atenção, mas escuto os lamentos
o ritmo ardente da água cristalina
envolve o seu respiro, o rosto de menina. 
Cantem vocês, Caá-mata, Porá-morador,
Caí-queimado e Pyr-corpo tostado
homem do mato, direção interior
pequeno indígena, fumando doido
cabeleira hirta, cavalgando caititu
e o segue o cachorro papa-mel, pé moreno
rosto redondo, livre, 
agitando um ramo de japecanga, 
pé de garra, pé só, torto, enraivecido. 
Hoje tudo toma uma nova forma
silêncios inadvertidos, sonolentos
estás aqui, mais uma vez, e não è norma
suas asas a bulir e sem intentos
pássaros percorrem em distância viagens
países, e o seu voar volteia áspero
pousou e fez seus ninhos, nas passagens
atravessa terras, sem árvores, austero

Rio Negro

Suas águas são mesmo muito escuras. Isso acontece por causa da decomposição da matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pela inundações.
Como a água é muito ácida e pobre em nutrientes, é este processo que garante a maior parte dos alimentos consumidos pela fauna aquática.

Rio Solimões

Quando o rio Solimões se encontra com o Negro (ganhando o nome de rio Amazonas), ele fica bicolor. Isso acontece por que as águas, com cores contrastantes, percorrem vários quilômetros sem se misturar.

Agua sagrada, fonte,que mata tua sede...sede de aguasede de pazsede de amorde amor cristãode amor irmão                           que sofre com a dorpor outros de seusangue ou nãoAgua sagrada, fonte,que Mata tua sede...              Nadja Feitosa





Fontes: Wikipedia/internete minha alma www.webciencia.com/21_agua.htm#ixzz28WbE1uSC
Poesias do Livro :Amazônas Respiração do Mundo" de Marcia Theophilo
 Poesias:Nadja Feitosa


  • A LENDA DO RIO AMAZONAS.
  • Conta a lenda que a Lua vestia-se de prata e o Sol de ouro,
  •  sendo eles donos da noite e do dia, respectivamente.
  • Apesar do amor ardente entre ambos, o mundo acabaria se os dois se unissem em casamento,
  •  pois o Sol queimaria a terra e, nem mesmo o choro triste da Lua apagaria suas chamas.
  •  Mesmo apaixonados um pelo outro eles se separaram, obviamente tristes.
  • A Lua não poderia se casar com o Sol porque também amava a Terra e não queria vê-la arder, pois sabia que nem 
  • chorando dilúvios de lágrimas conseguiria apagar o fogo do Sol.
  • Desesperada, a Lua preferiu salvar o mundo e separou-se do amado astro-rei, chorando de saudades durante todo um 
  • dia e toda uma noite. Suas lágrimas escorreram pelos morros sem fim até chegar ao Oceano Atlântico, mas este 
  • embraveceu-se ao receber tanta água, não permitindo que elas se misturassem com as dele.
  • Algo inusitado então aconteceu, tão estranho quanto fenomenal: as lágrimas da Lua escavaram um imenso vale entre 
  • serras que se levantaram entre os planaltos Central e das Guianas, barrado pela Cordilheira dos Andes, fazendo 
  • aparecer um imenso rio que mais tarde se chamou Amazonas.
A imagem pode conter: planta, flor, atividades ao ar livre, natureza e água

Ele chegou... Chegou aquele que nunca partiu...
Esta água nunca faltou a este riacho
Ela é a substância do almíscar e nós seu perfume,
Alguma vez se viu o almíscar separado do seu cheiro?

Rumi

Som e da Música




Hazrat Inayat Khan - O Misticismo do Som e da Música

mistico sulfiO êxtase manifesta-se em vários aspectos. Às vezes o Sufi pode estar às lágrimas, às vezes pode estar suspirando, às vezes ele se manifesta em Raqs, movimentos. Tudo isso é considerado com respeito e reverência por aqueles presentes na assembléia do sam'a, pois o êxtase é considerado uma bênção divina. O suspiro do devoto ilumina um caminho para ele no mundo invisível e suas lágrimas lavam o pecado de eras. Toda revelação segue o êxtase, todo o conhecimento que um livro jamais poderá conter e que a linguagem jamais poderá expressar, nem um professor ensinar, vem a ele por si mesmo                                                                                         .


