Sidhartha Gautama

"Nossa existência é transitória como as nuvens do outono. Observar o nascimento e a morte dos seres é como olhar os momentos da dança. A duração da vida é como o brilho de um relâmpago no céu, tal como uma torrente que se precipita montanha abaixo."
 Siddhartha Gautama 



"Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver escrito nas escrituras sagradas.
 Não se apresse em acreditar em nada só porque um professor famoso  disse.
 Não acredite em nada apenas porque a maioria concordou que é a verdade. 
Não acredite em mim.
Você deve  através de sua própria experiência  aceitar ou rejeitar algo.
"Siddartha Gautama



A paz vem de dentro de ti próprio, não a procures a tua volta.

A verdadeira amizade humana tem como base o afeto humano, não importa qual seja nossa posição. Portanto, quanto mais nos interessarmos pelo bem estar e pelos direitos dos outros, mais seremos um amigo autêntico. Quanto mais formos abertos e sinceros, mais benefícios acabaremos recebendo. Quem se esquece dos outros, ou não se importa com eles, acaba agindo em prejuízo próprio.

A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido.

Aquele que age com discernimento e se esforça pacientemente obtém riquezas. Com a retidão, alcança fama e praticando doações cria laços de amizade.

Começamos a morrer no momento em que nascemos.

Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso.

Não importa quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los.

Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.

Não creia em coisa alguma com base na autoridade de mestres e sacerdotes; não creia em coisa alguma pelo fato de lhe mostrarem o testemunho escrito de algum sábio antigo. Aquilo, porém, que se enquadrar na sua razão e depois de minucioso estudo for aceito pela sua inteligência, conduzindo ao seu próprio bem e ao de todas as outras coisas vivas, a isso aceite como verdade e por isso paute sua conduta.

Não busco recompensa alguma, nem mesmo renascer num paraíso; procuro porém, o bem dos homens, procuro reconduzir os que saíram do caminho, alumiar os que vivem nas trevas e no erro, banir do mundo toda pena e sofrimento.

O verdadeiro culto não consiste em oferecer incenso, flores ou outras coisas materiais, mas no esforço por seguir o caminho daquele a quem se reverencia.

O louco que reconhece a sua loucura possui algo de prudente; porém, o louco que se presume sábio, esse está realmente louco.

O que somos hoje e o que seremos amanhã depende de nossos pensamentos. Se procedo mal, sofro as conseqüências, se procedo bem, eu mesmo me purifico.

Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde; Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro; Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.


Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.


Buda (Sidarta Gautama)
(563-368 a.C.), Líder espiritual
"Sidhartha Gautama" foi um príncipe que nasceu por volta do século quinto ou sexto antes de Cristo e viveu por volta de 563 a.C a 483 a.C, em Kapilavastu, reino de Sákya, que compreende hoje em dia parte da fronteira do Nepal com a Índia.

Filho do rei Sudhodhana, era por obrigação herdeiro do trono paterno. Sete dias após o seu nascimento sua mãe morreu e passou a ser criado pela tia Mahaprajapati Gautami, irmã de sua mãe.

Recebeu após o seu nascimento a visita do ermitão e vidente Asita, que percebendo a sua aura iluminada, aos prantos revelou a família Gautama o que acabava de prever:
Se aquele menino príncipe permanecesse no palácio tornar-se-ia um grande rei e governaria o mundo, mas que por outro lado, se ele abandonasse os prazeres do mundo e buscasse viver os valores espirituais, tornar-se-ia um Buddha (O Salvador do Mundo).

Asita também identificou no corpo de Siddartha todos os sinais indispensáveis para que ele se tornasse um Buddha. Sudhodhana, preocupado com a sucessão, levou em consideração apenas a condição de Siddhartha se tornar o seu herdeiro.

O príncipe Siddhartha foi um menino curioso, inquieto e dotado de uma hipersensibilidade, vivia sempre buscando respostas para o sentido das coisas, da vida.

Ainda criança, aos sete anos, estando com seu pai a passeio deteve-se e ficou a observar um campo sendo preparado para semeadura, viu no solo um verme ser devorado por um pássaro que lá descansava e que após alçar vôo foi atacado por uma ave de rapina que o carregou em suas garras e fugiu em alta velocidade, sendo nessa hora atingida no peito por uma flecha de um caçador. Siddhartha ficou por algum momento em transe chocado com tudo que presenciou e passou a indagar-se: “o que leva os seres vivos a se matarem entre si?”, lembrou-se da morte de sua mãe logo quando ele nasceu e perguntou-se: “ninguém está livre do sofrimento?”.

Prosseguiu a sua vida cercado de riqueza e conforto, tornou-se um jovem forte, esportista e tão inteligente, que acabou por se tornar professor de todos os seus tutores, que eram escolhidos entre os melhores mestres do reino na época. Possuía três palácios para morar, um de inverno, outro de primavera e outro para o verão. Seu pai sempre que saia a passeio com ele ordenava que limpassem todas as ruas, retirassem delas os mendigos, doentes e enfeitassem todas as casas, mas vez por outra Siddhartha entristecia-se e tornava-se reflexivo. Nessas horas costumava a sentar-se por incontáveis horas, solitário e imóvel sob uma árvore a meditar, deixando os criados preocupados e ao entardecer, acontecia um estranho fenômeno em que a sombra da árvore em que estava não mudava de posição em relação ao sol.

