"A Religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus Pessoal evitando os dogmas e a teologia"
Albert Einstein
Adoro-te, recôndito Eu do universo, alma do Todo,
Meu Pai e Pai de todas as coisas,
minha respiração e respiração de todas as coisas.
Adoro-te, indestrutível essência,
sempre presente no espaço, no tempo e além, no infinito.
Pai, amo-te, mesmo quando Tua respiração é dor,
porque Tua dor é amor; mesmo quando Tua Lei é esforço,
porque o esforço que tua Lei impõe é o caminho das ascensões humanas.
Pai, mergulho em Tua potência, nela repouso e me abandono,
peço à fonte o alimento que me sustente.
Procuro-te no âmago onde Tu estás, de onde me atrais.
Sinto-Te no infinito que não atinjo e donde me chamas.
Não Te vejo e, no entanto, ofuscas-me com Tua luz;
não Te ouço, mas sinto o tom de Tua Voz;
não sei onde estás, mas encontro-Te a cada passo,
esqueço-Te e Te ignoro, no entanto, ouço-Te em toda a minha palpitação.
Não sei individuar-Te, mas gravito em torno de Ti,
como gravitam todas as coisas, em busca de Ti, centro do universo.
Potência invisível que diriges os mundos e as vidas,
Tu estás em Tua essência acima de toda a minha concepção.
Que serás Tu, que não sei descrever nem definir,
se apenas o reflexo de Tuas obras me enceguece?
Que serás Tu, se já me assombra a incomensurável complexidade desta Tua emanação,
pequena centelha espiritual que me anima integralmente?
O homem Te busca na Ciência, invoca-Te na dor,
Te bendiz na alegria.
Te bendiz na alegria.
Mas na grandiosidade de Tua potência,
como na bondade de Teu amor,
estás sempre além,
além de todo o pensamento humano,
acima das formas e do devenir,
um lampejo do infinito.
No ribombar da tempestade está Deus;
na carícia do humilde está Deus;
na evolução do turbilhão atômico,
na arrancada das formas dinâmicas,
na vitória da vida e do espírito, está Deus.
Na alegria e na dor,
na vida e na morte,
no bem e no mal, está Deus;
um Deus sem limites,
que tudo abarca,
estreita e domina,
até mesmo as aparências dos contrários,
que guia para seus fins supremos.
E o ser sobe, de forma em forma, ansioso por conhecer-Te,
buscando uma realização cada vez mais completa de Teu pensamento,
tradução em ato de Tua essência.
Adoro-Te, supremo princípio do Todo,
em Teu revestimento de matéria,
em Tua manifestação de energia;
no inexaurível renovar-se de formas
sempre novas e sempre belas;
eu Te adoro, conceito sempre novo,
bom e belo,
inesgotável Lei animadora do universo.
Adoro-Te grande Todo,
ilimitado além de todos os limites de meu ser.
Nesta adoração, aniquilo-me e me alimento,
humilho-me e me incendeio;
fundo-me na Grande Unidade,
coordeno-me na grande Lei,
a fim de que minha ação seja sempre
harmonia, ascensão, oração, amor."
A Grande Síntese - Cap 50
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.”
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
Soneto XIII da Via Láctea
Olavo Bilac, Poesias
O Cosmos é um ímã que tem norteado a minha vida. Lembro-me de como eu me sentia quando criança, na fazenda chamada Lagoa da Pedra cidade Palmeira dos Índios ,era do meu querido avô martiniano Guabiraba,quase dois metros de altura olhos azuis descendente de portugueses com índios.Minha avó Maria Rosa da Conceição Guabiraba,baixinha morena,olhos escuros piedosos e sábios,mimava-nos com bonecas de pano que ela própria fazia.
E o céu durante o dia de um tom de azul incomum,as nuvens baixas branquíssimas,o sol escaldantemente dourado a queimar-nos a pele.Eu deitava no chão embaixo de uma árvore qualquer e fitava o firmamento anil, e as nuvens brancas caminhando passando além do ponto fixo em que eu estava,ficava horas assim mirando o céu e as nuvens era a coisa mais maravilhosa ... meu conto de fadas próprio não tenho como exprimir a sensação.Parecia em transe, minha mente estava conectada a algo maior pensava em Deus no certo no errado. Acho que este foi o que me fez uma menina de distância, em silêncio,diferente.Sempre alguém vinha me despertar chamando para ajudar em algo ou mesmo aquelas brincadeiras de crianças a zombarem uns dos outros.
