Cura-te, a ti mesmo - Dr Bach



                           A Vida de Dr Bach

Ao olharmos para a obra de Edward Bach, médico inglês, nascido em Moseley, na Inglaterra, em 24 de setembro de 1886, portanto há 120 anos atrás, se focalizarmos nos conceitos e na filosofia que estão por detrás de suas descobertas, concluímos que ele foi uma pessoa muito à frente de seu tempo.
Analisando sua biografia, aprendemos que além de extremamente intuitivo Bach era estudioso, dedicado ao trabalho e à cura, fosse como médico alopata, sanitarista, homeopata ou simplesmente “herbalista”, como gostava de ser chamado depois da descoberta das essências florais.
Dr Edward Bach - sua inspiração toca a muitos
Dr Edward Bach - como o vemos através da imagem mais conhecida de todos
Nascimento e ligação com a natureza
Nasceu numa das regiões da Grã Bretanha que abrigou, em passado longínquo, a antiga cultura celta, guardiã de tradições religiosas ligadas à natureza.
Os celtas se relacionavam com as forças sutis ou espirituais dos fenômenos da natureza e com os seres elementais em seu cotidiano.
A Dra Carmen Monari, médica, terapeuta e educadora especializada nos Florais de Bach, incluiu em um de seus livros o significado do nome Edward Bach: Edward de origem teutônica significa “aquele que precisa ser o guardião, alerta de seus sentidos”
Bach em sua origem alemã significa “fonte de água” e em sua origem persa significa “jardim”.
Desde pequeno se sobressaia pela sua determinação
Desde pequeno se sobressaia por sua capacidade de concentração e por sua grande determinação. Era independente e tinha imenso desejo de saber. Bem humorado e alegre, desde menino tinha o hábito de sair sozinho pelos campos e sentar para observar detalhes da natureza.
Desde criança tinha o ímpeto de ajudar a qualquer ser que estivesse passando por uma aflição, fosse um animalzinho ou uma pessoa.
A época em que viveu e quem foram os seus contemporâneos
Teve como contemporâneos outras almas que deixaram marcas importantes no mundo como Gandhi, Rudolf Steiner, Albert Einstein, Sigmund Freud, Tolstoi, Pessoa, Chaplin, Monteiro Lobato, Villa Lobos, Hitler…
Filho primogênito de família descendente do País de Gales, Edward foi um bebê de saúde delicada, mas passados os primeiros meses de vida tornou-se uma criança cheia de vitalidade.
O jovem Dr Bach
Ainda menino já falava em ser médico!
Aos 16 anos concluiu os estudos e foi trabalhar na empresa de seu pai – uma usina de fundição de cobre, porque sabia que cursar a escola de medicina seria muito caro.
Ainda nessa época, trabalhando nas Usinas Bach, Edward observava os problemas de saúde dos operários de seu pai e a pobreza de recursos e de tratamentos, levando ao uso, quase sempre, apenas de paliativos para atender as queixas.
O jovem Edward, tocado por essas questões dos operários tomou então, nesse período, a decisão de que como médico encontraria um método simples de cura verdadeira que tranquilizaria as mentes e os corpos. Esse episódio certamente o ajudou a fazer sua escolha final, pondo fim a um questionamento interior a respeito de se deveria vir a ser médico ou teólogo.
Não aguentando mais o confinamento imposto pelo trabalho na usina, Edward alistou-se no Corpo de Cavalaria e nesse período pôde voltar a se deleitar por estar novamente em contato com a natureza.
Até que finalmente teve uma conversa decisiva com seu pai que se ofereceu para pagar sua Universidade para que ele pudesse cursar medicina.
Dr Edward Bach e sua filha
Dr Edward Bach e sua filha