De acordo com o ponto de vista esotérico, a música é o começo e o fim do universo. Todas as ações e movimentos feitos nos mundos visível e invisível são musicais. Isto é, eles são constituídos de vibrações pertencentes a um certo plano de existência. Em sânscrito, a música é chamada sangita, que significa três sujeitos: o cantar, o tocar e o dançar. Esses três estão combinados em toda ação. Por exemplo, na ação da fala há a voz significando o cantar, a pronunciação das palavras significando o tocar e os movimentos do corpo bem como a expressão da face significando o dançar.

A música oriental está inteiramente baseada sobre uma base filosófica e espiritual. O inventor dela foi Mahadeva, o senhor dos Iogues, e o maior músico foi Parvati, sua amada esposa. Krishna, a encarnação de Deus, era um músico hábil, que encantava ambos os mundos através da música de sua flauta, fazendo os Iogues dançarem. Bharata Muni, o maior santo hindu, foi o primeiro compositor de música. Os místicos, tal como Narada e Tumbara, foram grandes músicos. No céu dos Hindus o Deus Indra é entretido pelo canto clássico dos Gandharvas e pela dança dos Apsaras. A Deusa da música é Sarasvati, que também é a Deusa da sabedoria; ela é uma grande amante da Vina. Todo o sistema da religião e filosofia hindu está baseado na ciência das vibrações e é chamado de Nada Brahma, Deus-Som.

O poeta Shams de Tabris, ao escrever sobre a criação, diz que todo mistério do universo reside no som. Esse fato é expressado no Corão e também na Bíblia.

Vibrações mais finas tornam-se mais grosseiras em sua graduação formando os diferentes planos de existência, culminando na manifestação física. Assim como a água quando congelada transforma-se em neve, também a atividade materializa as vibrações. Menos atividade as eteriza, mostrando que o espírito e a matéria são a mesma coisa num sentido mais elevado. O espirito descende em matéria através da Lei da vibração, e a matéria também ascende em direção ao espírito. Os grandes Iogues e Sufis sempre progrediram através de suas práticas em direção ao mais elevado estado de perfeição ao eterizarem-se através do conhecimento das vibrações. O som material dos instrumentos ou da voz produzido pelos órgãos humanos de som, é na verdade a consequência do som universal das esferas, o qual somente pode ser escutado por aqueles que se afinaram com ele. Este estado é chamado de Anahad Nada pelos Iogues e Sawt-e-Sarmad pelos Sufis.

O músico e o amante da música tornam-se refinados e são conduzidos ao mais elevado mundo do som. Os Sufis perdem a si mesmos no som e chamam isso de êxtase ou masti. Poderes psíquicos e ocultos surgem após experimentarem esta condição de êxtase e o conhecimento da existência visível e invisível é revelado. Essa graça da felicidade e paz está disponível apenas aos Iogues e Sufis interessados na divina arte da música.

Quase todos os grandes músicos do oriente tornaram-se grandes santos através do poder da música. Mais recentemente na Índia, músicos como Tansen e Maula Baksh foram exemplos grandiosos da perfeição espiritual através da música.

.

Quando prestamos atenção à música da natureza descobrimos que todas as coisas contribuem para a sua harmonia. As árvores balançam seus galhos alegremente no ritmo do vento, o som do mar, o sussurro do vento, o assobio do vento passando pelas pedras, vales e montanhas, a luz de um raio e o estrondo de um trovão, a harmonia do sol e da lua, os movimentos das estrelas e dos planetas, o desabrochar das flores, o cair das folhas, a alternância regular da manhã, tarde, noite e madrugada – tudo revela ao espectador a música da natureza.

Os insetos têm seus concertos e balé e o coro dos pássaros canta em uníssono os hinos de louvor. Os cães e gatos têm suas orgias, as raposas e os lobos têm suas noites musicais na floresta, enquanto os leões e os tigres presidem suas óperas na selva. A música é a única forma de compreensão entre os pássaros e os animais. Isso pode ser visto pela gradação de tons e volume de tons, a maneira da afinação e o numero de repetições e a duração de seus vários sons. Eles transmitem aos seus parceiros a hora de se juntar ao rebanho, o aviso da aproximação do perigo, a declaração de guerra, o sentimento de amor, o sentido de simpatia, de descontentamento, de paixão, raiva, medo e ciúme, criando uma linguagem própria em si.

