Pai
Por acaso, surpreendo-me no espelho:
Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)
Parece meu velho pai – que já morreu! (...)
Nosso olhar duro interroga:
"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.
Lentamente, ruga a ruga... Que importa!
Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra,
Mas sei que vi, um dia – a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste..."
MARIO QUINTANA
Por acaso, surpreendo-me no espelho:
Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)
Parece meu velho pai – que já morreu! (...)
Nosso olhar duro interroga:
"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.
Lentamente, ruga a ruga... Que importa!
Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra,
Mas sei que vi, um dia – a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste..."
MARIO QUINTANA
O Milagre
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia... e do lábio do amigo brotam palavras e eterno encanto... Dias mágicos... em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens...
[Mário Quintana]
Quem disse que a poesia é apenas
Deles, nascem os poetas.
(Rege-os, misteriosamente, o décimo terceiro signo do
Mario Quintana
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia... e do lábio do amigo brotam palavras e eterno encanto... Dias mágicos... em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens...
[Mário Quintana]
Quem disse que a poesia é apenas
agreste avena?
A poesia é eterna Tomada da Bastilha
o eterno quebra-quebra
o enforcar de judas, executivos e catedráticos em
[todas as esquinas
e,
a um ruflar poderoso de asas,
entre cortinas incendiadas,
os Anjos do Senhor estuprando as mais belas
[dos mortais...
Deles, nascem os poetas.
Não todos...Os legítimos
espúrios:
um Rimbaud, um Poe, um Cruz e Souza...
(Rege-os, misteriosamente, o décimo terceiro signo do
[zodíaco.)
Mario Quintana
In Esconderijo do Tempo
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
( Mario Quintana )
"Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora, desta vida...
Lembra que o que importa
é tudo que semeares colherás.
Por isso, marca a tua passagem,
deixa algo de ti,
do teu minuto,
da tua hora,
do teu dia,
da tua vida."
(Mário Quintana)
EVOLUÇÃO
Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais
e ficamos repousando no fundo do mar.
Onde tudo começa...
Onde tudo se refaz...
Até que, um dia, nós criaremos asas.
E andaremos no ar como se anda em terra.
Mario Quintana
In Esconderijo do Tempo
EVOLUÇÃO
Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais
e ficamos repousando no fundo do mar.
Onde tudo começa...
Onde tudo se refaz...
Até que, um dia, nós criaremos asas.
E andaremos no ar como se anda em terra.
Mario Quintana
In Esconderijo do Tempo
A coisa mais solitária do mundo é um solo de flauta
Em compensação a tua cabeça está cheia de borboletas estrídulas
Mas eu deixo tombar das minhas mãos o pandeiro de guizos
E, na verdade, o que eu tenho é uma alma de violoncelo
- grave, profunda e triste...
Mario Quintana
In Velório sem Defunto
Em compensação a tua cabeça está cheia de borboletas estrídulas
Mas eu deixo tombar das minhas mãos o pandeiro de guizos
E, na verdade, o que eu tenho é uma alma de violoncelo
- grave, profunda e triste...
Mario Quintana
In Velório sem Defunto
I
Quando a idade dos reflexos, rápidos, inconscientes,
cede lugar à idade das reflexões - terá sido a
sabedoria que chegou? Não! Foi apenas a velhice.
II
Velhice é quando um dia as moças começam a nos
tratar com respeito e os rapazes sem respeito nenhum.
III
Ora, ora! não se preocupe com os anos que já faturou:
a idade é o menor sintoma de velhice.
Mario Quintana
In A Vaca e o Hipogrifo
Mas há uma beleza interior, de entro para fora, a transluzir de certas avozinhas trêmulas, de certos velhos nodosos e graves como troncos. De que será ela feita, que nem notamos como a erosão dos anos os terá deformado. Deviam ser caricaturas mas não fazem rir, uns aleijões mas não causam pena. O mesmo não nos acontece ante o penoso espetáculo de um animal velho. Eu gostaria de acreditar que essa inexplicável beleza dos velhos talvez fosse uma prova da existência da alma.
Mario Quintana
In Na Volta da Esquina
arte Young Old by Julia Swartz
Naquele nevoeiro
Profundo profundo...
Amigo ou amiga,
Quem é que me espera?
Quem é que em espera,
Que ainda me ama,
Parado na beira
Do cais do Outro Mundo?