Cursou Medicina e iniciou sua prática de consultório
Durante o período em que cursou medicina e por vários anos depois, evitava ir aos parques de Londres ou estar em meio à natureza, porque sabia que a força do chamado da mãe natureza para ele seria forte demais para suportar.
No mesmo ano em que formou-se médico, Edward, agora sim o Dr Bach, casou-se com sua primeira mulher. Começou sua carreira médica como alopata, num Pronto Socorro de Londres (Casualty House Surgeon).
Trabalhou como pesquisador, Bacteriologista e Imunologista
Logo, passou a trabalhar como bacteriologista, numa época em que a medicina avançava em grandes estudos sobre imunologia.
Pasteur e outros grandes cientistas já haviam aberto as portas para esta nova área de cura e acreditava-se que bacteriologia e imunologia eram as chaves para a saúde mundial e o futuro da medicina.
O cientista Edward Bach descobre vacinas que eram preparadas utilizando diversos tipos de bactérias. Os resultados obtidos foram muito além de sua expectativa. Mais tarde, Bach usou dessas vacinas durante a grave epidemia de gripe espanhola, salvando milhares de vidas dentre as tropas militares.


A vida não nos exige grandes sacrifícios… pede-nos apenas para fazermos a nossa viagem com alegria no coração e para sermos uma benção para aqueles que estão ao nosso redor.”
Sweet Chestnut- início da florada da castanheira
Sweet Chestnut - início da florada - foto Ruth Toledo Altschuler
Em face a perseguições, determina sua opção de trabalhar com as flores
Desde que começou a ter seus primeiros artigos a respeito das essências florais publicados, Edward Bach foi perseguido pelo Conselho de Medicina inglês. Em sua última carta a este órgão em 1936, escreveu:
“Tendo provado que as ervas do campo são muito fáceis de usar e tão maravilhosamente eficazes em seu poder curativo, eu abandono a medicina ortodoxa.”
Disse ainda que já não era médico e preferia ser chamado de herbalista. Mas seu nome nunca chegou a ser retirado do Registro de Médicos da Inglaterra.
Durante o verão de 1936 escreveu a edição revisada de “Os Doze Remédios Curadores e Outros Remédios”.


Minha tarefa está cumprida
Em 1936 escreveu a seus colaboradores:
“Minha tarefa está cumprida; minha missão neste mundo está terminada.”
Pediu ainda a seus colegas: Nora Weeks, Victor Bullen e Mary Tabor:
“Há momentos como este, em que estou esperando um chamado não sei de onde.
Se este chamado vier, como pode acontecer a qualquer minuto, eu lhes suplico, a vocês três, que continuem a obra maravilhosa que começamos. Uma obra que pode libertar os homens, eliminando os poderes da doença….”
26 dias depois de escrever esta carta, Edward Bach fez a sua passagem para o plano maior.
Faleceu, na madrugada de 27 de novembro de 1936, de uma parada cardíaca.
Nora Weeks, a mais devotada dentre seus colaboradores fala sobre o Dr Bach:
Ele tinha um grande senso de humor e se contentava com as coisas simples da vida, como apanhar os primeiros cogumelos, cozinhar, costurar e terminar uma mesa. Tinha uma grande afinidade com plantas e animais. Os pássaros costumavam pousar na sua enxada enquanto ele carpia e os cachorros selvagens com seus filhotes vinham comer em suas mãos. Se ele pegava uma flor, não só conhecia suas qualidades curativas, assim como também sua história.
Ele seguia sempre a sua intuição. Às vezes saia de repente não importa o que estivesse fazendo, em obediência a seu impulso interno. Certa vez, quando estava ditando uma carta, ele deixou a casa e se dirigiu imediatamente ao cais onde se deparou com um homem prestes a cometer suicídio. Outra vez levantou-se da mesa de almoço e se dirigiu apressadamente para o final da praia onde se deparou com um homem entrando vestido no mar. Nas duas vezes pessoas foram salvas por ele. Muitas pessoas diziam que só de vê-lo à distância sentiam-se melhor.
Ele se achava um privilegiado por ser um canal de cura, embora sua primeira preocupação fosse encontrar as flores que curam. Estas poderiam ser aplicadas por todos, enquanto que o seu poder de cura, ele não o poderia transmitir diretamente aos outros. Sem dizer uma palavra, ele poderia colocar a mão sobre o órgão doente de um paciente e obter uma melhora instantânea. Mas, poderia também, com um olhar, revelar os sentimentos negativos, o medo escondido, o ressentimento, a inveja, o que quer que fosse que estava por trás daquele sofrimento, assim como o nome do floral que o aliviaria. E mais importante ainda, Dr Bach tinha a amorosa habilidade de mostrar àquele que estava sofrendo a coragem, o amor, a compaixão e compreensão que estava por detrás da sua dificuldade. Ele conseguia enxergar a verdadeira natureza de cada pessoa e revelar sua grandeza.
Dizia: “as crianças de Deus nunca têm medo”. Sua voz tinha uma qualidade que inspirava confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e perceber-se como alguém melhor do que se julgava.
Em um dos artigos publicados pelo jornal Homeophatic World, Edward Bach nos diz: “Essa não é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”.
Sua voz tinha uma qualidade que inspirava confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e perceber-se como alguém melhor do que se julgava.
Em um dos artigos publicados pelo jornal Homeophatic World , Edward Bach nos diz:
“Essa não é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”.
Texto preparado por Cynthia Accioly Abu Asseff para a Mostra Histórica
A Mostra Histórica sobre as Essências Florais foi apresentada em várias cidades do Brasil durante o ano de 2006, por ocasião dos 70 anos da passagem do Dr Bach.nos momentos dedesespero,angustias dores,incertezas,medos,solidãodescreva a dor que vai em sua alma vamos ajuda-lo(a),  compreenderá que a a vitoria virá atraves do amor e carinho que possamos ter em nós mesmo.toda e qualquer solução esta dentro de cada um de nos.Podemos através dos Florais de Bach encontrar dentro de nos a força para ultrapassar os momentos difíceis.





