Rumi - Por Osho



Rumi- Visao de Osho



"Rumi diz: "Mova-se internamente, mas não se mova do jeito que o medo manda."



As palavras de Mevlana Rumi são extremamente significativas. Foram muito poucas as pessoas que se mostraram capazes de mover e transformar tantos corações quanto Jalaluddin Rumi.



No mundo dos sufis, Mevlana é o imperador. Suas palavras não têm sido recebidas como simples palavras, mas como fontes de profundos silêncios, ecos das canções mais interiorizadas. Ele é o maior dançarino que já houve no mundo. Mil e duzentos anos se passaram desde que viveu.


Sua dança é um tipo especial de dança. É uma espécie de turbilhão, do jeito que as crianças rodopiam; de pé no mesmo lugar, elas giram e giram sem parar. E talvez no mundo inteiro as criancinhas façam exatamente a mesma coisa, e os mais velhos tentam detê-las, dizendo: Você vai ficar tonto, vai cair, vai se machucar; ou então perguntam: Qual o sentido de fazer isso?

Jalaluddin Rumi transformava o rodopio em meditação. Aquele que medita fica rodopiando durante horas - enquanto o corpo permitir; não para por vontade própria. Rodopiando chega um momento em que se vê absolutamente quieto e silencioso, no centro do ciclone. Ao redor do centro, o corpo movimenta-se, mas há um espaço que se mantém parado; é este o seu ser.

O próprio Rumi rodopiava durante 36 horas sem parar a e caía, pois o corpo já não aguentava mais rodopiar. Mas, ao abrir os olhos, ele era um outro homem. Centenas de pessoas se haviam juntado para ver. Muitos achavam que ele era louco: Qual o sentido de rodopiar?
...Ninguém pode afirmar que é uma oração; ninguém pode dizer que é uma linda dança; ninguém poderia dizer que de alguma forma isso tem a ver com religião, espiritualidade...
Mas depois de 36 horas vendo Rumi tão luminoso, tão radiante, tão renovado, com tanto frescor - renascido, numa nova consciência - eles não acreditavam no que estavam vendo. Centenas de pessoas choravam de arrependimento, pois tinham pensado que ele estava louco. Na verdade, ele estava sadio e eles, loucos.

E ao longo desses doze séculos, o fluxo se tem mantido vivo. São muito poucos os movimentos de crescimento espiritual que se mantiveram vivos continuamente por tanto tempo. Ainda hoje, existem centenas de dervishes. Dervish é a palavra sufi que significa sannyas. Sem experimentar, ninguém poderia acreditar que é capaz de conhecer a si mesmo simplesmente rodopiando. Não é preciso austeridade, não é preciso se torturar, simplesmente uma experiência do seu ser mais íntimo, e você será transportado para um outro plano da existência, além do mortal e do imortal. A escuridão desaparece, e existe apenas a luz eterna.

Suas palavras devem ser muito bem entendidas, pois ele não falou muito - só alguns pequenos poemas. É linda esta sua afirmação: "Mova-se internamente, mas não se mova do jeito que o medo manda."

Não se mova do jeito que o medo mada.
Mova-se do jeito que manda o amor.
Mova-se do jeito que a alegria manda - 
não por medo, pois todas as chamadas religiões baseiam-se no medo. (...)



A afirmação de Rumi é revolucionária: Não se mova por causa do medo.

Todas as religiões dizem às pessoas: Temei a Deus! (...)



Podemos temer a qualquer um, mas não há por que temer a Deus, pois só podemos nos aproximar de Deus através do amor. Deus não é uma pessoa, mas o batimento cardíaco universal. Se podemos cantar com amor e dançar com amor ... uma atividade banal como rodopiar por amor... A alegria e a celebração são o bastante para alcançar o santuário mais íntimo do ser e da vida.


Todos vocês têm vivido no medo.
Suas relações são determinadas pelo medo. O medo é tão avassalador - como uma nuvem escura cobrindo a sua vida - que você diz coisas que não quer dizer, mas o medo o leva a dizê-las. Um pouquinho de inteligência basta para ver.(...)

Rumi faz um afirmação extraordinária, revolucionária: Mova-se internamente, mas não se mova do jeito que o medo manda. Qual é então o jeito de se mover internamente? Por que não se mover ludicamente? Por que não fazer da sua religião uma atividade lúdica? Por que ser tão sério? Por que não se mover com risos? - simplesmente como criancinhas correndo alegremente atrás das borboletas, sem nenhum motivo.

A cada 24 horas, trade de encontrar alguns momentos livres de medo, o que significa que nesses momentos você não pede nada, não faz nenhum pedido, nenhuma recompensa nem está preocupado com alguma punição; simplesmente desfruta do turbilhão, do voltar-se para dentro.

Na verdade, no início pode parecer um pouco difícil. Ao mover-se um pouco para dentro, você automaticamente se torna alegre, lúdico, entra em estado de oração. Surge em você uma gratidão que nunca experimentou e se abre um espaço que é infinito, o seu céu interior. O seu céu interior não é menos rico que o céu exterior: tem suas próprias estrelas, sua lua própria, seus planetas e sua imensidão, é dotado de um universo tão vasto como o que você pode ver do lado de fora. Você está na confluência de dois universos; um deles do lado de fora, o outro no seu interior. O universo externo é feito de coisas, e o universo interno consiste em consciência, bem-aventurança, alegria.

