Gulistan (0 jardim das Rosas)

Rosa  Persia

                      
 
jardim das rosas

Gulistan ("O Jardim de Rosas") é uma das principais obras da literatura persa.
Escrito em 1259 E.C., é uma das dua obras primas do poeta persa Sadi, considerado um dos melhores poetas persas medieval.
O Gulistan é uma coleção de poemas e histórias, da mesma forma que um jardim de rosas é uma coleção de rosas. É comumente citado como uma fonte de sabedoria. A entrada do Salão das Nações Unidas tem a seguinte inscrição tirada do Gulistan.

Os seres humanos são parte de um todo,
Na criação de uma essência e alma.
Se um membro sofre dor,
Outros membros permanecerão inquietos.
Se você não tiver simpatia pela dor humana,
Você não pode reter o nome de humano.




SAADI (1184-1291)



"Aquele que aprende e não coloca em prática 
é como aquele que ara e não semeia"
Poeta persa. Nascido em Xiraz, estudou em Bagdad e transferiu-se para Isfahan, depois da invasão da pátria pelos mongóis. Passou então a correr mundo, entre 1226 e 1256. Depois da Índia, viveu em Damasco, como chefe árabe ou xeque, e, em Balbec, adquiriu fama de grande orador sacro. Retirou-se, depois, para o deserto, foi feito prisioneiro, até ser resgatado por um amigo rico, casando-se com a filha do benfeitor. Fez várias peregrinações a Meca, morrendo, em idade avançada, na cidade natal. É famoso por seu Divan, coleção de poesias líricas, e pelo Gulistan ("Jardim das Rosas"), contos morais, históricos e fantásticos, entrelaçados de trechos poéticos. Sua filosofia é que o divino está na natureza, e o poeta deve procurar as coisas com mais nitidez. No Gulistan há muitas anedotas, recordações e visões expressas com grande concisão e intenso amor da verdade.

(Fonte da biografia:- Enciclopédia Barsa)

Água profunda dificilmente se perturba com a pedra que lhe arremessam; e quando a sabedoria se irrita é porque não é profunda.
   Saadi de Shiraz



O tolo que sabe que é tolo, nisso, pelo menos, é sábio. Mas o tolo que
pensa que é sábio, esse é realmente um tolo."

O sábio Saadi, nascido em Xiraz, caminhava por uma rua com seu discípulo, quando
viu um homem tentando fazer com que sua mula andasse.

Como o animal recusava-se a sair do lugar, o homem começou a insulta-lo
com as piores palavras que conhecia.

Então o sábio aproximou-se dele e calmamente falou:
- Não sejas tolo... o asno jamais aprenderá tua linguagem. O melhor será
que te acalmes, e aprendas a linguagem dele.

O homem não lhe deu ouvidos e continuou xingando o animal; o sábio
afastando-se, comentou com o discípulo:
- Antes de entrar numa briga com um asno, pensa bem na cena que
acabaste de ver.

Não é sábio discutirmos com alguém que ainda não esteja preparado para
as coisas simples da vida, como por exemplo compreender o grande amor
de Deus em todas as criaturas... é preciso saber calar para deixar um tolo
falar!!!

Trecho do poema "Jardim das rosas" , escrito no século XIII.




Há um perfume sutil
que vem da Amada

De um Paraíso mais alto
da Casa da Sabedoria

Dá sete voltas
rodando a Caaba

Senti seu aroma
desde sempre

Pois já estava no Mundo
e me encantava

Como uma luz mais alta
que pressentia

A suma do deleite
no Jardim das Delícias

E estava sempre perto
para desabrochar

no cantar do Rouxinol. 



( Desconheço o autor)




Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser,deixar de ser assim
Rosas verá,só de cinzas franzidas
mortas,intactas pelo teu jardim
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe,o vento vai falando de mim
E por perder me é que vão me lembrando
por desfolhar me é que não tenho fim

Cecília Meireles

   

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