Edward Bach nasceu em Moseley, arredores de Birmingham, na Inglaterra, no
dia 24 de setembro de 1886. Ainda era
muito jovem quando se formou em medicina pela University College Hospital,
em Londres. Sempre voltado para a área
de estudos e pesquisas, Dr. Bach especializou-
-se em Bacteriologia, Imunologia e Serviço
Social, áreas nas quais realizou grandes feitos.
Sua vida foi marcada por alguns fatos
relevantes, como o que ocorreu durante
a Primeira Guerra Mundial, quando foi
designado para cuidar de uma enfermaria
com 400 leitos de feridos de guerra. Como
eram muitos, e todos necessitando de cuidados médicos urgentes, ele ordenou à sua
equipe que separasse os pacientes de acordo
com suas doenças, no intuito de otimizar os
resultados de seu trabalho.
Porém, em pouco tempo
percebeu que sua estratégia não estava surtindo
efeito, posto que alguns melhoravam, mas outros não
apresentavam sinais de recuperação. Então, diante de
uma iluminada intuição, chamou sua equipe
e resolveu reorganizar a ideia inicial de agrupar os enfermos, separando-os desta vez de
acordo com seus estados emocionais. Assim,
aplicou seus medicamentos de acordo com
a saúde mental de cada paciente e os resultados foram excelentes. Desta forma o Dr.
Bach concluiu que o estado emocional das
pessoas é que afetava a sua saúde física. Por
isso deveria sempre tratar a causa que estivesse no condicionamento mental e não os
sintomas que o corpo físico apresentasse.
Passada essa fase, o Dr. Edward dedicou-se
a descobertas de novas vacinas. No entanto,
quando estava quase concluindo o seu projeto, em meados de 1917, foi tomado por uma
doença incurável, fazendo com que a equipe
médica que o operou desse a ele apenas mais
três meses de vida. Recomendaram, inclusive,
que fi casse no hospital, pois lá teria melhores
condições de acompanhamento. Sentindose totalmente frustrado com a sua situação,
resolveu fugir do hospital, pois já que fi caria
lá para esperar a morte chegar, faria isto no
seu laboratório, onde tentaria desenvolver e
concluir a vacina que estava pesquisando. E
foi assim que o Dr. Bach fez. Trancou-se em
seu laboratório trabalhando dia e noite para a
conclusão do seu experimento; sequer pensava na doença que o consumia. A conclusão de
sua pesquisa foi a descoberta de uma vacina
fabulosa que curava doenças crônicas. De posse de seu invento, retornou ao hospital para
entregá-lo aos seus amigos médicos, a fi m de
que pudessem implementá-lo nos tratamentos de tais enfermidades. Foi nessa hora que
se deu conta de que estava
totalmente curado. Disto ele
concluiu que quando temos
uma missão a realizar, e se
o nosso coração aprovar tal
propósito, fi camos investidos
de uma força interior muito
grande que nos torna capazes
de curar até doenças terminais. Com isto a sua
fama ia crescendo para além da Inglaterra; seu
nome já estava conhecido em toda a Europa.
 Depois da recuperação da doença que o
havia condenado a morte, em 1919 Dr. Bach
foi trabalhar no Hospital Homeopático de
Londres. Nessa ocasião ele conheceu a obra
do Dr. Samuel Hahnemann , 130 anos
antes dele existir, já tinha pensamentos tão
parecidos com os seus como, por exemplo,
trazer da Natureza a fonte de vida e saúde
para aqueles que sofrem de qualquer enfermidade. A partir de então, totalmente maravilhado, aprofundou sua pesquisa juntando
tudo o que já havia aprendido até o momento
com os estudos que assimilava a respeito das
técnicas de Homeopatia, no intuito de aperfeiçoar suas descobertas.