Mova-se internamente, mas não se mova do jeito que o medo manda, pois o medo não é capaz de mover-se no interior. E por quê? O medo não é capaz de ficar sozinho, e no interior você tem que ficar sozinho. O medo precisa de uma multidão, o medo precisa de companhia, de amigos, até inimigos servem.
Para ficar sozinho, contudo, para ir para o interior, você não pode levar ninguém; precisa ficar cada vez mais sozinho. Não só não pode levar ninguém, como tampouco pode levar coisa alguma. Sua saúde, seu pode, seu prestígio - não poderá levar nada. Nem mesmo suas roupas podem ser levadas para o interior! Você terá de ir nu e sozinho; de modo que o  medo não pode mover-se para o interior, o medo se move para fora.

O medo se move para o dinheiro, o medo se move para o poder, o medo se move para Deus; o medo se move em todas as direções, menos para dentro. Para se mover para dentro, a primeira exigência é a ausência de medo. A pessoa não tem de fazer amizade com a escuridão, a morte ou o medo. Tem de livrar-se deles. Têm apenas de dizer adeus para sempre. É o seu apego; a amizade haverá de torná-lo ainda mais profundo.(...)

O medo precisa ser entendido - não é preciso fazer amizade com ele - e então desaparece.

De que você tem medo? Ao nascer você estava nu. Não trouxe consigo nenhum balanço bancário tampouco, mas não estava com medo. Nós chegamos ao mundo completamente nus, mas entramos como um imperador. Nem mesmo um imperador é capaz de entrar no mundo como uma criança. O mesmo se aplica ao movimento de interiorização; é um segundo nascimento; você se torna novamente uma criança - a mesma inocência e a mesma nudez e a mesma ausência de possessividade. Que motivos teria para sentir medo?

Na vida, não podemos ter medo do nascimento. Aconteceu, nada pode ser feito. Não podemos ter medo da vida - ela já está acontecendo, Não podemos ter medo da morte - seja como for - ela virá. Por que então, o medo?

Costumo ouvir sempre uma pergunta, feita inclusive por pessoas esclarecidas:Você nunca se preocupa com o que acontecerá depois da morte? E sempre fico pensando no fato de que são pessoas esclarecidas. E lhes pergunto: Um belo diz, eu não havia nascido - e não havia nenhuma preocupação. Nunca fiquei pensado, nem por um só momento, que tipo de ansiedade, que tipo de angústia, que tipo de problemas poderia ter de enfrentar quando ainda não havia nascido. Eu simplesmente não existia! E é o mesmo caso; quando morremos, morremos. (...)
O medo do que acontecerá quando morrermos é desnecessário. O que acontecer, acontecerá - e de qualquer maneira, nada poderemos fazer antecipadamente. Não sabemos, de modo que não faz sentido ficar fazendo o dever de casa, preparando-nos para as perguntas que terão de ser respondidas ou as pessoas que serão encontradas, aprendendo seus hábitos, sua linguagem... Não sabemos nada; não há por que nos preocupar. Não perca o seu tempo.[ continua...]
Osho em Encontros com pessoas notáveis.


Rumi - Na visao de Osho



"Os seguidores de Rumi não têm grandes escrituras, não têm rituais, exceto o turbilhão, além de alguns belos poemas de Jalaluddin Rumi, que ele costumava dizer depois de rodopiar e cair. Ele se levanta e está tão embriagado - e nessa embriaguez, entoa uma canção, e essas canções foram reunidas. É a única literatura de que dispõem os seguidores de Rumi.



Rumi diz: Nós somos o espelho - é o que tenho dito literalmente; que não somos aquele que faz, somos apenas o espelho. Não se identifique com os seus atos; seja sempre uma testemunha, apenas um observador. Mas as coisas mais essenciais da vida não nos são ensinadas; ensinam-nos as coisas mais estúpidas. O mais essencial é a arte da observação.



Rumi está certo; ele diz: Nós somos o espelho, assim como o rosto que nele se reflete. Somos o observador e o observado. Não existe separação entre nós e a vida. Somos parte de um todo, exatamente como minhas duas mãos fazem parte de uma unidade orgânica. Depende de mim que elas entrem em luta uma com a outra. E depende de mim que vivam amistosamente, amorosas e afetuosas uma com a outra. Posso golpear uma mão com a outra e feri-la.


Ao observar a árvore ou a lua, o rio, o oceano, você é o espelho e também o que é espelhado. É uma mesma existência; É esta conclusão básica de todos os místicos, de que toda a existência é uma única entidade, não existe dualidade. Bem lá no fundo, toda dualidade é unida numa única existência.

Nós somos o espelho, assim como o rosto que nele se reflete.
Estamos sentindo o gosto neste minuto de eternidade.

Simplesmente observe bem, neste minuto. Neste silencio, você sente o gosto de algo que está além do tempo. Estamos sentindo o gosto deste minuto de eternidade. Nós somos dor e o que cura a dor, ambas as coisas. Somos agonia e somos êxtase; Somos céu e somos inferno, pois não existe contradição na vida. Está tudo junto. Somos a deliciosa água fresca e o jarro que a verte.

Muitas contradições podem ser encontradas na vida. E também se pode ver que elas são complementares. É uma coisa muito estranha, o fato de que todos os místicos, tenham nascido há milhares de anos ou estejam ainda vivos hoje em dia, concordam essencialmente quando aos pontos essenciais do crescimento e da realização espirituais.
Por exemplo: o silêncio, neste minuto, não lhe fornecem uma explicação - mas lhe fornece uma experiência; dançar e cantar faz com que fiquemos tão tomados, que não fica nada para trás. E entramos no templo de Deus, onde somos o espelho e o rosto que nele se reflete; onde somos aquele que busca e somos buscadores; onde somos o devoto e somos o Deus a cujos pés nos ofertamos.(...)