Na respiração do homem há um tom constante, e o batimento do coração, o pulso e a cabeça mantêm o ritmo continuamente. Um bebê responde à música antes de ter aprendido como falar, ele move suas mãos e pés num determinado tempo e expressa seu prazer e sua dor em diferentes tons.

A arte da música no oriente é chamada Kala e tem três aspectos: o vocal, o instrumental e o que expressa movimento.

A música vocal é considerada a mais elevada pois é natural; o efeito produzido por um instrumento que é meramente uma máquina não pode ser comparado com o da voz humana. Não importa o quão perfeitas as cordas sejam, elas não poderão causar a mesma impressão que a voz no ouvinte, pois ela vem direto da alma através do alento e foi trazida à superfície por meio da mente e dos órgãos vocais do corpo. Quando a alma deseja expressar-se em voz, primeiramente ela causa uma atividade na mente, que por sua vez, através dos pensamentos projeta vibrações mais finas no plano mental. Isso no devido tempo desenvolve-se e passa como respiração através das regiões do abdome, pelos pulmões, garganta, boca e órgãos nasais, fazendo com que o ar vibre por completo, até que se manifeste na superfície como voz. A voz, portanto, expressa naturalmente a atitude da mente, seja ela verdadeira ou falsa, sincera ou insincera. A voz tem todo um magnetismo do qual carece um instrumento, pois a voz é o instrumento ideal da natureza, a partir do qual todos os outros instrumentos do mundo são modelados.

O efeito produzido pelo canto depende da profundidade do sentimento do cantor. A voz de um cantor compassivo é muito diferente da voz de um que é desprovido de emoção. Não importa o quanto uma voz seja artificialmente cultivada, ela nunca irá produzir sentimento, graça e beleza a menos que o coração seja cultivado também. O canto tem uma dupla fonte de interesse: a graça da música e a beleza da poesia. Na proporção de quanto o cantor sente as palavras que ele canta, um efeito é produzido sobre os ouvintes; seu coração, por assim dizer, acompanha a música.

Embora o som produzido por um instrumento não possa ser produzido pela voz, ainda assim o instrumento é totalmente dependente do homem. Isso explica claramente como a alma faz uso da mente e como a mente governa o corpo. Ainda assim, parece como se fosse o corpo que é o agente e não a mente, e a alma é deixada de fora. Quando o homem ouve o som de um instrumento e vê as mãos do instrumentista trabalhando, ele não vê a mente operando por de trás e nem o fenômeno da alma. A cada passo do ser mais interno em direção à superfície há um aparente progresso que parece ser mais positivo. Porém, cada passo para a superfície implica limitação e dependência.

Não há nada que não possa servir como um veículo para o som, embora o tom manifeste-se mais claramente através de um corpo sonoro do que por um corpo sólido, pois o primeiro é mais aberto às vibrações, enquanto que o último é fechado. Todas as coisas que dão um som claro mostram vida, enquanto que corpos sólidos entupidos de substância parecem mortos. A ressonância é a reserva de tom, em outras palavras é a repercussão do tom que produz um eco. Sob esse princípio são feitos todos os instrumentos, a diferença residindo na quantidade e na qualidade do tom, o qual depende da construção do instrumento.

E efeito da música instrumental também depende da evolução do homem que expressa com a ponta de seus dedos sobre o instrumento seu grau de evolução; em outras palavras, sua alma fala através do instrumento. O estado da mente do homem pode ser lido por seu toque no instrumento, pois por mais hábil que ele seja, ele não pode produzir por mera habilidade a graça e a beleza que atraem o coração sem um sentimento desenvolvido dentro dele mesmo.

Após a música vocal e a instrumental vem a música motora da dança. O movimento é a natureza da vibração. Cada movimento contém em si um pensamento e um sentimento. Essa arte é inata no homem. O primeiro prazer de um bebê na vida é divertir-se com o movimento de suas mãos e pés, uma criança ao ouvir música começa a mexer-se. Mesmo os animais e pássaros expressam sua alegria em movimentos. O pavão, orgulhoso com a visão de sua beleza, mostra sua vaidade na dança, da mesma forma a cobra sai do cesto e balança seu corpo ao ouvir a música do pungi. Tudo isso prova que o movimento é o sinal da vida e quando realizado com música ele coloca tanto o artista quanto e espectador em movimento.