E de estudos e pesquisas, Dr. Bach especializou-

-se em Bacteriologia, Imunologia e Serviço
Social, áreas nas quais realizou grandes feitos.
relevantes, como o que ocorreu durante
a Primeira Guerra Mundial, quando foi
designado para cuidar de uma enfermaria
com 400 leitos de feridos de guerra. Como
eram muitos, e todos necessitando de cuidados


  vivendo o melhor momento

de sua carreira, com todo reconhecimento
de médicos alopatas e homeopatas de toda
a Europa. Mas apesar do sucesso deixar seu
nome cada dia mais destacado entre os melhores e mais conceituados doutores da época,
ele ainda se sentia insatisfeito com a medicina
tradicional, pois seu espírito ansiava descobrir uma forma mais natural para tratar seus
pacientes. Não resistiu quando um chamado
interior pediu para que largasse tudo e fosse
para o campo descobrir uma medicina menos
agressiva, com poderes curativos encontrados
na própria natureza. E, por volta de 1929,
deixou suas atividades lucrativas na cidade e
partiu para o interior em busca destas novas
descobertas. Fazendo do campo o seu laboratório, usando sua magnífica intuição e seu
próprio corpo à frente dos experimentos, ia
testando cada uma das flores e descobrindo
os seus poderes curativos. Em algumas situa-
ções descobria flores que o intoxicavam, e em
outras concluía facilmente que havia encontrado exatamente aquilo que buscava.
 Nessa experiência que durou aproximadamente até o ano de 1935, ele desenvolveu
um sistema de cura com 38 essências preparadas através de flores, árvores, arbustos silvestres e uma fonte. As essências eram usadas
para harmonizar estados emocionais específicos. Desenvolveu também um floral para
os casos de emergência, o qual denominou
“Rescue Remedy”, bem como uma pomada
para tratamentos da pele.
Sentindo que sua missão estava chegando
ao fim, o Dr. Bach reuniu todas as anota-
ções feitas ao longo desses anos, queimou-
-as e deixou apenas um pequeno livro onde
estão compiladas as 38 essências florais
com seus respectivos efeitos, bem como
a filosofia de sua nova medicina. Voltou à
civilização e convocou sua equipe para apresentar os poderes curativos daquelas flores.
Comprovada sua eficácia, passou para as
mãos dos colaboradores os fundamentos de
seu novo sistema de cura. Após esses procedimentos, anunciou aos seus companheiros
de trabalho: “Minha tarefa está cumprida;
minha missão neste mundo está terminada”.
Poucas semanas depois, na noite de 27 de novembro de 1936, Dr. Bach passou pela transi-
ção. Estava com 50 anos quando concluiu sua
obra deixando um legado para a humanidade
que consiste de sua experiência e pesquisa ao
longo de muitos anos. Consistia num sistema
de tratamento totalmente natural utilizado
em todo o mundo. Com este trabalho ele deu
início a muitas outras pesquisas nesta área e
hoje já temos conhecimento de dezenas de
sistemas florais em várias partes do planeta.
Cabe ressaltar que os Florais de Bach estão
inseridos entre os sistemas de cura alternativos reconhecidos e recomendados pela
Organização Mundial de Saúde.
 Em sua filosofia, ele dizia que o fundamento do tratamento floral era que a verdadeira cura poderia ser obtida não pelo “erro
repelindo o erro” mas pelo “certo substituindo o errado”, pelo “bem substituindo o mal”
e pela “luz substituindo a escuridão”. Não