Conta-se que algumas pessoas foram caçar e encontraram o campo de Jalaluddin Rumi. Por simples curiosidade, olharam para dentro das portas. Era um jardim murado, e ali perto cem discípulos rodopiavam com Jalaluddin Rumi. Essas pessoas pensaram : São todos loucos! Quem foi que disse que rodopiando é possível alcançar a verdade? Em qual escritura, em qual religião está escrito isso? Não existe nenhum registro a respeito. Esse homem é um louco, e está enlouquecendo muitos jovens.

E seguiram em frente. Caçar era muito mais importante. Com toda evidência, era algo muito mais equilibrado que dançar com Jalaluddin Rumi.

Depois da caça, eles retornaram. Por simples curiosidade pelo que acontecera aos homens-turbilhão, voltaram a dar uma espiada. E foram surpreendidos: aquelas cem pessoas estavam sentadas em silêncio debaixo das árvores, com olhos fechados, como se não houvesse ninguém - silêncio absoluto; dava para ouvir o vento soprando entre as árvores.

E os caçadores disseram: Pobres coitados...acabou. É o que acontece rodopiando : a energia se vai toda embora; agora estão ali sentados como se estivessem mortos; talvez alguns deles já estejam mesmo mortos.

Você pensa que eles começaram a discutir se aquelas pessoas haviam alcançado a verdade? Se ficar sentado daquele jeito com os olhos fechados... Qual a necessidade de rodopiar? Bastava sentar logo no início. E foram embora.
No mês seguinte, voltaram todos para nova caçada. Mais uma vez, por simples curiosidade... Que terá acontecido àquelas pessoas? Será que morreram realmente, ou ainda estão sentadas lá, ou se foram? Que terá acontecido?
E deram uma espiada. Não havia ninguém, só Jalaluddin Rumi lá estava sentado. Eles acharam graça. Disseram: Todo mundo fugiu; devem ter entendido que esse homem é um louco, Ele quase os estava matando, com toda essa dança e esse rodopio. Parece que ele entende mesmo do riscado, 36 horas sem parar... qualquer um estaria morto a essa altura! Nada de intervalo para o café, o chá, simplesmente ficar rodopiando sem parar...

Resolveram então entrar e perguntaram a Jalaluddin Rumi: O que aconteceu a seus discípulos? Passamos aqui a um mês atrás e havia um grupo de pelo menos cem pessoas!
Jalaluddin Rumi respondeu: Eles dançaram, encontraram , absorveram e se espalharam pelo mundo para disseminar a mensagem.
E o que está fazendo? perguntaram.
Ele respondeu: Estou esperando a segunda leva. Minha gente se foi, mas voltará pra trazê-la."



Osho em Encontros com pessoas notáveis.


"Os sufis dizem que se um homem não tem consciência, nada pode ser ensinado. 

Sufi significa consciência na vida, consciência num plano mais elevado do qual normalmente vivemos. 

Um mestre não reajusta a sua mente, ele o ajuda a dissolvê-la livre de 


condicionamentos, leis, sociedade. Ele lhe dá liberdade. 

Quando a pessoa começa a se peguntar o que é a religião verdadeira, o 


que é o verdadeiro Deus, ela se transforma em um buscador sufi. 

Não há nenhum significado existindo na vida, alguém tem de criá-lo




A verdade religiosa não é uma coisa. É um significado e um sentido. 

Cada pessoa deve ir atrás dela para descobri-la e explorá-la.




O conhecimento é uma teoria, o conhecer uma experiência: conhecer quer dizer que você abre os olhos e você vê.
Conhecimento significa que quem abriu os olhos viu e fala sobre isso e continua a acumular informações.




Os sufis dizem que se uma pessoa quer renunciar a algo, deve renunciar ao conhecimento que acumulou na memória. Essa é a verdadeira barreira para se tornar como crianças, um inocente.



Toda existência é de cada pessoa, Ela deve explorá-la sem nenhum preconceito e filosofia, mantendo a mente aberta, e assim ficará surpresa por descobrir que 

Deus existe."
Osho em A sabedoria das Areias

Jesus



"Por que você não vê Cristo nem ouve a voz dele? Porque seus olhos e ouvidos físicos não estão em sintonia com ele. Você não conseguiria ver as imagens nem ouvir as músicas que passam pelo éter do mundo material sem a ajuda das telas de televisão e dos aparelhos de rádio. A inquietude espiritual impede que se percebam as vibrações mais sutis, que são forças altamente delicadas. É por isso que você não verá a Cristo nem aos grandes mestres enquanto não aprender a entrar em sintonia com eles.



Cristo está bem aqui e pode ser visto se você se voltar para o ponto entre as sobrancelhas: o centro da Consciência Crística; a sede do olho único ou espiritual. Se quer ver Cristo, concentre-se neste ponto de visão espiritual; olhe através do olho espiritual. Se quer receber a inteligência universal de Cristo, você precisa sentir a consciência dele no olho espiritual."



Paramahansa Yogananda






Removendo montanhas...


"Jesus era mais um médico do que um professor. Um médico não apenas do corpo, não apenas da mente, mas da alma também. É como todo mestre tem de ser.