Os místicos sempre olharam para esse tema como uma arte sagrada. Nas escrituras hebraicas encontramos Davi dançando diante do Senhor, e os deuses e deusas dos gregos, egípcios, budistas e brâmanes são representados em diferentes posturas, todas tendo um certo significado e filosofia relacionado com a grande dança cósmica que é a evolução.

Mesmo nos dias de hoje entre os Sufis no oriente, a dança chamada sama ocorre em suas reuniões, pois a dança é consequência da alegria. Os dervixes no sama dão vazão a seu êxtase em Raqs, o que é considerado com grande respeito e reverência pelos presentes e é em si mesmo uma cerimônia sagrada.

A arte da dança degenerou muito devido a seu mal uso. A maioria das pessoas dança ou para se divertir ou se exercitar, frequentemente abusando da arte em sua frivolidade.

Melodia e ritmo tendem a produzir uma inclinação para a dança.

Para resumir, a dança pode ser dita ser uma expressão graciosa do pensamento e do sentimento sem pronunciar nenhuma palavra. Ela pode ser usada também para impressionar a alma através do movimento, produzindo uma imagem ideal diante dela. Quando a beleza do movimento é tomada como um pressentimento do ideal divino a dança se torna sagrada.

A música da vida mostra sua melodia e harmonia em nossas experiências diárias. Cada palavra dita, ou é uma nota verdadeira ou uma nota falsa, de acordo com a escala de nosso ideal. O tom de uma personalidade é áspero como uma corneta, enquanto que o de outra é brando como as notas de uma flauta.

O progresso gradual de toda a criação de uma evolução inferior até a mais elevada, sua mudança de um aspecto para outro, é mostrada como na música onde uma melodia é transposta de uma clave para outra.

A amizade e a inimizade entre os homens, seus gostos e desgostos, são como acordes e dissonâncias. A harmonia da natureza humana e a tendência humana à atração e à repulsão, são como o efeito dos intervalos consonantes e dissonantes na música.

Na ternura do coração o tom torna-se um semitom e quando o coração é partido o tom se quebra em microtons. Quanto mais terno se torna o coração mais cheio o tom ele se torna, quanto mais duro o coração fica mais morto ele parece.

Cada nota, cada escala e cada som estinguem-se no momento determinado e no final da experiência da alma aqui o finale chega. Mas a impressão permanece, como um concerto num sonho, diante da visão da consciência.

No que diz respeito à música do absoluto, o baixo, o subtom (ou o tom sutil), prossegue continuamente, mas na superfície e sob as várias notas de todos os instrumentos da música da natureza esse tom sutil está escondido e subjugado. Cada ser com vida vem à superfície e novamente retorna para o lugar de onde veio, assim como cada nota tem seu retorno ao oceano de som. O subtom desta existência é o mais alto e o mais brando, o mais elevado e o mais baixo. Ele oprime todos os instrumentos de tom alto ou baixo, agudo ou grave, até que todos se fundam nele. Esse subtom sempre é, e sempre será.

O mistério do som é misticismo; a harmonia da vida é religião. O conhecimento das vibrações é metafísica e a análise dos átomos é ciência, seu agrupamento harmonioso é arte. O ritmo da forma é poesia e o ritmo do som é música. Isso mostra que a música é a arte das artes e a ciência de todas as ciências e ela contém a fonte de todo conhecimento dentro de si.

A música é chamada de a arte divina ou celestial não apenas porque ela é em si uma religião universal, mas por causa de sua sutileza em comparação com todas as outras artes e ciências. Cada escritura sagrada, ilustração sagrada ou palavra falada sagrada, produz a impressão de sua identidade sobre o espelho da alma, mas a música permanece diante da alma sem produzir nenhuma impressão deste mundo objetivo nem em nome nem em forma, assim preparando a alma para realizar o infinito.

Reconhecendo isso, o Sufi chama a música de giza-i-ruh, a comida da alma, e usa a música como uma fonte de perfeição espiritual, pois a música ventila o fogo do coração e a chama que surge dele ilumina a alma. O Sufi tira muito mais proveito da música em suas meditações do que em qualquer outra coisa. Sua atitude devocional e meditativa torna-o sensível à música, a qual ajuda-o em seu desenvolvimento espiritual. A consciência, através da ajuda da música, primeiramente liberta-se do domínio do corpo e depois da mente. Uma vez isso realizado, apenas mais um passo é necessário para atingir a perfeição espiritual.