mais se deveria lutar contra a doença com a
doença; pelo contrário, desenvolver a virtude
oposta que iria eliminar o que estava errado.
Se o problema do paciente fosse o medo, a
virtude que o floral iria potencializar den-
tro dele seria a coragem e assim por diante.
Afirmava que quando a paz e a harmonia
retornam à mente, a saúde e a força retornam
ao corpo. Estava sempre voltado a tratar o
doente e não a doença e seus sintomas. E
concluía que a saúde dependia de estarmos
em harmonia com nossa alma. Desta forma,
podemos observar claramente que a filosofia do Dr. Bach está totalmente de acordo
com os ensinamentos Rosacruzes, já que em
nossas monografias também é dado ênfase à
importância do equilíbrio da mente para que
o corpo fique em harmonia. Dr. Bach dizia:
“Somos pessoas de qualidades e não os
únicos no mundo a ter problemas. Nossas
dificuldades são apenas temporárias e nossos
medos são nada mais do que o desenvolvimento da grande coragem que já existe
dentro de nós, pois o medo, em última aná-
lise, é simplesmente um teste de coragem.
Possuímos compreensão e tolerância em
nós. Nosso verdadeiro sentimento encontra-
-se apenas temporariamente encoberto pela
impaciência e pela irritabilidade. Temos que
ter a segurança de que não estamos vivendo
sozinhos estas emoções e que os sentimentos
que para nós parecem os mais problemáticos
podem ser totalmente eliminados, conquistando, assim, a liberdade. Somos potencialmente grandes e temos qualidades positivas.
Devemos pensar nessas qualidades e nelas
nos concentrar. Nunca devemos nos esquecer
de que a força necessária para nos harmonizarmos está dentro de todos nós. A alegria e
a felicidade de viver não são um privilégio de
alguns poucos, mas sim um direito de cada
ser humano. Os pensamentos negativos envenenam o organismo, ocasionando a perda da
saúde e a infelicidade, além de prejudicarem
decisivamente a eficácia de qualquer tratamento. Devemos sempre lembrar os nossos
valores enquanto seres humanos, bem como a
importância do relacionamento interpessoal
entre os que estão à nossa volta.”
Edward Bach ensinava que, para compreender a natureza das doenças, algumas verdades fundamentais deveriam ser reveladas:
Primeiro, possuímos uma alma; um Eu
Superior que, sendo a Centelha do Todo
Poderoso, é invencível e infinito.
Segundo, somos personalidades vindas a
este mundo com a missão de obter conhecimento e experiências, desenvolver virtudes
e extinguir os defeitos dentro de nós, e dessa forma avançar em direção à perfeição de
nossas naturezas.
Terceiro, somos imortais; logo, nosso
nascimento esteve infinitamente longe de
nosso começo e a morte infinitamente longe
de nosso fim.
O quarto postulado diz que quando nossas almas e personalidades estão em harmonia, tudo é paz, alegria, felicidade e saúde. O
conflito aparece quando a personalidade é
atraída para fora da senda da alma.
O quinto é a compreensão da Unidade
de todas as coisas. A compreensão de que o
Criador de tudo o que existe é o Amor, e de
que tudo o que temos consciência é manifestação desse Amor que já existe dentro de
nós, sendo que temos apenas que desenvolvê-lo a cada dia.
E conclui que é possível termos um vislumbre dessa concepção se imaginarmos
nosso Criador como um Grande e Brilhante
Sol, de cujo centro um infinito número de
raios se lança em todas as direções.