Você está dividido interiormente, está fragmentado, não é um todo.
Se você se tornar inteiro, estará curado.
Se as tensões acumuladas no passado desaparecerem de dentro de você, você será curado, suas feridas desaparecerão.

Se você puder estar no presente, estará inteiro, completamente vivo, totalmente vivo, e um profundo regozijo acontecerá em você.
Jesus não é um filósofo transmitindo algum dogma para as pessoas. Ele está tentando ensinar confiança, e se a confiança acontece, tudo se torna possível.
E ele diz: " A fé remove montanhas". Pode não ser as montanhas que existem no exterior, mas as montanhas de ignorância, as montanhas de feiúra, as montanhas de inconsciência que existem no seu interior.

Ele não tem um credo, um dogma.
Ele está na verdade, desprendendo de si umaItálico força curativa. Todo seu esforço é para ajudá-lo a retornar para Deus. Eis por que ele diz: "Não agradeça a mim, agradeça a Deus".
E ele também diz: "Foi sua fé que o curou" Nem mesmo Deus pode curar você - só a sua fé.

A insistência de Jesus é na fé. E lembre-se da diferença entre fé e crença: crença é uma idéia; fé é uma realidade total, uma reverência pelo Todo. Crença é da mente; fé é da sua totalidade.

Quando você acredita em Deus, você acredita num Deus dos filósofos. Quando você acredita em Deus, Deus é uma idéia, uma doutrina. Ele pode ser provado e contestado, sem nunca o transformar.
Mas se você tem fé, isso já o transforma. Eu não direi que a fé vai transformá-lo. A fé não conhece nenhum futuro, ela é imediatamente efetiva. Mas a fé não é da cabeça. Quando você tem fé, você tem fé em seu sangue, em seus ossos, em sua medula, em seu coração. Você tem
fé em todo o seu ser. Um homem de fé é um homem de Deus.

Todo esforço de Jesus, é trazê-lo para casa. Sim, Deus está gritando através dele: " Entronize-me !" Se você tiver fé, se tornará disponível e Deus será entronizado em você. Esse é o único modo de estar cheio de graça.
Ao menos que Deus seja entronizado em você, você permanecerá um mendigo, permanecerá pobre, permanecerá doente. Você nunca será inteiro e saudável, nunca conhecerá o êxtase da existência, nunca será capaz de dançar e rir e cantar e simplesmente ser...- somente se Deus for entronizado em você, e isso significa que você foi destronado e Deus ficou no seu lugar.

Assim, esta é a escolha, a maior escolha com a qual o homem se depara: ou ele continua no trono...ou deixa o trono e permite a Deus entrar."
Osho em Palavras de Fogo - Reflexões sobre Jesus de Nazaré



"Quem é Jesus Cristo? A pergunta tem sido feita constantemente ao longo dos séculos, e também tem sido respondida. Mas os que perguntavam estavam errados, e também os que respondiam, pois a pergunta derivava de um certo preconceito, assim como a resposta. Uma e outra não eram essencialmente diferentes; a origem, em ambos os casos era a mesma.

A pergunta era feita pelos que duvidavam do caráter divino de Jesus. E era respondida pelos que não estavam preparados para acreditar na humanidade de Jesus. Eram capazes de acreditar apenas na metade dele. Os judeus podiam acreditar que ele era um homem. E os cristãos podiam acreditar que ele era Deus. Os judeus negavam metade dele - a parte Cristo. E os cristãos negavam a outra metade - a parte Jesus.

Quem é Jesus Cristo? Os cristãos não querem vê-lo como Jesus, filho de um homem - homem de carne, sangue e ossos, homem com os outros homens. E os judeus não queriam acreditar nele como Deus, como um ser divino - feito de pura consciência, e não de carne, sangue e ossos.

Ninguém foi capaz de acreditar em Jesus em sua totalidade. E isso não acontece apenas com Jesus, mas com todos os Mestres - Buda, Krishna, Zaratustra. E a menos que você se deixe penetrar por Jesus em sua totalidade, não poderá transformar-se. A menos que o escolha tal como é, não poderá estabelecer contato com ele.
Jesus é ao mesmo tempo Jesus e Cristo, e não se envergonha disso.

Na Bíblia, muitas vezes ele diz: "Eu sou o Filho do homem", e muitas vezes ele diz "Eu sou o Filho de Deus". E em sua fala não parece haver nenhuma contradição entre essas duas coisas. E não há. A contradição está em nossas mentes. Ela não existe no ser de Jesus. O seu ser lança pontes, o seu ser lança pontes entre o tempo e a eternidade, entre o corpo e a alma, entre este mundo e o outro. O seu ser lança pontes entre o visível e o invisível, o conhecido e o desconhecido. Ele é completamente unificado, está à vontade nos dois, pois é os dois. Jesus e Cristo são como duas margens do um rio, eo rio só pode existir quando há duas margens: ambas lhe pertencem. Ele existe entre elas, ele é o rio. (...) 

Os judeus tinham uma resposta. Sabiam que ele não era o Messias, que não era Deus. Por quê? Porque achavam que quando o Messias viesse, todos seriam capazes de reconhecê-lo! Todos, sem exceção. Era essa a ideia que tinham do Messias: todos seriam capazes de reconhecê-lo. E se Jesus não foi reconhecido por todos, como poderia ser o Messias? Eles têm uma definição. Também acreditavam que quando chegasse o Messias, todo mundo seria imediatamente libertado. Todos os pecados do passado, todos os pecados do presente desapareceriam nessa luz, e isso não aconteceu. " O Cristo chegou, mas as pessoas ainda não estão libertas, continuam vivendo em pecado, continuam vivendo em tormento. Esse homem não pode portanto ser o Messias, não pode ser o Cristo, não pode ser o Messias.