Que rosto esquecido...
Ou radiante face
Puro sorriso
De algum novo amor?!
Mario Quintana
In O Aprendiz de Feiticeiro
No princípio era o verbo. O verbo Ser. Conjugava-se
apenas no infinitivo. Ser, e nada mais.
Intransitivo absoluto.
Isto foi no princípio. Depois transigiu, e muito.
Em vários modos, tempos e pessoas: eu, tu, ele, nós ,vós,
eles...
Principalmente eles!
E, ante essa dispersão lamentável, essa verdadeira explosão
do SER em seres, até hoje os anjos ingenuamente se
interrogam por que motivo as referidas pessoas chamam a
isso de CRIAÇÃO...
Mario Quintana
In Na Volta da Esquina
Esporte
"O único esporte que pratico é a luta livre com o meu Anjo da Guarda".
?
"Que artista teria inventado o nosso ponto de interrogação? Ele já tem a forma de uma orelha que
escuta."
Não olhe para os lados
"Seja um poema, uma tela, ou o que for, não procure ser diferente. O segredo está em ser indiferente"
Mario Quintana
In Porta Giratória
O poeta canta a si mesmo
porque nele é que os olhos das amadas
têm esse brilho a um tempo inocente e perverso...
O poeta canta a si mesmo
porque num único verso
pende - lúcida, amarga -
uma gota fugida a esse mar incessante do tempo...
Porque o seu coração é uma porta batendo
a todos os ventos do universo.
Porque além de si mesmo ele não sabe nada
ou que Deus por nascer está tentando agora
[ ansiosamente respirar
neste seu pobre ritmo disperso!
O poeta canta a si mesmo
porque de si mesmo é diverso.
Mario Quintana
In Esconderijos do Tempo
Antes, muito antes que o rádio houvesse conspurcado
os espaços, escrevi em Alegrete um poema de
que apenas recordo estes versos:
"entre a minha casa e a tua
há uma ponte de estrelas"
Era uma ponte de silêncio...Quando muito, uma
nova Ponte de Suspiros.Agora Maria acaba de me
telefonar do Rio. Não era a voz dela.Havia algo de
mecânico e metálico, de inumano naquela voz,
como se fora a voz de uma maria-robô.Faltava-lhe
esse calor humano que só a presença animal de uma
pessoa nos pode transmitir...e que faz com que
qualquer mentira tenha tanta verdade!
Mario Quintana
In Na Volta da Esquina
Quem disse que a poesia é apenas
agreste avena?
A poesia é a eterna Tomada da Bastilha
o eterno quebra-quebra
o enfocar de Judas, executivos e catedrático sem todas
[as esquinas
e,
a um rufar poderoso de asas,
entre cortinas incendiadas ,
Os Anjos do Senhor estuprando as mais belas filhas
[ dos mortais...
Deles, nascem os poetas.
Não todos...Os legítimos
espúrios:
um Rimbaud, um Poe, um Cruz e Souza...
(Rege-os, misteriosamente, o décimo terceiro signo
[ do zodíaco.)
Mario Quintana
In Antologia Poética
Eu fiz um poema belo
e alto
como um girassol de Van Gogh
como um copo de chope sobre o mármore
de um bar
que um raio de sol atravessa
eu fiz um poema belo como um vitral
claro como um adro...
Agora
não sei que chuva o escorreu
suas palavras estão apagadas
Alheias um à outra como as palavras de um dicionário
Eu sou como um arqueólogo decifrando as cinzas de
[ uma cidade morta.
O vulto de um velho arqueólogo curvado sobre a terra...
Em que estrela, amor, o teu riso estará cantando?
Mario Quintana
In Antologia Poética
VENTO E A CANÇÃO
para Tania Franco Carvalho
Só o vento é que sabe versejar:
Tem um verso a fluir que é como um rio de ar.
E onde a qualquer momento podes embarcar:
O que ele está cantando é sempre o teu cantar.
Seu grito é o grito que querias dar,
É ele a dança que ias tu dançar.
E, se acaso quisesses te matar,
Te ensinava cantigas de esquecer
Te ensinava cantigas de embalar...
E só um segredo ele vem te dizer...
- é o que o voo do poema não pode parar.
Mario Quintana
In 80 Anos de Poesia
para Tania Franco Carvalho
Só o vento é que sabe versejar:
Tem um verso a fluir que é como um rio de ar.