Por esse comportamento introspectivo, Siddhartha foi apelidado de Sákyamuni (sábio silencioso dos Sákyas), isolava-se freqüentemente afastando-se de seus amigos e de sua família para ir sentar-se calmamente nos jardins do palácio.

Seu pai, temendo que se realilizassem as profecias do ermitão Arista em relação ao príncipe tornar-se um “Buddha”, o que o impediria de ser ele o seu sucessor, ordenou que fechassem as portas, para que Siddhartha jamais deixasse as dependências dos palácios e vivesse uma vida de completo isolamento. Um certo dia ele fugiu na companhia do seu fiel escudeiro, Channa e finalmente conheceu a cidade como realmente era, sem nenhum disfarce.

Assistiu a um ancião sendo insultado por um homem mais jovem e perguntou:

- O que há com aquele homem?

- É um velho, senhor- respondeu o servo - os idosos são descartados do convívio social, acham que eles não têm mais valor. Pode ser injusto, mas é desta forma que sempre aconteceu.

Bastante impressionado continuou o passeio e mais adiante viu um enfermo, coberto de feridas, fraco e com uma expressão de quem sentia muita dor.

- O que há com este homem?

- Está doente senhor, isto acontece com os que não cuidam da saúde e não se alimentam, sofrendo as fraquezas da carne.

- Isso pode acontecer com qualquer um?

- Sim senhor, todos estão sujeitos a isso.

Prosseguiu e mais adiante vinha passando uma procissão de enterro, mesmo antes de perguntar o seu escudeiro lhe falou:

- É a morte.

Desorientado, quis abandonar o local mais Siddhartha deparou-se com uma nova cena: avistou um homem esquelético e esfarrapado que serenamente pedia esmolas com uma pequena tigela nas mãos e tinha em si a expressão de um vencedor.

- Aquele é um homem santo. Não se deixa arrastar mais pelas paixões mundanas. Já compreendeu o verdadeiro significado da vida. – disse Channa.

Era um monge, e foi na serenidade desse homem que Siddhartha entendeu que existia uma saída que conduzia ao despertar. E assim, ele quis descobrir o segredo dessa serenidade para doá-la ao mundo.

Aos poucos com as suas reflexões ele foi deixando de lado todo o orgulho que sentia pela sua juventude e vigor. Casou-se ainda jovem com Yassodhara, teve um filho que foi chamado de Rahula e aos 29 anos decidiu abandonar de vez o palácio para viver como um asceta na floresta e ir em busca do conhecimento que o libertasse do sofrimento e conduzisse a serenidade.

Praticou meditação e severas austeridades durante seis anos, até que aos 35 anos, quando em estado de profunda meditação, sob a sombra de uma figueira, nas margens do Rio Nairanjana, diz a lenda que ele permaneceu assim por vários dias, uma luz começou a brilhar em sua testa e Siddhartha travou uma grande batalha com exércitos de demônios atacando-o com as mais terríveis armas. Aos seus olhos surgiram as mais variadas tentações: sede, luxúria, descontentamento, distrações de prazer, as quais foram sendo vencidas aos poucos, por causa da sua meditação que ia convertendo de forma indestrutiva toda a negatividade em harmonia e pureza, e as flechas lançadas contra ele transformavam-se em flores.

Foi assim, que finalmente Siddhartha alcançou a perfeita iluminação, tornou-se “O Buddha”, percebendo que no cosmos todos os seres estão harmoniosamente unidos, que nada existe por si só e que a natureza de todas as coisas só pode ser realmente conhecida conforme a sua relação com o Cosmos.

Siddhartha desencarnou aos 80 anos de idade e assim como Sócrates e Jesus não deixou nada escrito. Seus discípulos reuniram-se 100 anos após a sua morte para escrever todos os seus ensinamentos e fizeram assim “o Tipitaka”, que é a "bíblia" da escola Theraveda de ensino budista.

Para evitar a manifestação do orgulho e do apego, os monges não tinham nada e mendigavam o alimento, comendo o que lhe dessem. Todos os monges da Ordem de Buda tinham um código de vivência, que tinha que ser seguido por todos. São os Cinco Preceitos fundamentais, que até hoje são seguidos pelos Budistas:

1. Eu me comprometo a não matar.
2. Eu me comprometo a não tomar nada que não seja dado voluntariamente por outrem.
3. Eu me comprometo a não me entregar aos prazeres proibidos.
4. Eu me comprometo a não dizer nada de falso e a não dizer a verdade em ocasiões inoportunas.
5. Eu me comprometo a não me intoxicar com bebidas ou entorpecentes.


"Não creais em coisa alguma pelo fato de vos mostrarem o testemunho escrito de algum sábio antigo. Não creais em coisa alguma com base na autoridade de mestres e sacerdotes. Aquilo, porém, que se enquadrar na vossa razão e, depois de minucioso estudo, for confirmado pela vossa experiência, conduzindo ao vosso próprio bem e ao de todas as outras coisas vivas: A isso aceitai como Verdade. Por isso, pautai a vossa conduta."
Sidarta Gautama, 500 A.C.



"Os fenomenos da vida podem ser comparados a um sonho,a um fantasma,a uma bolha,a uma sombra,
a uma orvalhada cintilante ou a um raio luminoso, e como tal deveriam ser comtemplados."
                           (O Sutra mutável)

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