São preconceitos. Eles nunca tinham visto nenhum Messias. Como poderiam afirmar o que aconteceria quando chegasse o Messias?(...) Por isso é que os judeus perderam a oportunidade. Era por esse homem que estavam esperando há séculos e, quando ele chegou e bateu em suas portas, eles deixaram passar. Negaram-no. E como podem tê-lo feito? Seriam pessoas ruins? 
Não, eram tão bons quanto qualquer um de nós, tão bons quanto os hindus, os muçulmanos e os budistas; nada havia de errado com eles. Qual foi então o problema? O problema era o conhecimento deles. Tinham um preconceito. E quando os cristãos respondem que Jesus é o único filho de Deus, mais uma vez é o conhecimento.

Os judeus ficaram muito inquietos porque Jesus afirmava ser Deus, ou o filho de Deus. Há dois mil anos os cristãos vêm defendendo Jesus - afirmando que ele era Deus, que ele é Deus. 
E tentam também eliminar todas as possibilidades de provar que ele é um homem. (...) Negam assim, sua humanidade, afirmado que ele não é como todos nós. (...) Mas ele era muito humano, radicalmente humano. Era um homem completo. Não era um perfeccionista; quando era o caso de ficar com raiva, ele ficava com muita raiva. Expulsou os mercadores do templo.(...) Estava tão furioso que sozinho, sem ajuda de ninguém, expulsou dali muitas pessoas.

Ele amava as pessoas. Tinha muitos amigos. Misturava-se com as pessoas. Comia e bebia e se movimentava em sua companhia. Levava a vida de um homem comum. Não tinha nenhuma pretensão de ser um personagem extraordinário. E, mesmo quando acontece algo extraordinário, sempre diz: "Foi a sua fé que operou o milagre; Foi a misericórdia de Deus.; É alguma coisa entre você e o seu Deus". Ele não espera sequer gratidão. 
Uma pessoa está muito agradecida porque ocorreu um milagre, ficou curada e quer tocar os seus pés e lhe agradecer, mas ele diz: "Não". Mas o homem retruca: "És um grande homem, és tão bom!" e Jesus diz: "Só Deus é bom. Agradeça e ele. Esqueça de mim. Foi a sua fé que o curou, e não eu. E se sentir agradecido, terá se ser agradecido a Deus. Esqueça de mim. Não permita que eu me interponha entre você e o seu Deus."

É exatamente o que se afirma que Buda teria dito a seus discípulos: " Se me encontrarem no caminho, matem-me imediatamente. Nunca permitam que eu me interponha entre vocês e a realidade. Segurem minha mão enquanto não se sentirem capazes de caminhar sozinho, por conta própria. A partir do momento em que se sentirem capazes, simplesmente me esqueçam. Vão em frente. Não se apegue a mim. Não tentem ser a minha sombra. Se me encontrarem no caminho, matem-me imediatamente!". É exatamente o que Jesus está constantemente dizendo: "Esqueçam de mim. Dirijam seus agradecimentos diretamente a Deus."(...)

Os cristãos só falam de seus milagres, e não de sua vida cotidiana. Têm medo. Os cristãos afirmam que Jesus nunca riu! (...) Ele era Jesus... e nunca riu? Nesse caso, quem poderia rir? Mas o riso parece humano demais, por demais mundano: eles não poderiam permitir que Jesus risse.

Mas a vida de Jesus era de tal natureza que ele deveria rir. Deveria rir e muito. Deve ter sido um homem dado ao riso, pois está constantemente dizendo: "Rejubilem-se! Alegrem-se! Festejem!". Não poderiam ser palavras de um homem que nunca riu. Por que haveria de ir a festas um homem que nunca riu? Por que haveria de beber com os outros? Por que haveria de se misturar com os outros? E ele estava sempre acompanhado. Todo dia, toda noite, estava sempre na companhia dos outros. Não era um recluso. Realmente devia rir e aproveitar muito. Mas os cristãos dizem que ele nunca riu. (...)

Um homem que alcançou o supremo grau de consciência haverá de se sentir completamente bem-aventurado e feliz. Sua vida será uma canção, uma dança. Terá a mesma qualidade das florestas e das estrelas. Não pode ser triste. Por que haveria de se sentir triste? É o mundo de seu Pai, é o mundo do seu Deus. Por que se sentiria triste? Ele voltou para casa. Quando é que se vai sentir feliz? Se não ficamos felizes ao conhecer Deus, é porque não há possibilidade.

Jesus parece tão triste. Pintaram-no triste. Foi pintado como "o Salvador". Foi pintado como se estivesse carregando os fardos e os pecados de todo mundo. Ele o perdoa!. Não carrega o seu fardo, simplesmente o perdoa.
Trata-se de um equívoco, achar que ele chama para si o nosso fardo. Se não é algo de valor, por que haveria ele de chamar a si? E se é tão valioso, por que o tomaria de nós? Não, ele não toma o fardo de ninguém, simplesmente ajuda-nos a todos a deixá-los para trás. Pois somos nós que nos aferramos a fardo, a algo sem valor. Quando ele diz que você está perdoado, fala assim: "Esqueça a sua tristeza e esqueça o inferno. É o mundo do seu Pai, ele é compaixão e amor. Como poderia o amor puni-lo? Como poderia o amor atirá-lo no inferno? Como poderia o amor torturá-lo? Deus não é sádico!" (...)