E onde a qualquer momento podes embarcar:
O que ele está cantando é sempre o teu cantar.
Seu grito é o grito que querias dar,
É ele a dança que ias tu dançar.
E, se acaso quisesses te matar,
Te ensinava cantigas de esquecer
Te ensinava cantigas de embalar...
E só um segredo ele vem te dizer...
- é o que o voo do poema não pode parar.
Mario Quintana
In 80 Anos de Poesia
MONOTONIA
É segundo por segundo
Que vai o tempo medindo
Todas as coisas do mundo
Num só tic-tac, em suma,
Há tanta monotonia
Que até a felicidade,
Como goteira num balde,
Cansa, aborrece, enfastia...
E a própria dor - quem diria? -
A própria dor acostuma.
E vão se revezando, assim,
Dia e noite, sol e bruma...
E isto afinal não cansa?
Já não há gosto e desgosto
Quando é prevista a mudança.
Ai que vida!
Ainda bem que tudo acaba...
Ai que vida tão comprida...
Se não houvesse a morte,Maria,
Eu me matava!
Mario Quintana
É segundo por segundo
Que vai o tempo medindo
Todas as coisas do mundo
Num só tic-tac, em suma,
Há tanta monotonia
Que até a felicidade,
Como goteira num balde,
Cansa, aborrece, enfastia...
E a própria dor - quem diria? -
A própria dor acostuma.
E vão se revezando, assim,
Dia e noite, sol e bruma...
E isto afinal não cansa?
Já não há gosto e desgosto
Quando é prevista a mudança.
Ai que vida!
Ainda bem que tudo acaba...
Ai que vida tão comprida...
Se não houvesse a morte,Maria,
Eu me matava!
Mario Quintana
EXTRA-TERRENA
(para Cecília Meireles)
Nós colhíamos flores de hastes muito longas
E cujos nomes nem ao menos conhecíamos...
E nem sequer, também, sabíamos os nossos nomes...
E para quê, se um para o outro éramos Tu, apenas...
Ou quem sabe se a Morte nos houvera bordado
numa tapeçaria
A que o vento emprestasse a vida por um momento?
E por isso os nossos gestos eram ondulantes como
as plantas marinhas
E as nossas palavras como asas suspensas
no vento...
Mario Quintana
In Preparativos de Viagem
(para Cecília Meireles)
Nós colhíamos flores de hastes muito longas
E cujos nomes nem ao menos conhecíamos...
E nem sequer, também, sabíamos os nossos nomes...
E para quê, se um para o outro éramos Tu, apenas...
Ou quem sabe se a Morte nos houvera bordado
numa tapeçaria
A que o vento emprestasse a vida por um momento?
E por isso os nossos gestos eram ondulantes como
as plantas marinhas
E as nossas palavras como asas suspensas
no vento...
Mario Quintana
In Preparativos de Viagem
QUEM BATE?
Cecília.Cecília que chega de um pátio da infância...
Traz ainda sereno nas tranças, seus sapatinhos andaram
pulando na grama...Depois assenta-se nos degraus da
torre, e canta...
Mas o chaveiro do sonho pegou-lhe as tranças, teceu
cordoalhas para o seu navio.Mas o chaveiro do sonho
pegou-lhe a canção...E fez um vento longo e triste.
E eu pensava que toda a minha tristeza vinha apenas
do vento, da solidão do mar, da incerteza daquela
viagem num navio perdido.
Mario Quintana
In Sapato Florido
Cecília.Cecília que chega de um pátio da infância...
Traz ainda sereno nas tranças, seus sapatinhos andaram
pulando na grama...Depois assenta-se nos degraus da
torre, e canta...
Mas o chaveiro do sonho pegou-lhe as tranças, teceu
cordoalhas para o seu navio.Mas o chaveiro do sonho
pegou-lhe a canção...E fez um vento longo e triste.
E eu pensava que toda a minha tristeza vinha apenas
do vento, da solidão do mar, da incerteza daquela
viagem num navio perdido.
Mario Quintana
In Sapato Florido
A NOITE GRANDE
Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos
como é que poderíamos dormir tranquilos
a nossa eternidade? Imagina
uma noite sem o palpitar das estrelas
sem o fluir misterioso das águas.