Segundo o Dr. Bach, alguns erros básicos

são a verdadeira causa da doença. Primeiro,
a personalidade não age de acordo com a sua
essência, mas persiste na ilusão de achar-se
separada dela. A personalidade limita-se a
interpretar mal as intenções de suas intuições
e age depois de acordo com a compreensão
limitada da situação, afastando-se da sua
verdadeira dimensão. Em segundo lugar, a
personalidade peca contra o “Princípio da
Unidade”, agindo contra as Leis do Universo
e esquecendo-se de que está vinculada a elas.
Resumindo sua obra, a doença seria o
resultado do desequilíbrio emocional, o qual
se fixa no campo energético do ser vivo e,
persistindo, manifesta-se como doença no
corpo físico. Portanto, para restabelecer a
saúde física, primeiramente deverá ser sanada a debilidade emocional. Assim, a doença
nada mais é do que a consolidação de uma
atitude mental. Ele trabalhou na descoberta
das essências florais buscando não perder de
vista seu objetivo maior que era a reestruturação da dualidade corpo/mente. Todos estes
princípios foram amplamente usados em sua
nova medicina, pois, além de saber do papel
da mente sadia na manutenção da saúde e
na recuperação de doentes, a abordagem dos
Florais enquanto sistema de cura é exatamente essa: restabelecer o equilíbrio da mente e
das emoções. São catalisadores da virtude
oposta que combaterá a doença, restituindo
a saúde, uma vez que sentimentos de medo,
raiva, tristeza etc., é que dissipam nossa vitalidade, diminuindo a imunidade e deixando-
-nos vulneráveis a qualquer tipo de doença.
O Dr. Bach solicitou à comunidade médica que não complicasse o uso dos florais uma
vez que o sistema era simples demais e que
qualquer pessoa poderia se identificar com
as essências e fazer uso de uma determinada
fórmula. Ele queria que o método fosse prescrito não somente por profissionais no tratamento de desordens psicossomáticas como
também por um número cada vez maior de
pessoas que estivessem conscientes de seu
crescimento e desenvolvimento mental e espiritual. Para tanto, vale lembrar também que
os florais não têm efeitos colaterais, não causam dependência, não tem contra-indicação
e podem ser usados em conjunto com outros
tratamentos médicos.
Não podemos afirmar que o Dr. Bach
tenha sido um rosacruz, mas é certo que os
preceitos rosacruzes estão em ressonância
com sua doutrina. Em seu pequeno livro,
no qual relatou toda a sua descoberta, este
buscador, movido pelo Amor Universal,
fez menção aos Mestres Cósmicos diversas
vezes e falou da importância da Grande
Fraternidade Branca e seus ensinamentos essenciais à evolução da humanidade.
Citou a importância da doutrina de mestres
como Jesus e Buda, ensinou valores sobre a
Unidade, a Centelha Divina, o Eu Superior e
se referiu algumas vezes ao Grande Arquiteto
do Universo inspirando mentes como as de
Paracelso, Hipócrates e Hahnemann, a quem
ele devotava toda sua admiração. Com este
último, sentia existir um elo espiritual, principalmente no preceito que diz: “Não existem
doenças; existem doentes”.
Para finalizar, segue uma reflexão dita pelo
Dr. Bach, que em poucas palavras nos faz
pensar sobre a nossa missão aqui na Terra:
“A vida não exige de nós sacrifícios inatingíveis. Nos pede que façamos nosso caminho
do coração e que sejamos uma benção para os
que nos rodeiam, de forma que se deixarmos o
mundo apenas um pouquinho melhor do que
era antes da nossa visita, assim cumpriremos a
nossa missão”. ·