Gostaria de dizer-lhes que ele é um homem de verdade, um autêntico homem. Viveu como um homem e amou vivendo como um homem. Viveu toas as dimensões da humanidade, ele ainda assim é Deus.

Jesus Cristo é ao mesmo tempo Jesus e Cristo. 
Ele é Cristo em Jesus e é Jesus em Cristo."
Osho em Encontro com Pessoas Notáveis

O Eletromagnetismo do Coração:

 cientistas apontam que o coração pensa e irradia



“O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois”. Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo.
Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência”.
O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula.
Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!
A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.
O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequência A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas.
Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anel universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anel.
Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.
Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle.
Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construímos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.
Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo.
É a única maneira, é O Caminho.A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo.
Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.”
Por Rebecca Cherry
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O Espelho


"A meta da vida humana é conhecer isto, "tornar-se a aparticipante da vida divina". Mas como? (...) 

Chega um momento em nossas vidas em que não podemos mais contentar-nos com ideias gerais. Temos necessidade de sermos guiados concretamente, acompanhados, no desenrolar de nossas experiências. Na tradição hesicasta, como em todas as grandes tradições, insiste-se nesta transmissão de pessoa a pessoa, "de meu coração ao teu coração". 

O espelho no qual podemos discernir a qualidade ou ilusão de nossos atos, não é uma lei ou uma regra, mas uma pessoa. 
A compreensão e o amor de Deus se transmitem pelo olhar, cuja ciência nos esclarece e cuja experiência nos reconforta. (...)

Filocalia quer dizer literalmente "amor à beleza". 

A oração é a arte pela qual a pessoa se une à Beleza última, cujos reflexos são a natureza, os corpos ou os rostos.

Orar é ir do reflexo à luz ou voltar da luz venerando-a em seus reflexos. Se quisermos resumir em algumas palavras, podemos dizer: 
Assenta-se.
Cala-te.
Permanece só.
Respira suavemente.
Faz descer tua inteligência ao coração.
Na respiração invoca o Nome.
Abandona os pensamentos.
Sê paciente e repete muitas vezes este exercício. (...)

Assenta-se, em primeiro lugar, isto se refere a postura, à atitude correta; (...) Sem estar impaciente ou indolente, numa atitude de repouso e ao mesmo tempo vigilância.(...)
A maneira correta de sentar-se é aquela que nos permite permanecer mais tempo possível imóveis e sem fadiga, de modo que a imobilidade do corpo favoreça a do espírito, mesmo se, num primeiro momento, o espírito se agite. Daí a importância de perseverar nesta imobilidade.

Assenta-te, no nível psicológico quer dizer: reecontrar com sua base; permanece numa atitude de estabilidade e de equilíbrio; como estar em seu estado natural, que significa o estado de uma pessoa em harmonia consigo mesma.

Num sentido mais espiritual, o assento, a base é a permanência, aprender a permanecer em Deus, permanecer nele, como ele permanece em nós. Permanecer em seu Amor, ter sua morada, sua sede, sua raiz nele, em todo tempo em todo lugar...

Cala-te. Silencio dos lábios, silencio do coração, silencio do espírito, três degraus em que, de silencio em silencio a pessoa se aproxima do silencio infinito da Presença.

Respira mais suavemente. Não se trata de controlar a própria respiração, nem de medi-la, mas antes, de acompanhá-la, de acalmá-la, de suavizá-la... Hoje já conhecemos mais a influencia da respiração sobre o psiquismo, a atenção ao respirar é um meio seguro de concentração, pensamos de modo diferente quando o respirar é calmo e profundo. Aliás, num momento de supressão da respiração, o pensamento também é suspenso, provamos um certo silencio.
De onde vem nosso sopro, e para onde retorna? Ser atento ao "inspirar" e ao " expirar" já pode nos levar bem longe, mas para a tradição hesicasta a atenção ao respirar é verdadeiramente um exercício espiritual.

O respirar é a Ruah, o hálito de Deus, o pneuma, o Sopro do Pai, que traduzimos por Espírito Santo. Respirar profundamente, respirar mais docentemente é aproximar-se do Espírito de Deus e, num certo momento, sentir-se inspirado, expirado por Ele. A pessoa pode sentir-se como que levada pelas grandes ondas do Vivente: "Ele dá seu sopro as coisa e elas vivem...Ele retira seu sopro e elas voltam ao pó." (...)

Gregório de Sinaíta dizia: O verdadeiro princípio da oração é o calor do coração que consome as paixões, produz na alma a alegria e a felicidade e conforma o coração num amor seguro e num sentimento de plenitude indubitável.

Simone Weil, nos fala que "a imaginação serve para fechar os buraco por onde passaria a graça". Temos dificuldade de suportar o vazio, o deserto e o povoamos de miragens.

"O que os monges buscam não é um estado subjetivo particular, mas um contato objetivo cujos efeitos - calor do coração, felicidade, sentimento de plenitude - são reais, mas essencialmente diferentes dos sentimentos subjetivos que lhes correspondem, pois manifestam a presença efetiva de Deus e não um estado de alma" - Gregório Palamas. (...)