Os Sufis de todas as épocas tiveram um sério interesse na música em qualquer terra em que residiram. Rumi adotou especialmente essa arte por conta de sua grande devoção. Ele ouvia os versos dos místicos sobre o amor e a verdade cantados pelos qawwals, os músicos, com o acompanhamento da flauta.

O Sufi visualiza o objeto de sua devoção em sua mente que é refletido sobre o espelho de sua alma. O coração, o fator do sentimento, é possuído por todos, embora ele não seja um coração vivente em todas as pessoas. O coração é tornado vivo pelo Sufi que dá vazão aos seus sentimentos intensos em lágrimas e suspiros. Ao fazê-lo, as nuvens do jelal, o poder que congrega com seu desenvolvimento psíquico, caem em lágrimas como gotas de chuva e o céu de seu coração é clareado, permitindo a alma brilhar.

Essa condição é considerada pelo Sufi como um êxtase sagrado. O wajad, ou êxtase sagrado que os Sufis experimentam como regra no sam'a, pode ser dito ser a união com o Desejado. Existem três aspectos dessa união que são experimentados pelos diferentes estágios de evolução.

O primeiro é a união com o ideal reverenciado do plano da terra, presente diante do devoto, seja no plano objetivo ou no plano do pensamento. O coração do devoto, repleto de amor, admiração e gratidão, torna-se capaz de visualizar a forma de seu ideal de devoção enquanto escuta a música.

O segundo passo no êxtase e a parte mais elevada da união é a união com a beleza de caráter do ideal, não importando a forma. A música em louvor ao personagem ideal ajuda o amor do devoto a brotar e transbordar.

O terceiro estágio no êxtase é a união com o divino Amado, o mais elevado ideal, que está além da limitação do nome e da forma, da virtude e do mérito; com o qual a alma tem constantemente buscado a união e a quem ela finalmente encontrou. Essa alegria é inexplicável. Quando as palavras dessas almas que já atingiram a união com o divino Amado são cantadas diante daquele que está trilhando o caminho do amor divino, ele vê todos os sinais no caminho descritos naqueles versos e isso é um grande conforto para ele. O louvor Daquele assim idealizado, tão diferente do ideal do mundo em geral, preenche-no com uma alegria além das palavras

Em si

Devemos lembrar, sempre que possível, que a verdadeira vida não é a vida exterior e material que vemos passar diante de nossos olhos, mas a vida interior do nosso espírito, para o qual o mundo visível não é senão uma andaime, um auxílio necessário ao crescimento espiritual.
(...) Devemos nos lembrar de que o andaime não tem significado nem importância em si, que serve apenas para que o edifício seja construído.


Leon Tolstói





Há de haver ressonância as minhas orações pelo bem estar dos seres humanos de boa alma que estão em minha vida, seja como for. 
Há de haver atendimento nos pedidos que faço em benefício dos oprimidos, dos excluídos pela crueldade do capital selvagem. 
Há de haver alteração no destino dos desacreditados jogados nas calçadas e nas ruas da desesperança. 
Há de haver de complacência onde houver ódio, vingança e maldade desnecessária. 
Há de haver proteção às crianças sub julgadas pela ignorância e desajustes humanos e que elas cresçam sob a égide do amor maior, garantindo um futuro melhor, com seres humanos íntegros.
Há de haver união entre os inconformados com a injustiça social e clareza na busca de soluções.
Há de haver amor independentemente da cor, credo, conceitos, condição social.
Há de haver alimento onde a fome castiga o corpo e alma, pois o direito de comer a todos pertence.
Há de haver o domínio do bem querer em todos os sentidos, porque assim eu terei a esperança que me conduzirá.
Há de haver tudo, onde não existe nada.
(Wagner Marins)


Muito Além

“O universo é fantástico”, diz o astrônomo inglês Martin Rees. “E talvez inexplicável”, acrescenta. Diante de cenário tão eloquente, no entanto, é impossível calar a velha pergunta. De onde veio tudo isso? Em que útero ancestral todas as coisas foram geradas? 


Não foi o homem quem teceu a trama da vida. Ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer a trama, a si próprio fará.
A Unidade existe, a Vida é Una. 

Os grandes sábios de todas as épocas sempre deram testemunho de uma unidade que subjaz à diversidade de formas. No presente, as descobertas científicas estão revelando essa unidade que abarca toda vida. 