A noite .A noite brincávamos soltos a frente da casa corridas,laços quedas gritos ,sorrisos,meus irmãos,meus primos e primas,eram oito filhos dos meus avós,e muitos netos; tantos vinham diáriamente assim como nós para a fazenda.
A lua enorme em seu amarelo pálido,parecia baixa demais tão próxima a terra,quantas vezes sonhando imaginei andar até toca-la.O céu azul anil brilhantemente diamantado pelas estrelas em especial me fascinava.
O que se perdeu quando fiquei mais velha, talvez porque as luzes,a poluição da cidade escondem as estrelas,o céu talvez porque o sentimento de admiração e ingenuidade da infância estão perdidas como um adulto, eu não sei ... mas está na alma a memória indelével que comutam no cosmos, que une tudo a todos . Agora eu percebo que as minhas meditações não eram de criança, porque o silêncio é alcançado em meditação permite esse deslocamento, que circulam livremente,equilibrando a alma, assim como as sensações de infância, nostalgia cósmica a permanecer gravada na alma humana.Assim como o dna dos meus avós em meu corpo,no corpo dos meus filhos,netos ,bisnetos....
Nós somos seres cósmicos, solares, submersos num mar de tecidos, ossos, instintos, emoções e temos pensamentos,sentimentos que desconhecemos de nós mesmos...
Hildegarda de Brigen diz que nosso corpo assemelha-se ao cosmos em funcionamento perfeito e interligado.
NadjaFeitosa
O universo é ordem, ou caos?
O universo é ordem.
Isto é o que me dizem a ciência, a história, e tantos anos de observação e de experiência. Cheguei à conclusão de que o universo é um funcionamento orgânico em marcha para determinada meta; que todos os fenômenos se encandeiam segundo uma lei, em cujo âmago sinto o pensamento e toco com as mãos a vontade de Deus presente e atuante. Assim concluí, com a segurança que me deram trinta anos de estudo, de experiência e de dor.
Se desta verdade universal desço a verdades mais particulares e mais próximas, mais relativas e mais tangíveis, descubro que a vida do homem e do planeta que ele é agora chamado a reger, correspondem a uma ordem particular e a um funcionamento orgânico, cuja meta é indicada por estados sempre mais perfeitos a atingir, cuja lei é o progresso. Verifiquei, afinal, que a lei do nosso planeta é progredir em todas as formas; evoluir sempre, em todo sentido, é a idéia dominante. A evolução é uma soberba e incessante marcha de todos os seres da terra, do mineral à planta, ao animal, ao homem, ao gênio: a marcha em direção a Deus.
Pietro Ubaldi
Por Aurélien Bernier
NO LE MONDE DIPLOMATIQUE
Na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, em Genebra, os pesquisadores procuram a famosa “partícula de Deus”. O bóson de Higgs poderia permitir explicar as propriedades do Universo. A busca pelo infinitamente pequeno transformaria então a física para nos esclarecer o nascimento do cosmos.
Ciência do Universo em seu conjunto, que tenta descrever o cosmos desde seu instante inicial até seu eventual momento final, a cosmologia é uma disciplina peculiar. Evidentemente, a experiência “criação do Universo” não é reprodutível, o que torna impraticável o usual procedimento de inferência e verificação pela observação reiterada de processos similares. Além disso, o observador faz parte do sistema que pretende descrever, o que é incompatível com o distanciamento necessário para uma observação neutra e objetiva. Finalmente, as “condições iniciais” – isto é, o estado do sistema a partir do qual a evolução é calculada – são um grande mistério, já que não existe, por definição, nem anterioridade nem exterioridade ao “sistema universo”. Tudo isso sem contar que as energias em jogo nos primeiros instantes da história cósmica vão muito além do que já foi testado na Terra e que, ao contrário da abordagem habitual, o dado conhecido é o estado “final” do objeto de estudo. Porém, a despeito de tais dificuldades (e em parte graças a elas), a cosmologia tornou-se uma ciência, e até uma ciência de precisão. O modelo padrão do Big Bang – um universo em expansão há quase 14 bilhões de anos – é hoje convincente, pois está amparado em elementos sólidos.