Tem um coração e serás salvo. 
Ter um coração não é somente centrar-se numa parte do corpo, é uma certa maneira de ser, de ver, de respirar com o coração. O próprio do coração é tratar todas as coisas fraternalmente, viver num mundo de objetos, mas como meta este despertar do coração, esta sensibilidade à presença de Deus em todas as coisas, e esta presença faz de todas as coisas não fenômenos no sentido comum, mas verdadeiras epifanias, manifestações do Deus inacessível. 

A oração de Gregório exprime bem este estado do coração despertado quando diz: "Ó Tu, o Além de Tudo". 

Tu - sensação de intimidade, de presença e Além de Tudo, sentido de alteridade, da Outridade radical daquele ao qual ele se dirige. O coração reconhece o Desconhecido no próximo e a proximidade do Além, sentido da Imanência e da Transcendência.

Ter um coração é estar centrado, sair da dispersão do mental dos pensamentos que vão e vem. O coração tem uma função de integração da personalidade - integrar a função vital e a função intelectual - daí esta experiência de "fazer descer o intelecto ao coração". 

Pacificá-lo, centrá-lo, fazer do coração o próprio órgão da consciência não racionante, mais intuitiva que analítica, percepção global dos seres das coisas em que seu caráter fugaz e eterno ao mesmo tempo, percepção amante, que permite ver melhor o que é. 

Esta descida do espírito ao coração, é um ato de integração, um modo de centrar o pensamento de cordializar a consciência; Nós nos aproximamos do coração de Cristo e de seu olhar não julgador, sobre todos aqueles que Ele encontra.
Jean Yves Leloup em Escritos sobre o Hesicaste. 
O Além de Tudo - Jean Yves Leloup

Song of men



Canção do amor existente no homen
Quando uma mulher de uma certa tribo da África, sabe que ela está grávida, ela vai para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que conseguem a “canção da criança”.Quando a criança nasce, a comunidade se reúne e cantam a canção. Então, quando a criança começa a ser educada, o povo se reuni e canta a canção.
Quando a criança se torna um adulto, eles se reúnem e cantam novamente. Quando chega a hora do casamento, ele escuta a sua canção.   Finalmente, quando sua alma está para partir deste mundo, a família e amigos próximos a ele, os mesmos do momento do nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na viagem.
Nesta tribo Africana há outra ocasião na qual os homens cantam a canção. Se em algum momento a pessoa comete um crime ou ato social aberrante, levam até o centro da cidade e pessoas da comunidade formam um círculo ao seu redor. Em seguida, eles cantam a música . A tribo reconhece que a correção para as condutas de comportamento não é punição, é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos nossa própria canção não há necessidade ou desejo de prejudicar ninguém..Seus amigos sabem a sua música e cantam quando você esquece-la.   Aqueles que te amam  lembram da sua beleza quando te sentes feio; lembram de voce inteiro quando estiver partido ao meio, lembram sua inocência, quando você se sente culpado e lembram seu propósito quando você está confuso.


outubro 5, 2011 — Amir El AouarTraduzido e publicado por Olga Lustosa – Cuiabá-MT

Canção Cósmica



Cançao Cosmica

42. Eu te expliquei a verdade suprema e final. Não existes tu, nem existo eu, coisa alguma grande (ou pequena), tampouco qualquer mestre ou qualquer discípulo. Essa ,Verdade Suprema, em sua própria natureza, é absolutamente livre. Eu sou o conhecimento imortal, imutável e onipresente como o espaço.

43. Se é a Ventura, ela própria, onipresente como o espaço, como pode haver outra verdade suprema? Se é a Ventura, ela própria, onipresente como o espaço, como pode haver algo superior (a ela)? Se é tanto o conhecimento quanto a verdade, como pode haver algo mais elevado?

44. Fica sabendo que toda a verdade está despida de fogo e vento, despida de terra e água, despida de todo o movimento e é onipresente como o espaço.

45. Não é da forma do vácuo, nem da matéria. Não é pura nem impura. Não é de boa ou de má forma. É o seu próprio Eu - a Verdade Suprema.

46. Desiste do mundo, desiste até da renúncia; abandona tanto a renúncia quanto a não-renúncia. O Atma, por sua própria natureza, é imaculado, imortal e uma certeza total.

Avadhut Gita ♡
(A Canção do Asceta) Capítulo 3
Mahatma Dattatreya




Sequencia de Fibonnacci

A espiral é um dos símbolos mais antigos e universais. Ela representa a força cósmica, uma porta de entrada para a vida, os ciclos do tempo e da natureza, viagem espiritual, evolução / aprendizagem / crescimento, emanação, enrolamento e desenrolamento, nascimento e morte, o aspecto dinâmico das coisas.Bloog Spiritual Evolution
auxilioemocional.blogspot.com.br: Lembre-se

Nasci antes que nenhuma forma existisse

Enquanto um diz: Namastê, te saúdo e te reconheço como a sagrada divindade. 

Em outro lugar, o outro pulsa: In lake´sh, eu sou o outro em você a serviço planetário da compreensão, da aceitação, da cura, da libertação e da realização. 

amor e alegria infinita, paz e compaixão infinita, paciência e tolerância infinita.

e e amor e alegria infinita, paz e compaixão infinita, paciência e tolerância infinita.



seus cabelos são folhas, sua pele, a casca exterior.