Aplicação dos Florais de Bach

O médico Edward Bach nos legou, conforme sua pesquisa, 38 florais distribuídos em sete grupos que ele
mesmo classificou para facilitar a identificação das essências quando da composição de cada fórmula.
PARA OS QUE SENTEM MEDO
Rock Rose – terror / pânico
Mimulus – medos definidos de toda espécie / timidez
Cherry Plum – medo de perder a razão e o controle emocional / compulsão
Aspen – medos indefinidos / maus pressentimentos / ansiedade inexplicável
Red Chestnut – medo que aconteça algo ruim com aqueles que amamos.
PARA OS QUE SOFREM DE INDECISÃO
Cerato – indecisos / não confiam na própria decisão
Scleranthus – indecisão entre duas coisas ou situações
Gentian – desânimo / pessimismo
Gorse – sem esperança / perderam a fé
Hornbeam – sensação de “segunda de manhã” / preguiça
Wild Oat – incerteza sobre a direção, missão ou o seu propósito de vida
FALTA DE INTERESSE NAS CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS
Clematis – desligados / desatentos / sonhadores / vivem no futuro
Honeysuckle – vivem presos no passado
Wild rose – resignação e apatia / se conformam com tudo / renderam-se
Olive – sem vitalidade / sem forças para nada / tudo é um esforço enorme
White chestnut – pensamentos compulsivos e repetitivos / insônia
Mustard – depressão / melancolia / tristeza profunda
Chestnut bud – não aprendem com a experiência / repetem os mesmos erros
PARA A SOLIDÃO
Water violet – reservados e fechados em suas relações / isolamento
Impatiens – impaciência / ritmo acelerado / ansiedade
Heather – egocêntrico / preocupado consigo mesmo
PARA SENSIBILIDADE EXCESSIVA A INFLUÊNCIAS E OPINIÕES
Agrimony – ansiedade / escondem suas preocupações brincando
Centaury – dificuldade de dizer não / vontade fraca e submissão
Walnut – dificuldades diante de mudanças / influenciável
Holly – raiva / ódio / ciúme possessivo
PARA O DESALENTO E DESESPERO
Larch – falta de confiança em sua capacidade / inseguras
Pine – sentimentos de culpa / estão sempre se reprovando
Elm – sentem-se sobrecarregados pelas obrigações impostas pela vida
Sweet chestnut – angústia insuportável / desespero profundo
Star of bethlehem – para choques e traumas do presente ou do passado
Willow – mágoas e ressentimentos
Oak – ignoram seus limites trabalhando além da conta
Crab apple – auto-estima / limpeza interna e externa
EXCESSIVA PREOCUPAÇÃO COM O BEM-ESTAR DOS OUTROS
Chicory – possessividade / amor condicional / ciúmes e apego
Vervain – donos da verdade / querem convencer os demais com suas idéias rígidas
Vine – dominadores / arrogantes / orgulhosos / inflexíveis
Beech – intolerância com os demais / críticos
Rock water – rígidos e severos consigo mesmos / perfeccionistas