No plano da observação, a ideia de um universo em expansão se estabeleceu em meados do século XX, por diversas excelentes razões. As galáxias estão se afastando umas das outras, a abundância de elementos químicos no universo é consistente com as previsões da física nuclear em um cenário como o do Big Bang e o conteúdo do cosmos evolui manifestamente com o tempo, o que seria dificilmente explicável se ele fosse estático e eterno. Finalmente, a radiação fóssil, verdadeira primeira luz do Universo, comporta-se exatamente como esperado. Esse fundo difuso de fótons, radiação proveniente de todas as direções do céu, descoberto em 1965 e atualmente analisado com precisão sem igual pelo satélite europeu Planck,1é testemunha do período de intenso calor experimentado pelo Universo após o Big Bang, confirmando assim o essencial do modelo. Além do mais, essa radiação conserva finas impressões da física do Universo mais primordial: os primeiros instantes lentamente revelam seus segredos.
Paralelamente a esses fundamentos experimentais, o modelo do Big Bang desenvolveu-se pela edificação de um notável quadro teórico: a relatividade geral, que explica a natureza profunda do espaço e do tempo. Ela mostra – e isso é uma grande revolução – que o espaço-tempo não é mais o lugar onde os fenômenos ocorrem, mas é em si mesmo um fenômeno. Em outras palavras, o espaço-tempo torna-se dinâmico: a expansão do universo não é um deslocamento de matéria no espaço, mas uma dilatação do próprio espaço. Aliás, é também a partir daí que os buracos negros podem ser verdadeiramente compreendidos. Quando uma estrela de grande massa explode como supernova, cria-se no espaço uma área de tamanha densidade que nada é capaz de lhe escapar. O buraco negro apresenta uma estrutura tão complexa que, nele, o espaço se transforma em tempo, e o tempo em espaço.2É de certa forma o espaço fluindo na singularidade central que marca o fim dos tempos! Levando a relatividade ao auge, os buracos negros conduzem a fenômenos estranhos. A velocidade de um corpo caindo no horizonte de um buraco negro, por exemplo, seria medida como a maior possível (a da luz) por um observador próximo, mas como a menor possível (zero, portanto) por um observador distante.
Entretanto o modelo não é perfeito
Caminhos de Deus
"Somos canais por onde Deus vive.
O universo é uma dança de energia que cria formas e nomes, corpos e mentes.
Essa dança é o movimento da energia criando e re-criando o plano do criador.
Neste exato momento você está vivenciando o plano do criador. Como ? Criando também.
Neste exato momento mil e uma coisas criativas estão acontecendo e você nem percebe. Seu sangue está circulando, sua respiração está acontecendo, suas células estão mudando, sua comida está sendo processada, suas feridas cicatrizadas, e tudo isso sem o seu controle consciente.
É um presente da vida.
O corpo e a mente são veículos usados pela Energia Cósmica, ou Consciência Pura, ou Deus, seja lá o nome que você quiser usar, para expressar no mundo a sua vontade.
É exatamente o que Jesus disse: “Pai, seja feita a Tua vontade”, dando o exemplo de total entrega ao plano divino.
Quando o corpo e a mente recebem a graça de se entregar à energia do Espírito Santo, que é a ponte entre o mundo manifesto e o mundo não manifesto, a ponte entre o homem e Deus, uma luz ilumina a mente e o corpo.
Essa luz é chamada de iluminação.
Portanto, iluminação é saber intuitivamente, claramente, que você e Deus são um processo único de descoberta e criação. Deus se conhece através de Seus Filhos.
A grande brincadeira cósmica, a grande Leela que falam os hindus, é justamente isto: VOCÊ NÃO ESTEVE, NÃO ESTÁ, E NUNCA ESTARÁ SEPARADO DE DEUS. PORQUE DEUS É TUDO QUE EXISTE EM VERDADE.
Deus é o oceano da vida, e nós somos as ondas da criação. Uma onda nasce, uma onda morre. Mas o oceano permanece.
Universos nascem, universos desaparecem. Mas a Fonte dos universos permanece.
Essa Fonte é o que os homens chamaram Deus.
Somos canais por onde Deus vive as suas múltiplas manifestações.
Ou seja, nós somos instrumentos da vida, não os autores.
Somos os instrumentos de cada ação e pensamento, mas o autor de cada ação e pensamento é Vida, Consciência ou Deus."
Somos canais por onde Deus vive, por Swami Sambodh Naseeb
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