Em verdade, da sua pele corre sangue, como a seiva corre da casca. 
Sua carne é a casca interior, os tendões são a camada interna, resistente.
Por baixo estão os ossos, como está a madeira. 
O tutano dos ossos é comparável à medula da árvore. 
Se uma árvore, derrubada, cresce de novo a partir da raiz e transforma-se em outra, 
a partir de que raiz cresce o mortal depois de derrubado pela morte? 
Não digas "Da Semente", pois esta é gerada no vivente.
A partir de que raíz cresce o mortal depois de derrubado pela morte?
Talvez tu digas que ele simplesmente nasce e morre. 
Não, digo eu. 
Ele nasce de novo. 
Nasce do quê? 
Do Absoluto Consciente e Perfeitamente Feliz, 
Princípio da Graça, 
Refúgio daquele que O conhece 
e n´Ele permanece. 
corpórea se manifestasse.

Do seio das nebulosas
vi brotar a criação multiforme.
Pensei formas que foram depois
humanizadas.
Quando no início dos tempos
os deuses destruíram a ponte
do arco-íris por onde os
Filhos dos Imortais desciam
em busca das filhas dos homens,
contemplei as estrelas caírem
como chuva, sobre este planeta
obscuro...
Sou mais velha que o Tempo e
mais jovem que as alvoradas.
Respiro o hálito de todos os mundos
e sinto-me eterna como o Grande Ser,
porque dele sou a
emanação suprema!
É uma canção cósmica! 
Do livro Lendas do Sagrado Imperio
Chiang Sing




Este corpo não sou eu, Eu não sou limitado por este corpo. Eu sou vida sem limites. Eu nunca nasci e eu nunca morri. Desde antes dos tempos, eu fui livre. Nascimento e morte são apenas portas, através das quais passamos limiares sagrados na nossa jornada. Nascimento e morte são o jogo do esconder e encontrar. Então, ri comigo, segura a minha mão, deixa-nos dizer adeus, dizer adeus, para nos encontrarmos brevemente. Reunimo-nos hoje, reunir-nos-emos novamente amanhã. Reunir-nos-emos na Fonte a cada momento.
Encontrar-nos-emos em todas as formas de vida."

Thich Nhat Hanh

O Agora é Liberdade - Satyaprem

   


"Você é o oceano. A ideia de ser uma onda é inadequada, causa separação. 
A ideia de separação é a causa do sofrimento. E o sofrimento gera a a busca pela felicidade...

A boa nova é que não tem felicidade. E sofrimento, tampouco.
Você sofre porque deseja a felicidade, algo fugaz, que vem e vai. 

Atente para o fato de que também o sofrimento vem e vai. Nada fica. Então, por que buscar um e evitar o outro? 

Você já teve o melhor carro, e ele se foi. Já teve aquele grande amor e este também se foi. Essa é a natureza das coisas. Essa é a lei do periférico: ir e vir. Tudo aquilo que aparece, desaparece. 

Tudo aquilo que vem, vai.
Só uma coisa não vem nem vai, permanece. E não é uma coisa. 

É para Isso que quero que você atente. 
Descubra o que é Isso que fica. 
O que é Isso que nunca foi, nunca irá e não veio de lugar nenhum? Veja! 

É o momento de compreender essa linguagem que, até hoje, tem sido completamente oculta. 

É o momento de compreender todas aquelas – antes incompreensíveis – histórias Zen.Você está sendo iniciado e agora não só compreende a nova linguagem como pode vivenciá-la no seu dia a dia. 

Você está em casa e isso está ficando claro. Chega de se confundir com os sentimentos, com o corpo, com a mente. 
Este é um momento em que é necessário que muitos saibam a respeito de Si, seja um deles. Saiba quem você é. 
Seja quem você É.

Verifique que aqui e agora não há nenhum querer, nenhum desejo e isso não é algo que deva ser alcançado, basta ser percebido, pois é a sua natureza. Verifique – veja e fique –, olhe para o lugar certo e tudo o que você busca está absurdamente diante do seu nariz.  

Se você olha para a mente, sempre encontra desejos e, consequentemente, insatisfação. Se olha para o lugar certo, o que encontra? O lugar certo, neste contexto, é dentro – e dentro não pode ser acessado com os sentidos. Logo, pergunto: o que você vê sem os sentidos? Silêncio é a resposta. A única resposta. Se é isso o que você quer, aproxime-se!

Costumo questionar algumas pessoas que me encontram pela primeira vez a respeito do que elas estão pensando “agora”. Geralmente, dada a pergunta, elas começam a pensar ou tentar pensar em algo, sem se dar conta que “agora” elas não pensam. Pensar está sempre antes ou depois. O corte do “agora” é muito mais brusco e agudo. Nada pode acontecer no “agora”.

Por este motivo a pergunta é feita e refeita, incansavelmente – muitos a fizeram e vislumbro que tantos outros a farão – para que esta semente, a semente da Verdade, se instaure.

Apenas uma coisa deve ser feita, estabeleça a seguinte verdade: aqui e agora é onde reside o segredo. 
Tudo o que você tem feito para encontrar o segredo, apenas o afasta. Esteja atento ao “aqui e agora” e nada mais é necessário. Se você quer que, no mínimo, a sua vida “melhore”, enamore-se do “aqui e agora” e será o fim de todo o sofrimento. 
Uma vez que se estabeleça essa abertura, possivelmente você estará diante de uma imensurável liberdade, pelo reconhecimento e deleite em ser o que você é. 
Satyaprem em Satsa






Que dos céus caiam chuvas de bençãos sobre ti,
que possas senti-las nas palmas da mão e conserva-las no
coração.
Nadja Feitosa