Princípios da Filosofia de Edward Bach

A Dra. Metchild Scheffer destacou alguns princípios da filosofia de Edward Bach que colaborou
com sua descoberta para que o casamento entre matéria e espírito pudesse ser resgatado como nas
antigas tradições:
A eterna realidade da afirmação feita pelo médico inglês Dr. Edward Bach há mais
de cinquenta anos, onde diz: “A doença é única e puramente corretiva; nem vingativa nem cruel, é o meio adotado pelas nossas próprias almas para mostrar-nos os
nossos erros, impedir-nos de cometer erros maiores, obstar a que façamos mais mal
e trazer-nos de volta ao caminho da Verdade e da Luz, do qual nunca deveríamos
ter saído”, está sendo cada vez mais compreendida nestes tempos da “Nova Era” da
medicina “humanizada”, “psicossomática” e “holística”. O interesse internacional pelos
Remédios Florais do Dr. Bach tem sido acentuadamente renovado nos últimos anos,
como predisse em certa ocasião o próprio Dr. Bach.
O enfoque holístico da saúde, da doença e da cura baseia-se no conceito da perfeita
Unidade de todas as coisas e da total Unicidade de todo sistema contido em seu interior.
Cada um de nós está realizando uma jornada única que não pode se repetir durante
a vida, e o nosso estado de saúde, a qualquer momento, serve de indicador do ponto
que atingimos nessa jornada.
Cada sintoma, seja do corpo, da mente ou do espírito, nos transmite uma mensagem
particular, a qual precisamos perceber e reconhecer, fazendo uso dela em nossa jornada. Todo processo verdadeiro de cura é uma afirmação da nossa totalidade e, de fato,
da nossa santidade. Desse ponto de vista, o sistema dos Remédios Florais do Dr. Bach
pode ser descrito como “a cura pela restauração da harmonia na percepção”. Nos pontos
de mudança de chave de nossa personalidade, onde as energias vitais são canalizadas
de modo errado ou bloqueadas, os remédios restabelecem contato e harmonia com a
nossa totalidade – a nossa verdadeira fonte de energia.
“Cura-te a ti mesmo” está no próprio âmago da filosofia de Edward Bach, pois, em última instância, pelo “princípio universal de cura” ou o “divino poder de cura” existente
dentro de nós, permitimos e possibilitamos a cura.
Os Remédios Florais do Dr. Bach figuram entre os métodos “sutis” de cura, semelhantes
à Homeopatia clássica de Samuel Hahnemann, à Medicina Antroposófica e à Medicina
Espagírica ou Herbácea. Eles não atuam pelo caminho indireto, via corpo físico, mas
em níveis mais sutis, que influem diretamente no sistema de energia que é o homem.
– Dra. METCHILD SCHEFFER, responsável pelo Instituto Bach da Alemanha e da Suíça



No aniversário do Dr. Bach e no dia do Terapeuta Floral deixamos a carta escrita pelo próprio Dr. Bach aos colegas de profissão.

Caros Colegas,
Seria maravilhoso formar uma pequena Fraternidade sem hierarquia ou escritório, ninguém maior ou menor do que o outro, que se devotasse aos seguintes princípios:

I. - Que nos foi revelado um Sistema de Cura que a memória dos homens desconhecia e, através da simplicidade dos Remédios à base de Flores podemos anunciar com CERTEZA, absoluta CERTEZA, o seu poder de vencer a doença.

II. - Que nunca criticaremos nem condenaremos os pensamentos, as opiniões e as idéias dos outros, sempre lembrando que todos são filhos de Deus, cada um empenhando-se, à sua maneira, para encontrar a Glória de seu Pai.

III. - Que nos levantaremos, como cavaleiros antigos, para destruir o dragão do medo, sabendo que nunca poderemos dizer uma palavra de desencorajamento, mas que podemos trazer ESPERANÇA sim, e principalmente CERTEZA aos que sofrem.

IV. - Que nunca seremos arrebatados pelo aplauso ou pelo sucesso que encontraremos em nossa Missão, pois sabemos que somos apenas os mensageiros do Poder Maior.

V. - Que conforme as pessoas se recuperarem, anunciaremos que as Flores do campo, que as estão curando, são a Dádiva da Natureza, que é a Dádiva de Deus. Assim as traremos de volta à crença no AMOR, na MISERICÓRDIA, na terna COMPAIXÃO e no PODER do SUPREMO SENHOR.
Edward Bach