Na sabedoria antiga existe esse entendimento da identidade de toda a consciência. Cada gota de consciência é una com o oceano da consciência universal. Cada unidade de vida é una com toda a vida. 


O sistema solar, a natureza e os nossos corpos são parte de um sistema único da Inteligência Criadora. Todos os sistemas de vida são subsistemas da evolução da vida única do universo. 


Cada vida é uma flor na árvore da vida eterna. A sabedoria antiga tem raízes na compreensão da unidade de toda a consciência e na santidade e unidade de toda a vida. O mundo mutável das aparências é uma emanação do imutável campo universal da inteligência viva. Os sábios do Himalaia chamam isso de essência do Eu.



"Sob o céu, uma só família", afirmou Confúcio. Hoje, através da investigação da interação das diferentes formas de vida, a ciência determinou que há uma teia da vida, estendendo-se desde o mais diminuto protozoário até o homem. Esta teia da vida é composta de inter-relações e interdependências, e é denominada ecossistema. 

São Paulo falou da unidade da vida como "o uno em quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser".


A física nuclear reduziu todas as formas de vida a uma essência que penetra todo o universo: a energia. 


Os avanços no campo da Psicologia têm revelado que, durante uma percepção elevada da realidade numa experiência de "pico", este mundo, não outro, é visto como uma intrínseca unidade. 


Mas a maioria dos homens ainda não alcança esta elevada percepção e continua enfatizando as suas diferenças mais do que as suas similitudes e pensando em sua própria individualidade mais do que na totalidade.

Sócrates disse: "quando te perguntarem de que país és, nunca respondas sou ateniense, ou sou coríntio, mas digas: sou um cidadão do mundo". Hoje, nações individuais persistem na crença de que são diferentes do resto da humanidade, e de que seus interesses nacionais são distintos da humanidade una, e que a satisfação desses interesses nacionais é mais importante que qualquer injustiça que possa resultar de tal ação nacionalista, em prejuízo da humanidade. 

As nações lutam pela superioridade militar, a vantagem política e a satisfação da ambição financeira, assim fortalecendo a separatividade. A ciência, por sua vez, tem revelado que geneticamente não existem povos ou raças separados, mas apenas uma humanidade.


Físicos renomados, como Andrei Linde, chegam a considerar que uma "Teoria de Tudo" jamais será estabelecida com sucesso sem levar em conta a interação entre a realidade e o observador e mesmo a presença de uma consciência como fator de construção do universo.

Assim como a "Teoria de Tudo", a teoria das cordas demonstra que existem vários universos.

Segundo essa teoria, nosso próprio universo é como uma bolha que existe lado a lado de universos paralelos semelhantes. 

Ao contrário da "Teoria de Tudo", a teoria das cordas supõe que esses universos podem entrar em contato entre si. Ela afirma que a gravidade pode fluir entre esses universos paralelos. 


Einstein não viveu o bastante para ver sua busca pela Teoria do Tudo ser adotada por outros. Então, se a teoria das cordas estiver certa, Einstein ainda está vivo em um universo paralelo. Talvez, nesse universo, os físicos já tenham encontrado a Teoria do Tudo.

Graça à extraordinária precisão do telescópio Planck, pesquisadores de toda a Europa desenvolveram um completíssimo mapa do cosmos pela Agência Espacial Europeia.   

Este mapa, feito com a radiação cósmica de microondas detectadas (uma grande concentração de radiação na parte sul do Universo, junto a um ponto frio), demonstra que nosso Universo não está sozinho e não é o único. Seria como se cada região fosse um pequeno universo. E esse tipo de situação com vários pequenos universos sem contatos entre eles, se dá o nome de multiverso.

De acordo com este estudo, nós vivemos em um multi-universo, em que o nosso se mantem "puxado" pela força da gravidade exercida pelos outros universos que o rodeiam.


Esta existência simultânea de universos paralelos - que obriga a dar um outro rumo às ideias sobre o infinito que existem até agora - pode ser uma surpresa para muitos, mas ela já era defendida por alguns grupos de cientistas. 


O que provavelmente não se esperava era que a ciência contasse desde já com a tecnologia necessária para comprovar essa teoria.


A aventura de decifrar o cosmo está longe de acabar e talvez nunca tenha fim. O consolo é que ela é uma das mais fascinantes da ciência – a investigação encanta mesmo quando as respostas estão distantes.