Não digo que a gente saiba que são águas
estrelas
grilos...
- morrer é simplesmente esquecer as palavras.
E conhecermos Deus, talvez,
sem o terror da palavra DEUS!
Mario Quintana
In Esconderijos do Tempo
Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos
como é que poderíamos dormir tranquilos
a nossa eternidade? Imagina
uma noite sem o palpitar das estrelas
sem o fluir misterioso das águas.
Não digo que a gente saiba que são águas
estrelas
grilos...
- morrer é simplesmente esquecer as palavras.
E conhecermos Deus, talvez,
sem o terror da palavra DEUS!
Mario Quintana
In Esconderijos do Tempo
A CANÇÃO DO MAR
Esse embalo das ondas
Das ondas do mar
Não é um embalo
Para te ninar...
O mar é embalado
Pelos afogados!
O canto do vento
Do vento no mar
Não é um canto
Para te ninar...
São eles que tentam
Que tentam falar!
Tiveram um nome
Tiveram um corpo
Agora são vozes
Do fundo do mar...
Um dia viremos
Vestidos de algas
Os olhos mais verdes
Que as ondas amargas
Um dia viremos
Com barcos e remos
Um dia...
Dorme filhinha...
São vozes, são vento, são nada...
Mario Quintana
In Esconderijos do Tempo
Esse embalo das ondas
Das ondas do mar
Não é um embalo
Para te ninar...
O mar é embalado
Pelos afogados!
O canto do vento
Do vento no mar
Não é um canto
Para te ninar...
São eles que tentam
Que tentam falar!
Tiveram um nome
Tiveram um corpo
Agora são vozes
Do fundo do mar...
Um dia viremos
Vestidos de algas
Os olhos mais verdes
Que as ondas amargas
Um dia viremos
Com barcos e remos
Um dia...
Dorme filhinha...
São vozes, são vento, são nada...
Mario Quintana
In Esconderijos do Tempo
QUINTANARES
"Não esquecer que as nuvens estão improvisando
sempre, mas a culpa é do vento."
"Mas para que interpretarem um poema? Um poema
já é uma interpretação."
"O ruim dos filmes de Far West é que os tiroteiros
acordam a gente no melhor do sono."
"Nós não perdemos os mortos, os mortos é que nos
perdem."
"Buscas a perfeição? Não sejas vulgar. A autenticidade
é muito mais difícil."
"Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?"
"Ser poeta não é dizer grandes coisas; mas ter uma
voz reconhecível dentre todas as outras."
by Caderno H
Mario Quintana nasceu em 30 de julho de 1906...
"Não esquecer que as nuvens estão improvisando
sempre, mas a culpa é do vento."
"Mas para que interpretarem um poema? Um poema
já é uma interpretação."
"O ruim dos filmes de Far West é que os tiroteiros
acordam a gente no melhor do sono."
"Nós não perdemos os mortos, os mortos é que nos
perdem."
"Buscas a perfeição? Não sejas vulgar. A autenticidade
é muito mais difícil."
"Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?"
"Ser poeta não é dizer grandes coisas; mas ter uma
voz reconhecível dentre todas as outras."
by Caderno H
Mario Quintana nasceu em 30 de julho de 1906...
ALMA ERRADA
Há coisas que a minha alma, já mortificada não admite:
assistir novelas de TV
ouvir música Pop
um filme apenas de corridas de automóvel
uma corrida de automóvel num filme
um livro de páginas ligadas
porque, sendo bom, a gente abre sofregamente a dedo:
espátulas não há… e quem é que hoje faz questão de virgindades…
E quando minha alma estraçalhada a todo instante pelos telefones
fugir desesperada
me deixará aqui,
ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem,
comendo o que todos comem.
A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio até
que minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo).
E ligarei o rádio a todo o volume,
gritarei como um possesso nas partidas de futebol,
seguirei, irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército.
E apenas sentirei, uma vez que outra,
a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido…
Mário Quintana
O Milagre
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia... e do lábio do amigo brotam palavras e eterno encanto... Dias mágicos... em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens...
[Mário Quintana]
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia... e do lábio do amigo brotam palavras e eterno encanto... Dias mágicos... em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens...
[Mário Quintana]
Um dia...Pronto!...Me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer: Que me importa?
O diabo é deixar de viver.
[Mário Quintana]
Nenhum comentário:
Postar um comentário